quarta-feira, 14 de julho de 2010

Receita admite o acesso a dados de tucano e de Leal

Do blog do Josias de Souza:

José Cruz/Ag.Senado
Em depoimento à Comissão de Justiça do Senado, o secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo, admitiu:

Servidores do fisco acessaram nos computadores do fisco dados sigilosos de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB; e de Guilherme Leal, vice de Marina Silva (PV).

Disse ter determinado a abertura de processo disciplinar na Corregedoria-Geral da Receita. Detectado o indício de crime, a encrenca vai ao Ministério Público.

Cartaxo negou-se a revelar os nomes dos bisbilhoteiros. Prefere aguardar a conclusão da investigação. Informou que são “cinco ou seis” servidores.

O secretário fez a defesa protocolar do órgão que dirige: “A Receita Federal, como organização de Estado, legalista e...”

“...E transparente em suas relações com seus contribuintes, não compactua com más práticas”.

Declarou que o fisco “tem combatido” os desvios de conduta. Trabalha para “eliminar comportamentos contraventores, ilícitos, que chegam à órbita criminal”.

O secretário foi convidado a prestar esclarecimentos ao Senado depois que o repórter Leonardo Souza divulgou a quebra de sigilo fiscal do grão-tucano Eduardo Jorge.

Contou que as informações sigilosas migraram das máquinas da Receita para as folhas de um dossiê preparado por um “grupo de inteligência” que operava no comitê de campanha da presidenciável petista Dilma Rousseff.

Bisbilhotaram-se cinco declarações de Imposto de Renda de Eduardo Jorge, de 2005 a 2009.

Ao espantoso, o secretário Cartaxo acrescentou o inacreditável: foram acessados também as informações fiscais do vice de Marina Silva. Um espanto!

A Receita Federal renderá homenagens ao bom senso se concluir as suas apurações antes de outubro, o mês das eleições.

Está-se diante de um desses casos que, se não forem acomodados em pratos asseados, deixam no ar a impressão de que o fisco foi convertido em máquina eleitoral.

Construção de hidrelétricas pode afetar cor da areia das praias de Santarém

Durante o seminário de Direito Ambiental, realizado mo final do mês de junho, em Santarém, o técnico do Ministério Público do Pará, engenheiro Dilaelson Tapajós, afirmou que se forem construídas sete usinas no rio Tapajós, conforme está planejado pela Eletronorte, poderá ocorrer a alteração da cor das areias das praias de Santarém devido à invasão da água barrenta do rio Amazonas sobre as águas azuis do rio Tapajós.

De acordo com a promotora ambiental do Ministério Público Estadual, Lilian Braga, a construção das usinas de Belo Monte e da bacia do Tapajós, precisa ser planejada e fomentada. "Sabe-se que é uma obra muito desejada pelo país. Então deve ser analisada para não prejudicar o que temos de melhor, que é a nossa natureza, ou seja, precisa ser respeitado", explicou.

Ela enfatiza que atividade econômica, é um processo que precisa ser seguido. "Esse processo o Ministério Público Estadual e Federal, tem buscado atenção. Há uma necessidade de respeitar as atividades econômicas, que devem ser sustentáveis. As comunidades que estão em torno desses projetos serão atingidas de alguma forma, por isso é necessário uma avaliação para ter um convívio adequado", definiu.

Lilian Braga completa que qualquer projeto que atinja direta e indiretamente uma comunidade, bioma, manancial hídrico, deve ser planejado, conforme prevê a legislação quanto a licenciamento ambiental e toda sua forma de instalação. "Deve ser visto o relacionamento com a comunidade, qual atividade sustentável a ser proposta e a avaliação dos danos que serão causados, e o que pode ser minimizado", explicou à promotora. E completa: que tem se identificado muitos projetos na região, trabalhados de maneira inadequada, encontrando vários danos causados.

