quarta-feira, 9 de março de 2011

Fotógrafo do New York Times diz que o bom de Santarém é ‘secreto e sem placas”

Miguel Oliveira
Repórter
Com tradução de Aluisio Jimenez

O fotógrafo do New York Times SETH KUGEL e seu amigo Adam passaram a semana que antecedeu o carnaval em Santarém, depois de uma estada na ilha do Marajó. 

Após três dias de barco, desde Belém, a viagem fez escala em Santarém e Alter do Chão. A dupla encontrou uma cidade de 275 mil habitantes  ‘sem Mac Donald’s’, algo impensável para uma cidade norte-americana de igual porte.




Além de conhecer as belezas naturais, a culinária local e ter contato com o povo desta cidade, Seth relata, extasiado, que “em Santarém se come tão bem quanto se faz festa “, referindo-se às festas carnavalescas que participou no Iate Clube e AABB.

Em seu relato publicado na edição de ontem do site do NYT, na sessão Frugal Traveler, sob o título Night Life and Beaches in Brazil, for Less Than the Cost of Rio, Seth informa que preferiu se hospedar em Santarém e não na vila de Alter do Chão, para onde se descolava de ônibus, ao preço de 2 dólares. “Muitos visitantes se hospedam em Alter do Chão e isso parece ser a melhor opção para casais ou qualquer um que quer relaxamento e apreciar a natureza”, escreveu o fotógrafo.

Seth e seu amigo ficaram impressionados com Santarém. “Encontrei na Amazônia um lugar fascinante, parecido com outras cidades brasileiras, mas ainda assim, peculiarmente diferente”, relatou ao diário nova-iorquino. Ele lamenta que tenha chegado até Santarém por modo próprio. “Nenhum livro de guia me falou isso, só mesmo a experiência própria”, escreveu.

O fotógrafo e Adam se hospedaram no Hotel Sandis, ao preço de 84 dólares a diária dupla. “Confesso que hotéis baratos não costumam ter o conforto que tivemos: água quente e ar condicionado)”.







Em seu primeiro dia em Alter do Chão, a dupla atravessou para a ilha do amor, nãos sem antes provar, por 30 cents, picolé de frutas regionais.  “O vendedor pediu desculpas porque só havia sabor de taperebá e muruci”, contou Seth. Na praia, ficaram instalados na barraca do Carlinhos onde, por 25 dólares, comeram tambaqui grelhado.














Na segunda viagem à vila balenária, Seth e Adams fizeram passeio de lancha e escalaram a serra Piroca, além de avistarem botos durante o por-do-sol.



Vida noturna

‘Inconvencional e imprevisível’. Esta é a definição que Seth atribuiu à vida noturna de Santarém ao descobrir os segredos das festas dançantes que pululam pela cidade em qualquer época do ano. “Tive que decodificar a vida noturna à moda antiga perguntando para as pessoas no começo da noite, na orla, onde vai ter festas mais tarde. Eu nunca pensei que isso ia funcionar, mas funcionou’, relembra o fotógrafo.

Seth e Adam foram a duas festas de carnaval. A primeira no Iate Clube, mas choveu muito que os dois amigos trataram de beber cerveja e fazer amizade com jovens tatuados e maquiados com os quais viriam encontrar, na noite seguinte, no ginásio da AABB.  “Eu gostaria de dizer que Santarém come tão bem quanto das festas, mas a melhor refeição que a gente fez foi  aquele peixe na praia de Alter do Chão”, rememora Seth.

Mas o local mais interessante visitado pelo fotógrafo do NYT foi o bar Segredo do Beco. Seth conta que o restaurante foi indicado pelo professor de filosofia Rodrigo Cal, ‘amigo de um amigo’ dele. “Um prato de peixe de água doce frito, com arroz, custa 4,30 dólares, mas não é só isso: tem uma bela a vista para o rio e uma dose gratuita de boa animação do dono Gabriel Castro da Silva”, resume. 

