quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Implosão de hotel onde morei

Miguel Oliveira
Editor
A implosão do Hotel Alvorada( demolido junto com o hotel das Nações), para dar lugar a dois novos hotéis para a Copa do Mundo, joga por terra uma etapa importante da minha vida profissional.
No Alvorada morei dois anos, no apto 1005, quando trabalhei no Senado Federal e no Ministério do Meio Ambiente.
O gerente era o José Maria Cunha, um acaraense que era o verdadeiro embaixador do Pará, em Brasília.
Sempre fui bem tratado lá, do pessoal da recepção, restaurante e camareiras. 
Foi nesse hotel que passei momentos de solidão, longe da família, meus filhos ainda eram crianças e moravam em São Bernardo do Campo(SP).
Mas foi também o local em que me refugiava para analisar processos, ler textos técnicos, fazer reuniões com o pessoal de ONG's.
Um período de excelência profissional.
Quando vi a imagens da implosão, na Globo News, hoje à tarde, não contive a emoção.
O Alvorada foi a minha casa, um dia.

Suspeitos de tráfico de peixes ornamentais são presos em Santarém


Santarém - Uma casa localizada no Bairro da Floresta foi transformada em um aquário. Na residência, os cômodos eram ocupados por tanques que possuíam um sistema de manutenção do ambiente para peixes como acari, raia e peixes ornamentais. Alguns desses animais foram trazidos do município de Altamira.

Quadrilha é presa acusada de tráfico de animais
Quatro dos cinco presos

A Polícia chegou até a quadrilha por meio de denúncia anônima. Segundo os vizinhos, fazia pouco mais de dois meses que o imóvel estava alugado e todos desconfiavam da rotina do local.

Na casa foram presos dois estrangeiros, sendo um alemão e um colombiano, um maranhense, e uma doméstica natural de Itaituba. A mulher foi apontada como a responsável por vigiar os tanques. Um dos acusados presos foi abordado assim que chegou a residência com uma mala contendo dezenas de sacos plásticos com filhotes de peixes. Outro homem também foi preso em frente a casa.Durante a noite, a polícia trabalhou na identificação dos presos. Nesta quarta-feira (02) eles deverão divulgar a identificação dos estrangeiros.

Os fiscais do IBAMA estiveram no local para verificar as condições de armazenamento dos animais. Segundo o chefe de fiscalização, Tiago Jara, o local não possuía estrutura adequada e constataram se tratar de um crime ambiental.

O IBAMA informou que será feito um relatório com a quantidade de peixes encontrados na casa e decidido o destino para os animais, para isso, eles avaliarão as condições deles serem devolvidos à natureza. O restante será entregue a criadores autorizados.

Todos os acusados foram levados para a Delegacia da Polícia Federal onde foram enquadrados por crime ambiental e tráfico internacional de animais silvestres.



Peixes eram mantidos em tanques improvisados
Fonte: NoTapajos.com

Novo livro tenta reavivar a história sobre Tucuruí


Lúcio Flávio Pinto

Foto: http://projetononame.blogspot.com

Só uma ditadura podia ter imposto à nação uma hidrelétrica como a de Tucuruí, no rio Tocantins, no Pará, construída entre 1975 e 1984. Quando foi inaugurada, em setembro desse ano, seu custo crescera de 2,1 bilhões de dólares para US$ 4,7 bilhões. Ao final, ultrapassaria US$ 10 bilhões, sem que as autoridades se interessassem em buscar as causas de majoração desse porte.

Uma das denúncias feitas foi de ter havido corrupção na obra. Um adido militar brasileiro em Paris chegou a fazer a denúncia contra o então embaixador Delfim Neto, ainda um homem forte no poder. Mas tanto o relatório do coronel Raimundo Saraiva quanto o tema foram esquecidos. Por pura conveniência e conivência de quem podia sair atrás da defesa dos recursos públicos.

A hidrelétrica formou um reservatório que se tornou o segundo maior lago artificial do Brasil, afogando milhares de árvores em 3.100 quilômetros quadrados, onde são estocados 45 trilhões de litros de água. Essa água movimenta 21 gigantescas turbinas. Seis delas suprem de energia os dois maiores consumidores individuais de energia do país, que têm tarifas subsidiadas.

São duas das maiores fábricas de alumínio do mundo, hoje totalmente controladas por multinacionais: a Albrás, em Belém, e a Alumar, em São Luiz do Maranhão. Apenas três turbinas garantem o abastecimento de todo o Estado do Pará. O resto é exportado. O Pará se tornou o terceiro maior exportador de energia bruta do país. Manda para fora a possibilidade de se desenvolver.