CONSTRUÇÃO DE NOVO TERMINAL DE SOJA PODE PREJUDICAR UFOPA

Miguel Oliveira
Repórter


Os planos do maior produtor individual de soja do mundo e dono da maior área plantada de algodão no Brasil, Eraí Maggi Scheffer, de investir R$ 50 milhões na construção de um terminal de grãos em Santarém podem enfrentar resistência da Procuradoria Regional da República que, a pedido da Universidade Federal do Oeste do Pará(UFOPA), deverá se opor à construção do terminal graneleiro em uma área contígua ao campus da Vera Paz, onde funciona uma distribuidora de combustível.

Segundo O Estado do Tapajós apurou, a reitoria da UFOPA já havia solicitado, pelo menos informalmente, que a Procuradoria ingressasse com ação para remover daquela área a base de distribuição de combustível que pertenceu à IB Sabbá, de Manaus, hoje administrada pela Shell, alegando que a presença de depósitos de inflamáveis colocaria em risco a segurança de alunos, professores e funcionários da UFOPA.

Procurado pela reportagem, o reitor Seixas Lourenço admitiu que a UFOPA considera inadequada a presença de atividades potencialmente poluidoras nas vizinhanças do campus da Vera Paz. " Nós já tínhamos preocupação com o depósito de combustível. Agora, quando se fala que um outro terminal de grãos vai ser erguido nos arredores do campus da UFOPA, no mesmo local onde já havia uma atividade que põe em risco a nossa segurança, temos de nos precaver", afirmou Lourenço.

Segundo revelou o jornal Valor Econômico, o terminal, que começa a ser construído em 2011, terá capacidade para movimentar 3 milhões de toneladas de grãos por ano e 1,5 milhão de toneladas de cargas em contêineres. A primeira fase do projeto de Santarém terá área de 23 mil m² e três silos com capacidade para 96 mil toneladas ao custo de R$ 30 milhões. Na segunda, R$ 20 milhões devem elevar mais 15 mil m² de área portuária para atingir armazenagem de 150 mil toneladas.

O edital do novo terminal deve ser aprovado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) até o fim do ano, informa a Administração do Porto de Santarém.

Estimulado pelo avanço do asfaltamento da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém, Maggi disputará a licitação da Companhia Docas do Pará (CDP) para arrendar uma área de quase 40 mil m², onde será erguido um novo terminal portuário. Do lado direito do porto das Docas, a Cargill já opera um terminal privado para 1,2 milhão de toneladas de grãos por ano no porto de Santarém.
No local estão previstos a construção de cinco silos com capacidade estática para armazenar até 150 mil toneladas de grãos. "O volume seria suficiente para abastecer ao menos três navios tipo Panamax por mês. É interessante ter um porto em Santarém. Me preocupa sair a BR-163 e não ter porto lá, diz ele. Isso vai ser fundamental. O terminal exportará soja, algodão, milho e carne em contêineres", disse Eraí ao jornal paulista.