Ele completa: “Descobrir um local secreto e restaurante barato, simplesmente é a diversão suprema de um viajante’.

Assembléia de Deus: usos e costumes

Letícia Costa:

Sou evangélica desde o berço e tenho muito orgulho de ser assembléiana.

Em relação a esses covardes que tem medo de se indentificar que falam que a AD [Assembléia de Deuz] está só ligada a usos e costumes digo: sou jovem e nem por isso eu me revolto com a nossa igreja quando se trata de seus costumes, pois foi quando a igreja de Cristo mais cresceu espítirualmente quando se era tratado rigorosamente este assunto e se era obedecido.

A AD em Santarém não está sequer preocupada se a igreja tal está crecendo mais,pois se está aumentando seus membros graças a Deus, mas a nossa preocupação é em ganhar almas para o reino de Deus e não nos preocupamos só em vê nossa igreja lotada, porque de que adianta está cheia de pessos, ter milhares de membros, templos e mais templos, mas as tais não estão verdadeiramente buscando a santificação,buscando uma vida de compromisso com a palavra? Será que o que importa realmente para Deus é quantidade ou a qualidade é mais importante?.

Não sou contra denominações que são liberais,mas se a pessoa está se sentindo bem em usar o que quiser, use! Mas que não fique criticando nossa igreja pois quem deve julgar se estamos certos ou errados é Deus e não nós seres humanos que somos tão falhos. 

E em relação ao nosso amado pastor Jaime,me orgulha muito em te-lo como pastor, como vice-presidente da COMIADEPA pois muito antes dele pastorear a AD em Santarém, eu já o admirava muito por ser verdadeiramente um homem de Deus. Tenho certeza absoluta sem medo de errar que ele é um ungido de Deus que está totalmente de acordo com a palavra de Deus, um homem que se preocupa em ganhar almas para o reino de Deus. 

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Amigo Miguel,

Prazer novamente falar contigo...

Venho até você, que é um homem justo e bom, falar um pouquinho sobre o Pastor Jaime, da Assembléia de Deus de Santarém.
Eis aí um homem verdadeiramente de Deus!
Eu, sou o maior exemplo de que a fé ajuda aos que mais precisam, porque no momento mais difícil da minha vida ele me estendeu a mão, assim como toda a Congregação e me sustentaram junto a Cristo, mesmo com minha falhas e vícios.
Pastor Jaime, tem o meu respeito, assim como a gloriosa Assembléia de Deus de Santarém.
Graças a eles, hoje estou no SBT de Capanema.
Graça a você Miguel, foi reporter em Santarém, com muito orgulho e vivi ótimas experiências de trabalho.
Por favor, se possível publique esta defesa, como forma de agradecer aos meus amigos, Miguel Oliveira e Pastor Jaime Silva por tudo o que fizeram por mim enquanto estive "sobrevivendo", em Santarém.

A Paz de Cristo na vida de vocês e prosperidade ao Jornal "O Estado do Tapajós".

Marco Antônio Uhl
91 - 81322873

A saga da enfermeira Cacilda Bertoni


A enfermeira e administradora hospitalar, Cacilda Rosa Bertoni, 90 anos, chegou em Brasília em 1958. Melhor, chegou na Cidade Livre, Brasília não existia, era apenas um canteiro de obras. Morou até 1960 em uma casa de madeira na Segunda Avenida, número 1.105, onde hoje é o Colégio La Salle. Em sua carteira do trabalho, sob o registro número 078, está o seu contrato como funcionária da Fundação Hospitalar do Distrito Federal, assinada em 16 de maio de 1960 (acima, mais um registro da Cidade Livre, foto do Acervo Público do DF).

