terça-feira, 19 de julho de 2011

Uma breve história de uma engenheira florestal nascida e formada em Santarém


Paula Pereira da Silva*

Logo depois que nasci, em 24 de junho de 1988, em Santarém, meus pais voltaram para Ruropólis - uma cidade pequena, de renda proveniente da exploração madeireira, agricultura familiar e pecuária. Meus avôs paternos, sulistas, possuíam uma fazenda onde além de gado vacum e eqüino, tinham plantações de pimenta do reino e arroz. O sítio para mim, com olhar de criança, era um pedaço do paraíso, pomar de laranja, tangerina, cacau, jaca e meu pé de jabuticaba. Minha vovó Edi com suas criações de pato, ganso, galinha de angola e galinha, e sua horta. Porém, não demorou para minha família se separar e abandonar o lugar, minha vovó doente não podia cuidar sozinha, portanto venderam e dividiram os lucros.

Meu pai, Paulo Henrique. anos depois, após vender sua ourivesaria, foi trabalhar na madeireira e serraria Caetano em Santarém o atual negocio do seu pai Lorival Caetano, mestre de obras. Infelizmente, não deu certo. Meu pai então voltou a Ruropólis começando a trabalhar com seu amigo de infância na exploração de madeira, eu sempre nas férias ao que para mim era tempo com meu pai o acompanhava no transporte de toras, o acompanhava desde carregamento no pátio de estocagem até o descarregamento na serraria em Santarém. Em Ruropólis, meus amigos eram filhos de donos de serrarias, madeireiras, agricultores.

Nessa mesma época, morando em Santarém com mais ou menos 11 anos de idade, meu tio materno, Juberto Pereira me repassava livros, revistas, cartilhas do Ibama, seu local de trabalho. Eu como sempre amei uma boa leitura e amava a floresta com seus mistérios, animais e lindas arvores; lia tudo que ele me dava. Meu avô materno, o cearense Josó Bento Pereira estava se aposentando na Sudam, após 31 anos de trabalho. Morou em Belterra como seringueiro, até hoje conta e canta suas histórias da floresta. Uma das minhas tias maternas, Magnólia Pereira Tavares trabalhava numa loja de passagens de avião, também vendia folders de turismo da Amazônia. E aí que tive contato com ecoturismo, lendo as revistas e vendo muitos turistas e seus comentários sobre o potencial da nossa região amazônica no cenário mundial.

Quando terminei o ensino médio, queria ser fisioterapeuta.  Não passei no vestibular. Fiz então vestibular  nas universidades públicas da época e passei na antiga UFRA-Tapajós para engenharia florestal. Confesso que me apaixonei pelo meu curso mesmo só após as aulas práticas.  Foi o meu retorno ao convívio com a floresta. E nas aulas, aprendi então uma palavra nova: SUSTENTABILIDADE.

A experiência de ter participado do curso sobre manejo florestal sustentável realizado pelo Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor) do Serviço Florestal Brasileiro no Instituto Floresta Tropical, em Paragominas, graças aos recursos do Projeto BR-163 – Floresta, Desenvolvimento e Participação ajudou ainda mais eu entender, assim como acredito, que meus outros 28 colegas que estiveram no curso que durou uma semana, como é importante o nosso trabalho para a manutenção do equilíbrio, da preservação da natureza.

Hoje dou muito mais valor às experiências da minha infância. Entendo melhor o que vi e vivi na minha vida. Quero aplicar as coisas boas que aprendi em casa, com amigos e vizinhos de antigamente. E aplicar os conhecimentos de uma profissão que tem um futuro promissor na nossa região, território do Distrito Florestal Sustentável da BR-163, o primeiro que foi criado no Brasil.

*Formanda em Engenharia Florestal pela Ufopa.

Gingado e música no mercado de Santarém

 
Roda de capoeira do grupo Angonal, de Santarém, no mercado municipal.
Foto: Miguel Oliveira

Emater resgata sistema de crédito rural em Prainha


O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Prainha, no oeste do estado, está trabalhando para reestruturar o sistema de crédito rural para a agricultura familiar do município, em que é alta a taxa de inadimplência quanto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O endividamento dos agricultores de Prainha, um problema crônico nos últimos anos, inclusive tem bloqueado a liberação de novos projetos pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil. Por ora, só está permitida a renovação de contratos.

