terça-feira, 20 de abril de 2010

Diálogo reaberto: Ana Júlia espera fechar aliança com PMDB até o mês que vem


Ana Célia Pinheiro

A governadora Ana Júlia Carepa está otimista: embora não haja um prazo determinado para isso, ela acredita que a aliança como PMDB pode estar fechada até meados do mês que vem. “Pelo menos, vou trabalhar para isso”, disse a governadora, há pouco, à Perereca da Vizinha.


Ana não quis falar sobre a proposta entregue na noite de ontem ao presidente regional do PMDB, Jader Barbalho, pelo presidente regional do PT, João Batista, com vistas às eleições do próximo outubro.

Mas revelou que foi dela a idéia de ir à casa de Jader, na manhã de ontem, para conversar sobre a coalizão. E explicou o porquê:

“Todos os diálogos que temos tido, inclusive o último, apontavam para que a gente conversasse. Na democracia as lideranças têm de conversar, é natural. Então, por isso é que procurei o diálogo com o deputado (Jader), como tenho feito com outros partidos e lideranças”.

Perguntei à governadora se é verdade que ela e Jader já nem se falavam mais. Ela negou: “Eu tinha falado com ele por telefone há umas semanas. O que estava acontecendo é que a gente não estava conseguindo se encontrar. Mas o diálogo estava acontecendo”.

E acrescentou, mais adiante: “Se vai sair a aliança, não é uma resposta que eu tenha agora. O meu papel é procurar os partidos que integram o meu governo, para que a gente possa caminhar juntos. Isso é o que me move. Estou seguindo a estratégia das lideranças nacionais”.

Ana riu quando lhe perguntei se foi estratégica, também, a sua visita-surpresa à casa de Jader. E comentou: “ele é meu vizinho. Fui lá fazer uma visita ao meu vizinho!”

Disse que todas as conversas que manteve com Jader sempre foram muito amistosas e respeitosas: “Nunca deixamos de ser gentis; isso sempre foi uma marca das nossas conversas. Agora, na política, se discute quando há problemas a superar”.

Perguntei à governadora como ela via, em meio a todo esse esforço de negociação com o PMDB, até com a participação da direção nacional do PT, as críticas feitas, na semana passada, pelo deputado federal Zé Geraldo e pelo ex-chefe da Casa Civil, Cláudio Puty.

A resposta dela: “A gente não tem responsabilidade disso, assim como há críticas do PMDB a mim. Isso faz parte. As lideranças políticas têm liberdade de se expressar. Não creio que isso seja um problema. Vamos contornar isso e trabalhar no sentido de uma aliança ampla”.

Ana lembrou, porém, a dificuldade de aprovação, pela Assembléia Legislativa, do empréstimo de R$ 366 milhões que o Governo pretende contrair junto ao BNDES, para compensar as perdas decorrentes da crise financeira internacional.

“Há um fato inédito, que é a Assembléia Legislativa não aprovar esse empréstimo” – disse ela – “E penso que a preocupação de lideranças como o Zé Geraldo é muito mais nesse sentido. Ele sabe que os municípios estão precisando muito desses recursos”.

Perguntei também à governadora se é verdade, como diz o deputado Parsifal Pontes, que ela resolveu tomar as rédeas do próprio governo, em vez de deixar as articulações, apenas, nas mãos de interlocutores nacionais.

A resposta: “A idéia de ir lá foi minha. O PT é um partido nacional e uma coisa é a ajuda das lideranças, o que é importante. Agora, as rédeas têm de ser minhas mesmo e do partido. Quem vai fechar isso somos nós. A gente está conduzindo o diálogo com a nacional, porque as alianças também acontecem em nível nacional”.

Perguntei-lhe se admitia erros nas articulações políticas do governo, não apenas com o PMDB, mas, com a totalidade da base aliada.

“Reconheço que em todo processo político existem percalços. E, até numa relação familiar, existem situações em que, mesmo a gente se amando, há problemas. Cabe a quem tem liderança procurar superar isso”, respondeu.

Indaguei se está otimista, quanto à possibilidade de fechar a aliança com o PMDB nos próximos dias.

Disse ela: “Sou otimista por natureza. Acho que demos um passo. Sei que não é um processo da noite para o dia. Mas é um passo importante no processo de diálogo. Não podemos é perder tempo”.

Ana contou ter tido conhecimento de que vários prefeitos estiveram na Assembléia Legislativa, solicitando aos deputados a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões. E comentou: “Eles estão agindo legitimamente como líderes”.

Perguntei se considerava, como alegam alguns petistas, que o PMDB agiria, hoje, muito mais como inimigo do governo – seja devido às críticas veiculadas pelo grupo de comunicação dos Barbalho, seja em decorrência da relutância do partido em aprovar o empréstimo de R$ 366 milhões.