A história da enfermeira Cacilda é uma saga. Antes de Brasília, ela percorreu a Amazônia. Era a década de 1940. Órfão, o roteiro de Cacilda inicia em Piracicaba e segue para Ribeirão Preto (SP). De lá ela viaja para o Rio de Janeiro com o objetivo de estudar Enfermagem na Escola Ana Nery e ser missionária. Diplomada em 20 de maio de 1946, embarca para Belém (PA) no dia primeiro de junho, para trabalhar no Hospital de Doenças Tropicais Evandro Chagas.  Ficou dois anos e seguiu para Breves, na ilha de Marajó, onde os doentes precisavam muito mais dela dos que os enfermos da capital do estado. Na ilha permaneceu por mais dois anos no combate à malária e outros agravos à saúde.

“Era a época do esforço de guerra”, recorda Cacilda. Os Estados Unidos precisavam de borracha e para ter a matéria-prima os seringueiros necessitavam de atenção à saúde. E lá estava a enfermeira. De Breves, seguiu para Santarém, também no Pará, para organizar um novo hospital. Feito o serviço, aceitou uma bolsa para estudar Administração Hospitalar em Maryland, Baltimore (EUA).

No retorno ao Brasil casou com um representante da indústria farmacêutica, Afonso Bertoni, tiveram três filhos.  Foi do marido a ideia de mudar para Brasília. Ele veio na frente, no final de 1957. 
(Extraído de Cartas de Brasília)

Correios imitam Bradesco no quesito filas

Vânia Beatriz, leitora do Blog do Estado, em Rio Branco(AC) fez o seguinte comentário sobre a postagem "Bradesco manda cliente pagar conta em farmácia":

A inversão de paéis está em todo lugar. Depois que os correios viraram banco , as filas só aumentaram e os serviços pioraram, fila preferencial, só p/ idosos e SEDEX. Demais postagem , são na mesma fila, dos clientes do Banco Postal, dos candidatos a concurso, etc e tal. 


Ir ao concorrente? Não há concorrente, e sentar e esperar!esperei por 2h! 

Comentei com o funcionário que atendeu, ele comentou: ontem estava pior, não temos tempo nem pra almoçar!  

Tá explicado porque outro dia vi uma funcionária atravessar o salão c/ uma marmita na mão! (correios de Porto Velho)

Cabanagem inspira romance de escritor santareno. 'Invenção de Onira' ganha nova edição

Carlos Herculano Lopes
O Estado de Minas
  
Tendo como pano de fundo a Cabanagem, movimento armado contra o poder central registrado na Província do Grão-Pará de 1835 a 1840, completamente dizimado pelas tropas imperiais, o escritor e advogado Sant’Ana Pereira lançou, há 23 anos, o romance Invenção de Onira. Restrito ao Pará, com pouca divulgação no restante do país, o livro ganha agora nova e oportuna edição pela Editora Letra Selvagem, de Taubaté (SP).

Nascido em Santarém, no interior paraense, em 1936, Sant’Ana Pereira, a exemplo de outros autores da terra, como Dalcídio Jurandir e Benedicto Monteiro, elegeu como tema de suas histórias o universo da Amazônia brasileira, com toda a sua exuberância e seus fatos corriqueiros. Em Invenção de Onira, elementos fantásticos se mesclam a acontecimentos reais protagonizados pelos cabanos. “Busco minhas histórias nas margens dos rios, nos igarapés, nas matas bravas, nos igapós e em fatos testemunhados, vividos ou temidos”, contou o autor a Carlos Herculano Lopes.


Como se deu a construção de Invenção de Onira, em que você recria episódios da Guerra dos Cabanos?