Pontuando - José Olivar

Patrocinar o interesse de ambas as partes, é crime de tergiversação. Trair o dever profissional incorporando em seu patrimônio bens do cliente ou o produto da venda destes, se constitui crime de patrocínio infiel. Está no Código Penal, viu! ///O nome do Vice de Jatene, no caso, Helenilson Pontes vai fazer com que a colônia nordestina, com a qual ele tem raízes, o apoie em peso, até porque, junto com ele caminha Nélio Aguiar, que se destacou e muito, como vereador. ///Há PEC em andamento na Câmara dos Deputados, objetivando mudar a denominação de Polícia Civil para Polícia Judiciária, corrigindo assim a imperfeição redacional da nossa Constituição. ///O Tribunal Superior Eleitoral decidiu, em questão de ordem, que ex-Ministro daquele colegiado e que o integrou até 2008, pode advogar no mesmo, pois não há qualquer impedimento neste sentido. ///Você sabia que aquelas informações sobre andamento de processos e outros atos judiciais, publicados na Internet, não possuem caráter oficial, portanto não obriga às partes? ///Brevemente mais um imposto fará parte do rol, já grande, dos tributos brasileiros. É que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, já aprovou projeto de Lei Complementar, que institui o Imposto sobre Grandes Fortunas para taxar todo patrimônio acima de 2 milhões de reais. Só mesmo no Brasil, quem tem 2 milhões de reais pode ser considerado proprietário de grande fortuna. Isto é um absurdo! ///Ainda bem que vai virar lei, a obrigatoriedade de se usar linguagem acessível em sentença judicial, de modo que possa permitir a compreensão da decisão por qualquer cidadão. Projeto neste sentido está em fase conclusiva. ///A Governadora Ana Júlia, no último ano do seu mandato e nas proximidades das eleições, promete terminar o recapeamento do asfalto da Rodovia que liga Santarém a Alter do Chão. Às vezes, eleições trazem resultados, mesmo que seja na busca de votos. ///Todos os políticos devem fazer uma leitura à Lei Complementar 135/2010 (Lei da Ficha Limpa), para pensarem duas vezes antes da prática de algum ato ilícito, pois o cargo eletivo não é feito para que pratiquem bandalheiras, corrompam ou sejam corrompidos, posto que os maiores prejudicados, doravante, serão eles mesmos. ///Ainda sobre corrupção, cabe-nos exigir da classe política o acesso às práticas democráticas e a implementação do redentor processo de educação cívica continuada. Do contrário, a cultura dos nossos representantes continuará a ser a de alimentar sempre interesses pessoais escusos. ///A conduta do Diretório Regional do PMDB que alijou o nome do Vereador Maurício Corrêa, de uma das vagas para candidato a Deputado Estadual, atingiu, por tabela, o Vereador e Presidente da Câmara, José Maria Tapajós. É que o ilustre Presidente havia encampado a indicação e a candidatura de Maurício Corrêa, mas a interferência de Antonio Rocha, do mesmo Partido, colocou o Diretório Regional na parede, e o resultado foi a exclusão de Maurício. ///Não se pode esquecer, porém, que José Maria Tapajós sempre carrega consigo mais de cinco mil votos garantidos. Isto pesa na balança. ///Aliás, devo dizer que, o que publiquei na edição anterior sobre Carlos Martins não ser candidato, foi um equívoco. Na verdade o benquisto político é candidatíssimo a Deputado Federal. Desculpem a gafe!/// O vereador Jailson, continua sendo em Mojui, quase unanimidade pelos trabalhos que desenvolve em prol daquele Município. Em 2012 será um nome vitorioso, com certeza. ///As promessas, daqui pra frente serão muitas, pois os políticos desembarcarão aqui, humildes e pedindo votos, muitos deles nunca olharam para a nossa Região. Passadas as eleições, esquecem-se que Santarém existe. Vamos votar em quem é honesto e tem compromisso com o eleitorado. ///O serviço de patrulhamento em motos feito pela Polícia Militar merece uma reestruturação por parte da cúpula da Segurança Pública do Estado. É que não fica bem, dois policiais numa moto só, aliás, pouco caracterizada. O certo, é como fazem em outros Estados, cada policial numa moto e bem caracterizada. Coitados dos PMs que são obrigados a andar em garupas./// A festa de Mojui dos Campos, da integração nordestina, se realizou mais uma vez, com sucesso, muito embora existam reclamações sobre a alimentação colocada à venda na barraca oficial. Quem sabe para o ano, melhore. ///Recebi informação que uma investigação está em andamento para identificar se uma publicação semanal é feita com dinheiro público. Aliás, nosso dinheiro. Tem gente atuando! ///Foi muito bonita a formação dos novos policiais militares que atuarão em Santarém e Região, em número de 168 novos PMs. A solenidade ocorreu na Orla, com elegantes desfiles e com a palavra do Cel. Campos, incentivando os novos recrutas. Parabéns! ///A eliminação do Brasil, por um lado foi ruim para todos os brasileiros. Por outro, acaba com esse negócio de feriado todos os dias de jogos da seleção, que, aliás, jogou pouco para pretender ser campeã. ///Até que enfim o DEM resolveu se aliar ao PSDB, nestas eleições. Quem esperava coligação com o PT, deu com os burros n'água. ///Já está em fase conclusiva, na Câmara Federal, projeto de lei que estabelece regras para fixar indenizações por danos morais. Por ele, foram criados parâmetros que devem ser observados pelo Juiz no momento de estabelecer o quantum indenizatório. ///Tão logo entrou em vigor a Resolução do CONTRAN, que estabelece regras sobre transportes de crianças em carro, já há na Câmara projeto em tramitação visando revogar a aplicação da Resolução, por ser ela contraditória e aplicável apenas em alguns casos e em outros não. ///Atenção senhores Delegados de Polícia, Germano do Valle, Nelson Nascimento e Gilberto Azevedo, meus ex-alunos! Implementem uma ação mais enérgica contra estes gangueiros e motoqueiros que vivem apavorando as pessoas pacatas e andam armados pela cidade praticando vários crimes. Eles merecem cadeia, sem dó. Confiamos em vocês! ///Mais uma vez indago à Secretária mais morosa da Administração de Maria do Carmo: e aí Valéria, a operação tapa buraco parou mesmo? Se não parou, por que a Silvino Pinto, a São Sebastião, a Presidente Vargas, a Marechal Rondon, continuam cheias de buracos em pleno verão? ///Na semana vindoura a coluna não vai ser publicada, pois estarei em São Paulo, voltando para a edição do dia 23/07, se Deus quiser! ///Um abraço no empresário Francisco Alves Pontes, pai do Helenilson Pontes, candidato a Vice de Jatene, leitor assíduo desta coluna, toda sexta-feira.