O que disse a governadora: “Acho que o PMDB é um aliado que está dentro do governo. Mas tem lideranças do PMDB que trabalham pela aliança, e tem outras que trabalham pela ruptura”.

Então, em que grupo se inclui o deputado Jader Barbalho? A resposta: “Jader está ouvindo. Como fez questão de dizer, não é o dono do partido. E vai fazer a sua avaliação em cima do que achar adequado. O que eu propus é que ele se paute pelos interesses do desenvolvimento do estado”.

E acrescentou: “Temos feito um governo inovador e estamos atraindo investimentos, como esses que resultaram na siderúrgica de Marabá. Estamos agregando valor aos nossos recursos naturais, estamos industrializando os nossos recursos. Aquilo que se sonhou durante muito tempo está finalmente acontecendo. Expus isso a ele (Jader). Falei sobre o Ofir Loyola que, pela primeira vez em muitos anos, não tem fila. Falei sobre isso: sobre todos esses imensos avanços”.

Ana disse que não foi fixado um prazo para o fechamento da aliança com o PMDB, embora esteja trabalhando para que isso aconteça nos próximos 15 dias ou até meados do mês que vem.

E observou: “Foi uma preocupação comum, nossa, a de que não podemos perder tempo. Vou trabalhar para fechar até o final do mês, mas, não posso criar expectativas. Espero que até meados do mês que vem isso esteja resolvido”.

E arrematou: “Sei que as coisas não são assim. Sei que isso merece um tempo. Quando as relações ficam difíceis, estremecidas, a gente tem de fazer um trabalho de reconquista, que nem acontece com dois namorados que têm de ter um tempo mínimo antes de poderem voltar”.

Classificação do segundo turno do Parazão

CLASSIFICAÇÃO DO 2º TURNO – TAÇA ESTADO DO PARÁ

POS

TIMES

PG

J

V

E

D

GP

GC

SG

AP

ÁGUIA

12

5

4

0

1

7

8

-1

80%

PAYSANDU

10

5

3

1

1

14

7

7

67%

REMO

10

5

3

1

1

11

9

2

67%

CAMETÁ

7

5

2

1

2

7

7

0

47%

INDEPENDENTE

6

5

1

3

1

12

12

0

40%

SÃO RAIMUNDO

5

4

1

2

1

6

6

0

42%

ANANINDEUA

3

4

1

0

3

7

9

-2

25%

SANTA ROSA

0

5

0

0

5

6

12

-6

0%


Última rodada - Além disso, a última rodada da fase classificatória do Parazão também sofreu mudanças, mas, desta vez, em todos os jogos. Paysandu x São Raimundo; Cametá x Ananindeua; Santa Rosa x Independente; e Águia x Remo passaram do domingo (2) para o sábado (1º).

O motivo, segundo o diretor técnico da FPF, Paulo Romano, é uma homenagem ao Dia do Trabalhador. 'Haverá alguma programação especial neste dia para os torcedores', antecipou.
(Com informações da Rádio Clube e Portal ORM)

Jader revela: PT deve apresentar “leque de motivações” ao PMDB ainda nesta semana


Ana Célia Pinheiro


Acho que foi um gesto espontâneo da parte dela, em conseqüência da visita do José Eduardo Dutra (presidente nacional do PT), que deve ter conversado com ela e ela deve ter decidido estabelecer um canal de conversação. Creio que o Dutra deve ter recomendado que ela conversasse comigo, para retomar as conversações, com vistas às próximas eleições”.



A declaração foi feita há pouco à Perereca da Vizinha, pelo presidente regional do PMDB, deputado federal Jader Barbalho, acerca da conversa que manteve, na manhã de ontem, com a governadora Ana Júlia Carepa – que quebrou o protocolo e foi à casa do deputado, para um cara a cara com ele, durante cerca de uma hora (leia a postagem anterior).


Jader evitou entrar em detalhes em relação ao que Ana ofereceu ao PMDB, para a repactuação da aliança vitoriosa de 2006. Disse, apenas, que Ana ficou de lhe apresentar “um leque de motivações”, para que ele discuta com seus correligionários.


Ele não soube dizer ao certo a data de apresentação dessas propostas pela governadora, mas acredita que isso ocorrerá ainda nesta semana.


O morubixaba peemedebista negou que tenha ficado sem reação, tamanha a surpresa, na manhã de ontem, ao receber a visita da governadora em sua casa, no condomínio Cristal Ville.


“Não fiquei sem saber o que dizer. Ela é minha vizinha, afinal de contas. Nunca tive dificuldades pessoais com ela, em nenhum momento houve indelicadeza, falta de educação. As conversas sempre foram cordiais entre nós. É natural que, na política, haja momentos de atritos e de inconveniências. Mas nunca houve, no meu relacionamento com ela, indelicadezas”, afiançou.