Desde criança, menino de interior, longe da capital, ouvi fantásticas histórias contadas pelas minhas avós sobre os cabanos – ora heróis, ora vilões nesses relatos. Sentia medo se me ameaçassem com cabanos, ora queria ser um cabano bem escroto. Afinal, não sabia que diabo era um cabano e muito menos Cabanagem. Já adulto, na faculdade, já envolvido com a literatura, elegi esse capítulo da história do Pará como tema para sobre ele desenvolver a minha ficção. Orientado pelo professor Carlos Rocque, li tudo que se escrevera sobre essa matéria. Sem tempo para permanecer na Biblioteca Pública do Pará, tive a colaboração de quem se dispôs a copiar à mão livros inteiros que não podiam sair de lá a fim de que pudesse lê-los. Acabei desaguando na fonte de todos: Motins políticos, obra monumental de Domingos Antônio Raiol, agraciado com o título de barão de Guajará. Notando, porém, sua tendência contra o movimento, talvez pelo fato de que seu pai fora assassinado por cabanos, dentro de sua própria cidade, Vigia, no Pará. Depois de tudo, entrei com minha ficção para contar a história, unicamente preocupado com o estético e já bastante tocado pelo realismo fantástico, que me influi até hoje. Daí, em Invenção de Onira, haver criado a Via da Meditação, o Vale das Purgações, árvores produzindo quadras, redondilhas, sonetos e poemas em vez de apenas frutos, além de tantas cenas fantásticas, como a tomada de embarcações por leprosos, cujas armas eram apenas suas próprias chagas.

O escritor Nicodemos Sena, ao escrever sobre Invenção de Onira, disse que a revolta dos cabanos ainda está, de certa forma, no inconsciente dos povos da Amazônia. Você concorda?

Veja-se o que acontece até nas novelas, que ganham audiência em todo o país: tudo o que não presta de coisas e pessoas sempre ameaçam jogar para a Amazônia, como se fôramos o lixo da nação. Com certeza, consciente ou inconscientemente, tem-se vontade de uma nova Cabanagem, ficando-se aqui o que existe de melhor no território brasileiro, tal como ocorre em Onira, que acaba nas mais de 300 ilhas de Anavilhenas, no Rio Negro.

Há muita verdade histórica em Invenção de Onira ou o livro é pura ficção?

Entendo que a ficção completa a história. A ficção em Invenção de Onira entra nos interstícios da história. Quando, por exemplo, descrevo detalhes da prisão de Antônio Vinagre (presidente cabano), estou tentando completar o melhor relato de Domingos Raiol, o barão de Guajará, em Motins políticos, que se tornou a bíblia da Cabanagem. Os detalhes poderão ter ocorrido, por que não? Se, sobretudo, são detalhes no íntimo do personagem... Na realidade, antes de escrever o romance, li tudo sobre o movimento dos cabanos. Não tenho compromisso com a história. Minha abordagem é estética. Teve razão Olga Savary, quando incluiu um capítulo de Onira na coletânea Poesia do Grão Pará, ressalvando que, embora o texto seja prosa, o conteúdo é poesia. Certo é, porém, que quem ousar ler o livro acabará contando a história beatificada da dita revolução autenticamente popular ocorrida em território brasileiro.

E a literatura feita pelos autores da Amazônia? Como você a situa em relação ao resto do país?

A única diferença que vejo está no nosso isolamento. Temos por aqui os mesmos Machados, os mesmos Drummond de Andrade, os mesmos Euclides, os mesmos e bons autores do país, só que sem dispor de sinos que badalem chamando para o ritual da missa. Muitos por aqui me encantam, sendo até injusto nominar. Mas vão nomes queridos: Ildefonso Guimarães, Dalcídio Jurandir, Benedicto Monteiro, Nicodemos Sena, Vicente Cecim, Alfredo Garcia, Alonso Rocha, Juracy Sequeira, Milton Hatoum e tantos outros.

Invenção de Onira foi lançado em 1988 e seu último romance foi A torre de Diaphanus. Você está escrevendo alguma coisa nova?