Estes dados podiam levar à conclusão de que, hoje, Tucuruí não seria construída? Em tese, sim. Ainda mais porque, encerrado o ciclo dos generais-presidentes, o simulacro Sarney e a fanfarronice onerosa de Collor de Mello, assumiram antigos opositores do regime militar. Primeiro, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Depois, o operário Luiz Inácio Lula da Silva. E, agora, a ex-militante da esquerda armada Dilma Rousseff, sucessora do mestre no terceiro mandato presidencial seguido conquistado pelo PT.

Ao contrário do que se podia prever, porém, eles não mudaram a diretriz dos “grandes projetos” do tempo da ditadura. Em alguns casos, até agravaram seus problemas, com ônus para o tesouro nacional, o povo e a natureza. Mas não é esta a imagem dominante que se projeta desses governos para a sociedade. Provavelmente porque o debate que se trava a propósito das mega-hidrelétricas na Amazônia não tenha a profundidade que se requer. Nem mesmo a que houve no passado.

Não deixa de ser surpreendente verificar, pela leitura do novo livro que estou agora lançando (Tucuruí, a barragem da ditadura), que, mesmo sob o tacão de um governo forte, a polêmica criada em torno da quarta maior hidrelétrica do mundo foi muito intensa e chegou a mais detalhes do que atualmente, em plena democracia. Tão importante quanto esta marca, foi a discussão ter sido provocada através da imprensa, hoje tão domesticada e presa aos próprios interesses, e ter atingido uma massa muito maior do que a atual.

Fui quem mais escreveu sobre o tema, conforme levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Pará, reproduzido no livro. A imprensa paraense teve papel importante no ápice do entrevero da Eletronorte com a opinião pública sobre Tucuruí, quando, pouco antes do enchimento do reservatório, foi realizado um debate em Belém, com a duração de dois dias, promovido pela CPI do Sistema Hídrico da Câmara Federal.

Na época a legislação, ainda tímida, não previa a realização de audiência pública para o licenciamento ambiental da obra, mas a discussão travada foi mais fecunda do que essas sessões, previstas nas regras legais vigentes. A transcrição dos trechos principais desse debate revela a história efetivamente vivida, que estava ameaçada de se perder na sua oralidade efêmera. Esta pode ser uma contribuição valiosa para os que prosseguem na tentativa de fazer parte dessa história nos nossos dias, agora com Belo Monte, Jirau, Santo Antônio e, já na agulha, Teles Pires.

Nas bancas e livrarias a partir do dia 4.

Audiência pública vai debater a região metropolitana de Santarém


Nesta quinta feira (03), acontece na Câmara Municipal de Santarém ( Oeste), a partir das 15h, a audiência pública que vai debater o Projeto de Lei Complementar que cria a Região Metropolitana de Santarém (RMS) e tem por finalidade a integração regional por meio da organização, planejamento  e execução das funções públicas de interesse comum aos municípios de Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos, que devem integrar a nova região metropolitana.

O projeto prevê ainda, a construção de um Conselho de Desenvolvimento e do Fundo de Desenvolvimento da RMS.

Na ocasião será informado a tramitação do projeto de Lei na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e os passos seguintes.

Estão convidados para a audiência pública, os deputados Antonio Rocha, Alexandre Von, Zé Maria, Josefina do Carmo, Gabriel Guerreiro, Junior Ferrari, além do  autor do projeto, Carlos Martins.

A audiência pública é uma solicitação do deputado Airton Faleiro.

Cemitérios superlotados em Santarém



Os dois cemiterios centrais de Santarém há muitos anos estão superlotados. Os cemitérios de Nossa Senhora dos Mártires e São João Batista já não recebem novos sepultamentos a não ser de pessoas cujas famílias adquiriram jazigos no local. O cemitério do Cambuquira foi  interditado pelo Ministério Público e o cemitério do Mararu está aberto apenas para visitação. Sua capacidade já foi estourada e sua ampliação, segundo a prefeitura de Santarém,ainda depende da liberação de um terreno ao lado do atual.

Nos cemitérios de Nossa Senhora dos Mártires e São João Batista estão sepultados cerca de 420 mil corpos, entre adultos e crianças.

No cemitério dos Mártires estão sepultados personalidades do município. Há mausololéus que são verdadeiras obras de artes, com peças esculpidas em mármore italiano. São estatuetas e imagens de santos que onarmentam as sepulturas, entre outros,  do Barão de Santarém, Miguel Pinto Guimarães e da baronesa Maria Luiza Guimarães, personalidades marcantes do período do império. 

Esses mausoléus retratam a importância que essas famílias tinham para a sociedade daquela época. As estátuas, por exemplo, foram importadas de Portugal, mas lgumas já se encontram deterioradas por causa da ação do tempo.