“Houve projetos mal direcionados, que não alcançaram um nível, digamos que sustentável; campanhas estranhas de alguns grupos, que espalhavam erroneamente que crédito rural seria ‘a fundo perdido’, e ainda uma mentalidade empresarial deficiente dos próprios agricultores, que não entenderam que crédito não é bem um direito, mas um merecimento”, explica o engenheiro agrônomo da Emater Sérgio Mieli.

Para solucionar a questão, desde o começo do ano a Emater tem realizado reuniões periódicas, tanto com os agentes financeiros, quanto com as comunidades. A proposta é esclarecer aos agricultores sobre a necessidade de seriedade no cumprimento das obrigações bancárias e intermediar um espaço de renegociação de dívidas. A expectativa é que, até o fim do ano, os agricultores de Prainha voltem a ter novos projetos financiados. São mais de 900 famílias atendidas pela Emater, cujas principais atividades são pecuária mista e pesca artesanal.
(Texto: Aline Miranda - Ascom Emater)

Técnicos da Sepof discutem PPA em Santarém


Será dia 7 de agosto, em Santarém, a audiência pública que o governo do Pará promove em todos os municípios do estado para discussão do Plano Plurianual de Investimentos(PPA).

A reunião é coordenada pela Secretaria de Planejamento e Orçamento(Sepof).

Paysandu estreia com vitória na Série C




Com um gol de Fábio Gaúcho cobrando pênalti no final do primeiro tempo, o Paissandu estreou de pé direito na Série C 2011, na noite desta segunda-feira, contra o Araguaína (TO). O destaque da estreia foi a atuação do sistema defensivo, liderado pelos zagueiros Vágner e Márcio Santos, com a cobertura dos volantes Vágner e Rodrigo Pontes.

O Araguaína pressionou bastante ao longo do primeiro tempo, através de Anderson Marabá e Joãozinho, mas a zaga bicolor estava bem posicionada e não deu oportunidades. Aos 42 minutos, o árbitro assinalou toque de mão do lateral-direito Jócion dentro da área. Fábio Gaúcho bateu a penalidade e abriu o placar.

No intervalo, Héliton foi substituído por Alexandre Carioca, que reforçou o setor de proteção à zaga. Robinho, Sidny e Fábio tentavam articular os contra-ataques. Logo aos 5 minutos, Robinho disparou um chute forte, mas a bola estourou na trave. O Araguaína respondeu com um cabeceio perigoso de Cleir, bem defendido por Fávaro. Aos 24 minutos, Rodrigo Pontes levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. O Araguaína se animou e partiu para o ataque em busca do empate, mas foi o Paissandu que quase balançou as redes. O volante Charles Vágner entrou livre na área e desperdiçou a chance do goleiro ao tentar aplicar uma finta no goleiro Jamilton. No final, o técnico Roberto Fernandes foi expulso por reclamações com o árbitro e discussão com o técnico Léo Goiano, do Araguaína.

Os dois representantes paraenses, Paissandu e Águia, lideram o grupo, com 3 pontos. O Rio Branco, que folgou na rodada, é o próximo adversário do Paissandu, no próximo dia 25 de julho, no Mangueirão. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola-DIÁRIO)


ARAGUAÍNA x PAISSANDU
Araguaína: Jamilton; Ricardo Feltri, Marquinhos, Marcelo e Jócion; Paulo Tocantins, Joadson, Giba (Paulinho) e Paulo Roberto Jambú; Joãozinho e Anderson Marabá. Técnico: Léo Goiano.
Paysandu: Fávaro; Sidny, Márcio Santos, Vágner e Fábio Gaúcho; Rodrigo Pontes, Charles Vagner, Luciano Henrique (Sandro) e Robinho; Heliton (Alexandre Carioca) e Rafael Oliveira. Técnico: Roberto Fernaandes.
Local: Estádio Mirandão, em Araguaína-TO
Árbitro: Fabrício Nery Trindade-GO