Quando foi publicado Os sarapás, dizia que meu compromisso com a Amazônia, em matéria literária, tinha acabado, posto que, a partir daí, iria me repetir. Com certeza, isso foi força de expressão, já que daqui não saio e daqui ninguém me tira. Mas o livro seguinte, A torre de Diaphanus, acaba sendo Amazônia pura, narrando, em suspense, um processo judicial que dura 24 horas. Note-se que esse livro é anterior ao Código da vida, de Saulo Ramos, que nasce, cresce e acaba contando a história de um processo do qual participou um atual ministro do Supremo Tribunal Federal. Esse livro pode não ser literariamente o melhor que eu tenha escrito, mas foi o que me deu mais alegria em matéria de leitores. Uma pessoa me acordou às cinco da manhã para reclamar que não havia dormido, presa no livro. Ouvi um desembargador dizer-me que aquilo era um absurdo. No momento, depois de superar trauma da troca de uma válvula cardíaca, escrevo o romance Corpo sem sombra. Parei agora para ler o sabotado Gustavo Corção, em Lições de abismo, para ver se não estou dizendo o que ele já disse nessa impressionante obra, de 14 edições e cinco traduções, que trata da morte.

Você também é daqueles autores que reescrevem muito? Como se dá o seu processo criativo? Afinal de contas, literatura serve para quê?

Escrevo porque esse é o meu melhor jeito de falar. A literatura eterniza a palavra. Só escrevo depois de viver a matéria, a ideia, a inspiração ou todo o enredo do meu íntimo. Só escrevo quando esse ato me gera prazer. Detalhes, vivo-os no ato de escrever ou, melhor dizendo, no ato de digitar. Não reescrevo meus textos. Depois de digitados, ou eles ficam no arquivo, ou passam a correr mundo, sendo o que Deus quiser. Tratando-se dos textos a serem editados em forma de livro, obviamente submeto-os a um revisor.

Além de escritor e advogado, você é homem de negócios. Como a literatura entrou em sua vida?

Sem dúvida, meu apego à leitura começou com As caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, que recebi como prêmio de primeiro lugar da minha turma de segunda série primária, no Grupo Escolar Frei Ambrósio, em minha terra, Santarém. Depois veio a fase do internato em Lagoa Seca, no interior da Paraíba, na Serra da Borborema. Lá existia uma biblioteca fantástica, além de mestres brasileiros e alemães inesquecíveis. O estudo do latim, do grego, do alemão e do francês. O grêmio literário. Em suma: respirei literatura desde menino. Em seguida veio a fase adulta: o jornalismo, o magistério, a faculdade de direito, o trabalho no Banco do Brasil. Também como diretor de empresas. Mas, sobretudo, este pano de fundo literário, que é a Amazônia, as margens de rios, igarapés, matas bravas, igapós, histórias fantásticas, léguas de beiço, jornais boca a boca, fatos testemunhados, vividos ou temidos. Aquilo que o escritor Nicodemos Sena narra em A espera do nunca mais, esse livro sagrado da Amazônia. Parece que tudo sou eu.


INVENÇÃO DE ONIRA

De Sant’Ana Pereira
Editora Letra Selvagem,
271 páginas
Informações:
letraselvagem@letraselvagem.com.br; www.letraselvagem.com.br

Revolta Popular

 
De 1835 a 1840, a Revolta dos Cabanos, ou Cabanagem, dominou a província do Grão-Pará. O movimento é considerado por especialistas como desdobramento regional da Guerra da Independência, pois desde 1822 a agitação se alastrava na região. Isolada do centro do poder, concentrado no Rio de Janeiro, e administrada por homens pró-Portugal, a província só reconheceu a independência em 1823. Mesmo assim, sob muita repressão.

As péssimas condições de vida da maioria da população, formada por índios, negros e mestiços, foram o combustível para a Cabanagem. A abdicação de dom Pedro I teve profundos reflexos no Grão-Pará: revoltosos depuseram os governantes impostos pelo Rio de Janeiro.

Os irmãos lavradores Antônio e Francisco Vinagre, o seringueiro Eduardo Nogueira Angelim e o jornalista Vicente Ferreira Lavor se destacaram entre os líderes cabanos. O regente Feijó decidiu sufocar a desordem, enviou esquadras para Belém, mas os revoltosos se concentraram no interior paraense. As tropas federais só retomaram o controle em 1840. Calcula-se que 30% da população, cerca de 30 mil pessoas, morreram nos conflitos.