Audiência pública da Cargill: produtores pedem paz

Centenas de produtores rurais de Santarém e Belterra lotaram hoje o salão do Iate Clube, trajando camisetas brancas, em sinal pela paz no campo, durante audiência pública convocada pela Sema para debater o Eia/Rima do porto graneleiro da Cargill, elaborado pelo CPEA.
Foto: Tamara Saré

Acompanhe a audiência pública da Cargill

O Blog do Estado, via twiiter, vai cobrir a audiência pública convocada pela Sema para discutir, hoje, no Iate Clube, o Eia/Rima do porto graneleiro da Cargill, em Santarém.

Para acompanhar, basta clicar aqui ou no logotipo do twitter localizado ao lado direito da página.

Como apreciar um pirarucu defumado

Fiel consumidor de pirarucu, a minha opção, obviamente, foi por aquele prato que, a mim me parecia, seria mais bem aquinhoado com o saboroso peixe: “Lombo de pirarucu defumado com molho à base de tucupi (arubé) acompanhado com quinua de jambu” (R$ 28,00). Informei-me da procedência: Santarém, aprovei, pois lá sabem defumar um pira com qualidade. Quinua com jambu é sofisticação orgânica para a criação do chef Paulo Martins, o “Arroz de Jambu”, cuja história contei em “O dia em que o jambu separou-se do tucupi” – para ler, clique aqui.

As duas peças de pirarucu estavam no ponto adequado, macias, com o defumado a corresponder o que dele se espera: um sabor que preserva as características inimitáveis do nosso peixe maior, enriquecido pelo processo dos fumeiros, que nos remete aos pioneiros, nas antigas moradas amazônicas. A primeira prova da quinua com jambu deixou a desejar em termos de tempero. No entanto, quando combinada com o arubé que a cercava, ganhou ares, ou melhor, sabores, transcendentais... A mistura ficou uma delícia, deixando o papel de acompanhante, para disputar o papel principal... O arubé vem a ser um molho feito com tucupi, mais um pouco de sua goma e massa da própria mandioca, para ficar com um ponto de espessura. Deixa-se azedar um pouco o tucupi, que pode ser temperado com especiarias, a gosto. Dependendo do ponto, pode até aproximar-se da mostarda. Este não ia a tanto, estava em estado mais para o líquido, mas com sabor muito agradável, capaz de provocar o prazer do paladar. Na foto, sobre a quinua com jambu você vê dois pontinhos: eram duas flores de jambu, a fazer a decoração e provocar frêmito nos lábios.

Pantera come poeira e buraco

É inadmissível que até hoje o plantel do São Raimundo não tenha um local de treinamento apropriado.

