quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lúcio Flávio Pinto - Café

Belém - O café tinha então importância bem maior do que hoje. Não só atendia o hábito brasileiro pelo cafezinho: servia também como uma das moedas de troca do contrabando. Café atravessava a fronteira para as Guianas (como o cacau) e de lá vinha uísque, perfume, sandália japonesa e automóvel, dentre outros produtos. O controle da distribuição do café era vital, ainda mais porque era feito pelo governo, através do sempre polêmico Instituto Brasileiro do Café.

O IBC estabelecia cotas conforme os pedidos e suas justificações. Também seguia apadrinhamentos e compensações políticas. Podia ser rigoroso ou tolerante em relação aos desvios do produto. E fazer vista grossa à adulteração do café, misturado com outros ingredientes para render mais, aumentar o lucro dos intermediários ou seguir a rota do contrabando. Acompanhar as atividades do IBC ajudava a entender esse setor de relevância na atividade econômica da época – e nos hábitos e costumes.

Em cinco dias, em agosto de 1962, o IBC prestou conta da distribuição de 3.290 sacas de café, 2.265 sacas entregues em Belém e 1.025 sacas no interior. As torrefações, como era de esperar, ficavam com as maiores cotas: Café Puro, com 300 sacas, Café Século XX e Indústrias Jorge Corrêa (da Palmeira), com 250, e Reis & Arêas com 150.


Contrabando

Bem a propósito: na mesma época em que o IBC publicava o quadro de distribuição de sacas de café, uma diligência múltipla (formada pela Alfândega, Marinha, Exército e o próprio IBC), incumbida de reprimir o contrabando no Pará, apreendeu o barco São Raimundo na baía de Marapatá, próximo à boca do rio Amazonas. Na embarcação havia 500 sacas de café, provavelmente a caminho da Guiana Francesa.

Lula discutirá usina de Belo Monte com indígenas, diz bispo

Leonardo Goy, da Agência Estado

Brasília - Em reunião com representantes de movimentos sociais do Rio Xingu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte "jamais será empurrado goela abaixo". O relato foi feito por D. Erwin Krautler, bispo de Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário, que participou da reunião desta quarta-feira, 22.

Os representantes de moradores, contrários à construção de Belo Monte, estiveram por cerca de três horas reunidos com representantes do Ministério de Minas e Energia e da Eletrobrás, e por uma hora com o presidente Lula. Eles alegam que o projeto de Belo Monte afetará diversos povos indígenas que habitam a região, colonos e ribeirinhos, e causará uma explosão migratória de 200 mil pessoas à região. Para o bispo, os estudos ambientais feitos até o momento ainda não chegaram à conclusão sobre o impacto social e ambiental da obra.

O governo quer licitar o projeto de Belo Monte até o fim de outubro. Para isso, porém, precisa que o Ibama entregue a licença ambiental prévia da hidrelétrica. O processo de licenciamento está parado há cerca de 1 mês, devido a uma liminar da Justiça Federal, no Pará.

Segundo bispo, Lula prometeu aos representantes de moradores que fará outras reuniões com eles para discutir o projeto e pediu para que a área energética do governo faça uma síntese do projeto, em resposta às críticas feitas pelos movimentos sociais.

O projeto de Belo Monte é polêmico e já gerou cenas de violência como no ano passado, quando alguns índios atacaram com facões um engenheiro da Petrobras. Questionado se os movimentos sociais deram a Lula uma garantia de que a violência não se repetirá, o bispo respondeu apenas que o que houve foi um mal entendido. Segundo ele, o episódio foi um acidente e não houve intenção dos indígenas de ferir o engenheiro da Eletrobrás. "Não quero polemizar, mas os índios jamais queriam fazer aquele corte. Até o atingido já admitiu que foi um acidente", disse.

Programa de tv dirigido por paraense é finalista em Gramado

"Futebol como forma de expressão" é um dos finalistas da categoria nacional do Gramado Cine Vídeo. Larissa de Oliveira e Marcelo Collar dirigiram o programa.
O p
rograma de tv mostra um casal em times opostos, um grupo de mulheres torcedoras, musicos que compõem hinos de torcidas e moda do futebol nas ruas.
Larissa é filha do jornalista Miguel Oliveira, editor-chefe de O Estado do Tapajós.

Prefeito de Vila Socorro

Não houve vacância de cargo de prefeito de Santarém com a viagem de Maria do Carmo e a doença de Zé Antônio Rocha, na semana passada.
Legalmente, o presidente da Câmara assumiu a titularidade da comuna.
Mas José Maria Tapajós viajou para Vila Socorro para não ter que voltar a despachar no Palácio Jarbas Passarinho e nem assinar o decreto de aumento da passagem de ônibus.

Terreno da antiga Sudam para a UFOPA

Em visita a Santarém o Gerente Regional de Patrimônio da União, Neuton Miranda Sobrinho, confirmou que no próximo dia 06 de agosto estará em Brasília para a entrega do terreno da antiga Sudam para a recém-criada UFOPA, que poderá se chamar Universidade Integrada da Amazônia (UNIAM).

Motocada

Dados do Detran revelam que em junho a frota de motos em Santarém alcançou o índice de 44,9% dos veículos emplacados, perdendo por pouco para os de quatro rodas.
Em Teresina, por exemplo, esse índice já ultrapassa a metade da frota.
Mas com a regulamentação federal dos mototaxitas, em Santarém essa marca será logo, logo alcançada.

Confusão à vista

Mais de 70 feirantes perderam o direito de comercializarem seus produtos na feira coberta do Mercadão 2.000.
O motivo: não fizeram recadastramento e nem pagaram as taxas devidas à Aprusan, entidade responsável pelo espaço.

Marcando em cima

Paulo Bemerguy, o blogueiro santareno radicado em Belém, não desgruda os olhos de lince das licitações do governo do estado.
Bemerguy lê o que está escrito e vê, como ninguém, o que está nas entrelinhas dos editais e das notas de desmentidos emitidas todas as vezes em que sai na imprensa uma denúncia a respeito de atos administrativos de autoridades estaduais.
Primeiro foi o kit escolar. Agora é a dispensa de licitação para construção de 13 CRAS.
Quer saber mais?
Então, clique aqui.

Passageira suspeita de gripe suína no vôo da Gol tinha renite

Lara Vasconcelos, a passageira que causou o maior fuzuê ontem à tarde, a bordo do avião da Gol que ficou retido na pista do aeroporto de Santarém, não estava acometida de gripe suína, como se suspeitava e deixou em alerta as autoridades sanitárias do município.
Leia mais aqui.

Pista sem sinalização faz avião da Gol abortar pouso esta madrugada em Santarém

Delegados à conferência estadual de saúde não puderam embarcar

Uma pane no sistema de iluminação da pista do aeroporto Wilson Fonseca provocou uma manobra arriscada do piloto do avião do Gol que se preparava para fazer escala esta madrugada em Santarém, procedente de Manaus.
Quando a aeronave já estava em procedimento de descida o balizamento luminoso da pista pifou, obrigando o piloto a abortar a aterrissagem. O vôo prosseguiu para Belém.
Por causa desse problema, os passageiros que embarcariam em Santarém não puderam viajar. Entre estes estava a delegação do Baixo-Amazonas que participaria da conferência estadual de saúde, que se realizada hoje, na capital do estado.