quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Açaí ganha normas de higienização no Pará


O Governo do Estado está normatizando a manipulação artesanal do açaí e da bacaba. Por meio do decreto nº 326, publicado na última terça-feira, 25, o executivo estabelece regras que visam padronizar a produção do fruto, definindo requisitos higiênicos-sanitários para os batedores artesanais e para a infraestrutura dos pontos de venda. Com a medida, o Estado busca conhecer, também, o número real de estabelecimentos que manipulam artesanalmente o açaí, a fim de desenvolver políticas públicas de inclusão sócio-produtivas imediatas neste segmento da cadeia produtiva.

A primeira medida a ser implementada pelo decreto é o cadastro dos manipuladores do açaí. Será feito o cadastramento obrigatório semestralmente de todos os estabelecimentos que produzem e comercializam artesanalmente o fruto no Estado do Pará. Esse processo será coordenado e executado pelo Grupo de Trabalho formado pelas secretarias de Estado de Agricultura (Sagri) e de Saúde (Sespa). O mesmo grupo também fica responsável por desenvolver campanhas para convocar os batedores artesanais para o cadastramento, além de promover ações de educação sanitária, ressaltando a importância da estruturação e organização dos pontos de venda.

O decreto estabelece a infraestrutura necessária para o funcionamento dos pontos de venda do fruto, ressaltando que eles devem estar situados longe de quaisquer criações de animais domésticos, seja em área urbana ou rural. A estrutura física, entre outras especificações, deverá ser construída em alvenaria, com teto de telha forrado de material resistente e de cor clara, que seja de fácil higienização. Além disso, é obrigatório também existir um lavatório exclusivo para a lavagem das mãos na área de manipulação, devendo possuir dispensador de sabão líquido, porta papel toalhas ou outro sistema seguro de secagem das mãos e lixeira acionada sem contato manual.

Os estabelecimentos devem contar também com profissionais capacitados, que sejam habilitados para realizar a higienização do fruto, seguido do branqueamento (choque térmico), bem como a higienização do local, respeitando as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O decreto firma ainda a quantidade de hipoclorito que deve ser utilizada a cada litro de açaí, durante a limpeza do fruto. As medidas serão aplicadas pelo Estado e fiscalizadas pelas vigilâncias sanitárias de cada município paraense.(Texto: Agência Pará)

Classificação do primeiro turno do campeonato paraense

1º Turno
POSTIMESPGJVEDGPGCSGAP
Remo-PA10431052383.3
Águia-PA9430163375.0
Cametá-PA8422064266.7
São Francisco-PA6413054150.0
São Raimundo-PA4411246-233.3
Paysandu-PA3410357-225.0
Tuna Luso-PA3410346-225.0
Independente-PA1401325-38.3

O Estado do Tapajós - edição desta semana - formato PDF


                                                   

Preço de jornal


Lúcio Flávio Pinto
Jornal Pessoal

Belém-Desde o dia 2, os leitores de O Liberal pagam 33% mais caro por um exemplar do jornal: dois reais nos dias da semana e R$ 4,00 aos domingos. O principal concorrente dos Maiorana, o Diário do Pará, manteve seus preços: um real em dias da semana e R$ 2,00 aos domingos.

A alegação para o grande reajuste foi o aumento no preço do papel, o principal insumo na produção de um jornal impresso. É estranho: grande parte do papel usado pela imprensa brasileira é importada, sobretudo do Canadá. O dólar tem gravitado em torno dos mesmos valores. Os principais economistas acreditam que o real está valorizado 35% em relação à moeda norte-americana. A moeda brasileira é uma das mais fortes do mundo atualmente.

Desta vez o papel teria sido responsável não em função da realidade, mas por ter as costas largas. Um aumento tão grande pode ser uma medida gravosa para O Liberal. Pelo importante fator preço, muitos leitores começaram a migrar para o outro jornal do grupo, o Amazônia, e para o Diário, cuja edição dominical custa metade do preço do concorrente, equiparado aos jornais mais caros do Brasil.

Se o argumento dos Maiorana fosse verdadeiro, significaria que os Barbalho estavam assumindo um prejuízo cada vez maior pelo congelamento dos seus preços. Mais dia, menos dia, teriam que fazer o reajuste. Mas se não for assim, indicaria que os Maiorana já não têm fôlego financeiro para se manter diante dessa imutabilidade de preço, que já dura muitos anos. A aparência de força pode ser apenas aparente mesmo.

Alter do Chão sob sombras no por-do-sol


Um fim de tarde em Alter-do-Chão, em Santarém, às margens do Rio Tapajós.
A foto é de Emir Bemerguy Filho.