Os jogadores do Pantera são submetidos a esse vexame de treinar em campos improvisados na periferia da cidade o que, inviariavelmente, se refletirá nos jogos oficiais.

Não se entende o porquê do Pantera não poder treinar no Barbalhão, por exemplo. Sabe-se, apenas, que o estádio serve mais a eventos religiosos do que a esportivos.

A estréia do São Raimundo na série C será dia 24, em Marabá, contra o Águia.

Para onde deve ir o Porto da Cargill?

Editorial do padre Edilberto Sena, no jornal da manhã da Rádio Rural:

Hoje deve surgir o julgamento técnico e moral sobre o porto da multinacional Cargill em Santarém. Logo mais acontecerá a audiência pública para se julgar o Relatório dos impactos Sociais e Ambientais da presença ilegal do porto graneleiro da empresa estrangeira, que há 10 anos vem sendo processada na justiça federal, por ter violado a lei do EIA RIMA.

Mesmo sabendo disso, a Cargill se escondeu por trás de uma licença imprópria da antiga SECTAM, hoje Secretaria estadual de meio ambiente (SEMA)do Pará e destruiu uma praia urbana e parte de um sítio arqueológico da Vera Paz, se instalando bem em frente da cidade, invadindo inclusive o belo rio Tapajós.

Os críticos desse projeto portuário, entre os quais os Ministérios públicos, federal e Estadual, garantem que os impactos negativos da presença do referido porto em Santarém, são graves e sem recuperação. O relatório apresentado pela empresa que fez o EIA RIMA, aponta 37 impactos provocados pelo porto, maioria dos quais negativos. Para os críticos, o relatório tendencioso aponta desculpas que chama de mitigações, contanto que o porto permaneça onde está.

Um exemplo de impacto constatado pelo RIMA para se compreender que as conseqüências negativas são graves e irreversíveis. Ele admite que, com o asfaltamento da rodovia Santarém Cuiabá, ora em andamento, gerará um fluxo de 10 mil carretas carregadas de soja por safra. Imagine-se o aumento de prostituição, HIV, drogas e agressões pessoais na cidade. Além disso, a estrutura de trânsito da cidade não comporta 10 mil carretas trafegando pelas ruas precárias e sem perspectiva de melhoria.

Os críticos do porto perguntam se a população santarena aceitará tais conseqüências em nome do progresso. Justifica manter um porto com tais impactos prejudiciais à sociedade e ao meio ambiente, só porque o porto está implantado e sua retirada causaria grandes prejuízos à empresa? A multinacional sabia desde o início que a licença dada pelo Estado do Pará era ilegal. Além disso, prejuízos maiores terá Santarém e seu povo, caso o porto continue onde está. Tudo isso será analisado e julgado hoje na audiência pública de logo mais.


Nota da redação.

Pluralista como ele só, o Blog do Estado traz ao conhecimento de seus leitores o posicionamento do padre Edilberto Sena, diretor da Rádio Rural, sobre o porto da Cargill, uma vez que o assunto é polêmico e suscita diversas interpretações.

Mas a posição editorial do Blog do Estado é de apoio à permanência do terminal de grãos aonde está, a não ser que a tese de retirada do porto da praia da Vera Paz se estenda ao porto da CDP, já que o terminal é apenas um retroporto.

O Blog do Estado considera importante o debate sobre o assunto, mas não vê, a priori, que a responsabilidade por devastação ambiental na região tenha uma relação direta com a construção do porto da Cargill. E que somente a empresa seja responsabilizada pelo aumento da prostituição, mazela social existente em qualquer lugar do mundo.

Por fim, o Blog do Estado confia no cumprimento da legislação ambiental brasileira e espera que o órgão licenciador exige as compensações devidas pela Cargill ao povo santareno.

MPF impugna 18 pedidos de registros

Do Blog do Parsifal:

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Ontem, ultimo dia para pedido de impugnação de candidaturas, o Ministério Público Eleitoral do Pará, totalizou 18 ações.

