sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A carta do rancor de Almir Gabriel

Lúcio Flávio Pinto

A carta que o ex-governador Almir Gabriel escreveu para comunicar sua desfiliação do PSDB é um dos documentos mais hipócritas da história recente do Pará. É totalmente utilitário o argumento de que ele decidiu abandonar o partido do qual foi um dos fundadores, “em razão dos atuais desvios dos princípios políticos e éticos que o alicerçavam”. Esses princípios não estavam em vigor quando Almir patrocinou as candidaturas ao Senado de Luiz Otávio Campos, Duciomar Costa e Mário Couto, com currículos nada éticos.

Também não se aplicava então a rejeição que agora Almir exige dos tucanos à Companhia do Vale do Rio Doce (transformado em Rio Amargo, na rancorosa carta do ex-senador). Se seus correligionários de hoje se renderam ao “egocêntrico” Roger Agnelli, Almir chegou a lançar a pedra fundamental da fábrica de cobre da Sabolo Metais, em Marabá, com fanfarra e tudo. O projeto ficou no estouro dos foguetes na festa de lançamento presidida pelo bicudo governador. Uma fantasia para minorar os efeitos do seu azedume.

É igualmente falso que a decisão do PSDB, referendando o nome do também ex-governador Simão Jatene sobre o de Almir, que completou recentemente 78 anos de idade, se fundou “na tola e odiosa discriminação aos idosos”. Almir foi candidato ao governo em 2006, quando tinha 75 anos, e perdeu para Ana Júlia Carepa, do PT, não por ser velho, mas por não concatenar suas idéias, raciocinar com dificuldade e deixar transparecer um estado de espírito próprio não exatamente de velhos, mas de pessoas senis. No entanto, em 1994, ele explorou contra o seu adversários as mesmas características que Jarbas Passarinho, seu adversário, exibiu durante a campanha eleitoral. A carta de desligamento comprova mais uma vez que a história acabou para Almir José de Oliveira Gabriel. Não por estar velho. Mas por estar superado. As orquídeas continuam a esperar por sua promessa de cuidados.

Copa 2014: sinais de maracutaia no Amazonas


Da ESPN

O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado do Amazonas recomendaram ao governo estadual, nesta quinta-feira, que anule o procedimento de pré-qualificação de empresas para a construção da Arena Amazônia, complexo esportivo que será construído como parte das obras para a Copa do Mundo de 2014 e que substituíra o estádio Vivaldo Lima. A anulação, segundo os órgãos, deve ser feita por conta de diversas irregularidades encontradas no edital que impediriam o caráter competitivo da licitação. Entre elas, estão a exigência de valores mínimos de faturamento anterior e a limitação de tempo para as comprovações de experiência, além da proibição de participação de consórcio.

Para o Ministério Público Federal, as exigências de valores mínimos de faturamento anterior e de limitação de tempo para comprovações de experiência são ilegais e atentam contra o princípio da livre concorrência, restringindo o caráter competitivo do procedimento licitatório. Das 14 empresas que adquiriram o edital, apenas três – Construtora Andrade Gutierrez S/A, Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A e Odebrecht Serviços de Engenharia e Construção S/A – participaram da pré-qualificação. A reportagem procurou a assessoria do governo estadual para comentar sobre a recomendação, mas não obteve retorno

Manchetes de O Estado do Tapajós


MP QUER CANCELAMENTO DE LICENÇAS DA ALCOA


MERCADOS REFORMADOS CONSERVAM PROBLEMAS

IBAMA APREENDE MADEIRA EM AÇÃO QUE SERIA DA SEMA

DEPUTADOS DE SP E RJ IMPEDEM PLEBISCITO SOBRE TAPAJÓS E CARAJÁS

NÍVEL DO TAPAJÓS COMEÇOU A SUBIR DESDE O DIA 19

CONSUMIDOR COMEÇA A SENTIR NO BOLSO AUMENTO DO PESCADO POR CAUSA DO DEFESO

DECORAÇÃO DE NATAL LONGE DA REALIDADE AMAZÔNIA

Lúcio Flávio Pinto: O NATAL AMAZÔNICO COM FOGO NA MATA

BARCOS REGIONAIS DEVEM PERMANECER NA ORLA, GARANTE SECRETÁRIO