Segundo o portal do MPF, "16 ações foram baseadas na Lei complementar 135/2010, a chamada Lei da Ficha Limpa. As outras duas foram por falta de cumprimento de obrigações relacionadas à filiação partidária.".

Até o dia 5 de agosto o TRE deverá ter julgados todos os pedidos de registro, inclusive os impugnados.

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Nota da Redação:

Único político do oeste do Pará impuganado pelo MPF é Roselito Soares da Silva, ex-prefeito de Itaituba: pedido de candidatura a deputado estadual pelo PR – foi condenado em processos de apuração de conduta vedada e compra de votos, em decisões colegiadas. Íntegra da ação.

Sequência de tempestades matou meio bilhão de árvores

Herton Escobar

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2005 foi mesmo um ano difícil para a Amazônia.

Não bastasse a seca recorde que assolou a região, um estudo divulgado hoje revela que uma sequência de supertempestades tropicais que avançou sobre a floresta bem no comecinho do ano (entre 16 e 18 de janeiro) deixou nada menos do que meio bilhão de árvores mortas pelo caminho. A tempestade tinha 200 km de largura e 1.000 km de “comprimento”. Imagine só!

O estudo, divulgado pela American Geophysical Union (AGU), é assinado por vários cientistas brasileiros e americanos. Eles combinaram imagens de satélite e observações de campo em um modelo matemático que permitiu estimar o número de árvores derrubadas pela tempestade em toda a Bacia Amazônica. A contagem final ficou entre 441 e 663 milhões.

A tempestade não é “culpa do homem”, claro, e pode ser vista como um fator natural de pressão e até renovação da floresta. Os pesquisadores chamam a atenção, porém, para o fato de que o aquecimento global poderá tornar eventos extremos como esses (tanto tempestades quanto secas) mais frequentes … talvez superando a capacidade da floresta de assimilar esse tipo de pancadaria climática. A Amazônia é forte, mas não é imbatível!

O trabalho já foi aceito para publicação na revista Geophysical Research Letters e os autores brasileiros são do INPA e da Unesp, com colegas da Universidade Tulane, Universidade de Windsorm e do Caltech.

Na imagem acima, é possível ver (dois anos depois) clareiras abertas na mata pela tempestade.

Área de estádio para Copa de 2014 em SP está contaminada

Relatório da Cetesb aponta existência de metais pesados e solventes no terreno onde se cogita construir o Estádio Piritubão


Diego Zanchetta, de O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - O terreno de Pirituba onde a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cogita construir o estádio de abertura da Copa de 2014, na zona norte de São Paulo, está contaminado por metais pesados e passa por um processo de "recuperação ambiental". É o que informa o último relatório da Companhia de Tecnologia Ambiental (Cetesb), divulgado em novembro de 2009, com a relação das áreas contaminadas no Estado.

Em nome dos índios

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

O vale do rio Trombetas, no Pará, será palco de uma experiência inédita no Brasil. O governo vai mapeá-lo e etnozoneá-lo (neologismo muito recente), com a participação dos próprios beneficiários, os índios. Eles fornecerão informações, participarão dos trabalhos de campo e serão co-responsáveis pela execução dos serviços. Uma parceria original entre o Estado e os índios num projeto que é realizado pela primeira vez no país com essas características.

Para torná-lo possível, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado assinou um convênio com a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, no valor de 859 mil reais, com vigência de um ano. O objeto do convênio tem uma descrição quinhentista, revisada pelo jargão acadêmico atual: “Trabalhos de Etnozoneamento da porção paraense das Terras Indígenas Trombetas, Mapuera, Nhamundá Mapuera e áreas ocupadas por povos indígenas na Floresta Estadual do Trombetas, num total de mais de 4 milhões de hectares zoneados participativamente, com vista a viabilizar ações de ordenamento territorial aliadas a conservação da biodiversidade, para propiciar a gestão territorial e ambiental integrada das áreas protegidas da Calha Norte do Estado do Pará”.

Como há componentes inteiramente novos nesse título pomposo, é preciso penetrar nos seus bons propósitos e promessas agradáveis. A sociedade já amadureceu para a atitude inteligente de reconhecer o valor do conhecimento acumulado pelas populações que antecederam os europeus na ocupação da região e procurar não só preservá-lo como utilizá-lo de forma concreta e prática. Ganhará em tempo e em riqueza de informações se reconhecer esse componente étnico autônomo e indescartável. Mas o que há por trás dos conceitos generosos e bonitos?

Há contradições e omissões. Em seu site, a associação Kanindé diz que seu trabalho durará não um ano, mas dois. Diz ainda que a área possui seis milhões e não “mais de 4 milhões de hectares”, como está assinalado no sumário do convênio. A uniformização das duas fontes, que seria premissa, torna-se assim um incômodo. Indica desde já que haverá aditivos para prorrogar prazo e esticar recursos?

Outra questão é óbvia: por que ir a Rondônia para fazer esse convênio? Não há nenhuma outra entidade (a Kanindé é uma OSCIP, organização civil de fins específicos, criada no final de 1992) no próprio Pará, que podia fazer esse trabalho? Se não há, não seria necessário pelo menos fazer uma audiência pública ou consultar especialistas antes de assinar o convênio? A Kanindé tem suas credenciais, mas restritas a Rondônia, não muito numerosas nem de impressionar. Está em condições de fazer a intermediação técnica entre os índios e o governo nesse serviço original, que constituem as características pioneiras da empreitada?

O propósito dessa iniciativa, de “consolidar o maior corredor de biodiversidade do planeta”, na calha norte do rio Amazonas, é de grande importância. Por isso mesmo, não podia ser iniciada com tão poucas informações e tantas dúvidas.

Voz do leitor - Contraponto(Tréplica)

Paulo Cidmil fez um novo comentário sobre sua postagem "A voz do leitor: contraponto":

Quem elege é o eleitor, e esse mesmo eleitor é vitima de sonegação e manipulação de informações, as quadrilhas que controlam os Partidos também controlam os principais meios de comunicação do Estado, ele, eleitor, está sujeito a pirotecnia de informação, através de um marketing que transforma candidato em produto palatável que só os tubarões da política podem produzir porque custa muito dinheiro. A miséria da população é usada como moeda de troca. Sabe-se que os candidatos de poder econômico compram os votos através de muitos artifícios e até mesmo com dinheiro vivo. Quem sabe o Pará também nas eleições não ganha mais um campeonato da impunidade, afinal existe forte suspeita na forma de apuração e de totalização dos votos no Estado, muitos já argumentam não haver justificativa para o atraso na totalização cujo Pará já é o campeão.
Se existe a corrupção no Brasil, no exterior, no nosso tempo ou outrora em civilizações até extintas; se a história da política contemporânea produziu malufs, quercias, bushs, não foi para justificar a existência de Jader, Paulo Rocha e uma centena de pilantras se locupletando para assaltar os cofres públicos. O fato de o presidente Lula ser respeitado mundialmente e sua gestão ter realizado avanços sociais, não deveria ser argumento para justificar os caminhos da falta de ética e honestidade pelo qual o seu Partido dos Trabalhadores enveredou, onde os fins justificam qualquer meio para permanecer no poder. Afinal o mínino que podemos esperar de nosso presidente é que seja respeitado e que nos represente com dignidade em outros estados e continentes, ser motivo de orgulho para os brasileiros é a sua obrigação!
O povo nunca foi burro, manifesta-se a partir do que sabe e vê e do que é possível entender, e sabe que muito se mente. Para o dito povão, tudo é emergência, do ângulo de onde ele vê, não existe diferença, para ele tudo será como dantes, não importa se Ana Julia, Jader ou Jatene. Pensa com o estomago e na cesta básica, no material escolar, na vaga da escola para o filho, na promessa de um lote no terreno invadido, no óculos, no par de sapatos e até no dinheiro vivo dado pelos partidos abastados arrecadado no caixa 2. Mas é mais fácil mandar prender e responsabilizar o que se “corrompe” por desinformação que banir da política o corruptor esclarecido que continuará como autoridade e sendo um “honrado” cidadão.
Paulo Cidmil