Jader contou que, durante o encontro, disse à governadora mais ou menos o seguinte: “Vocês conversem e proponham, façam uma proposta de participação e eu vou conversar com os companheiros do PMDB”.


E acrescentou ao blog: “Sim, porque eu não sou dono do partido. Eu converso com os meus companheiros”.


Perguntei-lhe se é verdade que há grande resistência entre os peemedebistas em relação a uma aliança com os petistas, para as eleições do próximo outubro.


A resposta de Jader: “Existe hoje no PMDB entusiasmo em relação a uma candidatura minha ao Governo, em razão até das pesquisas. O que existe é isso. O sonho de um partido é ter candidatura própria. E evidentemente que entre uma candidatura ao Governo e apoiar outro partido, a simpatia é mais pela candidatura própria”.


O deputado deixou claro, porém, que ainda não decidiu seu futuro político – se será candidato ao Governo ou ao Senado:


_Estamos examinando essas questões com muita calma. Até porque são questões políticas; não podem ser examinadas como projeto pessoal. Como líder do partido, tenho obrigação de examinar todos os ângulos.


Perguntei-lhe, então, se hoje o PMDB estaria mais próximo de Ana Júlia ou do tucano Simão Jatene. A resposta: “hoje, estamos distantes de todos dois”.


Indaguei-lhe, ainda, o que existe de verdade, nas especulações da blogosfera, acerca do distanciamento ou reaproximação com o PT.


A resposta dele: “O que existe é diálogo, principalmente fomentado pela direção nacional e por setores locais do PT”.


Apertei: perguntei quais as chances, numa escala de 1 a 10, de retomada da aliança com os petistas.


A resposta: “Fica difícil estabelecer, porque a política é profundamente dinâmica. Acho que o importante é não amesquinhar essas questões. Vamos analisar e aí ver o caminho que vamos tomar, evitando posturas preconceituosas. Não existe isso, especialmente num comandante de longo curso, como é o meu caso. Já vi muita noite de luar e já enfrentei muitas tempestades. Temos que ter tranqüilidade para isso, para não assumir posturas precipitadas. Isso fica para os iniciantes, que é um direito que eles têm. Aliás, até li um dia desses uma frase que considerei fantástica: Não sou tão jovem para saber tudo”.


Jader também confirmou o encontro que deverá manter, possivelmente no meio da próxima semana, em Brasília, com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra: “O Dutra me fez um pedido nesse sentido, que a gente sente para conversar”.


Perguntei-lhe, por fim, se as propostas que serão apresentadas pelo PT ao PMDB incluirão, além de participação no governo, também na campanha eleitoral. A resposta dele: “A essa altura, vamos discutir é a campanha eleitoral. Qualquer outro tipo de tema é perda de tempo”.

CNJ aposenta juíza que ordenou prisão de menina em cela com 23 homens em Abaetetuba

Agencia EFE

Rio de Janeiro, 20 abr (EFE).- O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) puniu hoje com aposentadoria compulsória uma juíza que ordenou a prisão de uma menina de 15 anos em uma cela na qual estavam 23 homens, vários dos quais a violaram repetidamente.

Os membros do Conselho impuseram à juíza por decisão unânime a máxima sanção disciplinar prevista contra um magistrado e remeteram o processo ao Ministério Público para que o órgão adote medidas penais e civis.

A irregularidade ocorreu em 2007 quando a juíza Clarice Maria de Andrade, titular da 3ª Vara Criminal de Abaetetuba (PA), ordenou a prisão de uma menina de 15 anos acusada de furto na única cela existente na cidade junto a 23 homens presos.

A menor permaneceu detida na cela durante 20 dias, onde foi abusada sexualmente por vários dos presos, inclusive por um soropositivo.

Segundo os membros do Conselho Nacional de Justiça, além de ter sido negligente, a juíza falsificou um documento para justificar sua decisão.

Isso porque, quando a imprensa denunciou uma irregularidade que causou protestos de organizações de defesa dos direitos humanos e do próprio Governo, a juíza divulgou uma ordem de libertação forjada e com uma data anterior.

Segundo a investigação dos membros do CNJ, a juíza sabia das condições da cela antes de ordenar a prisão da menor no local e não suspendeu a determinação nem ao ser informada dos abusos sexuais sofridos pela menina.

"Ela não tem condições de ser magistrada em nenhum lugar do mundo", afirmou o conselheiro Marcelo Neves, um dos responsáveis pela sanção.

O juiz Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e também do CNJ, disse que a decisão tem um caráter emblemático por demonstrar que casos assim não podem se repetir.

Embora não poderá voltar a trabalhar no Poder Judiciário, Clarice Maria de Andrade receberá como aposentadoria um salário proporcional ao tempo que se atuou como magistrada.

A ex-juíza só poderá ser privada de seu direito à aposentadoria caso seja condenada penalmente. EFE

Justiça cassa liminar e libera leilão de Belo Monte

De AGNALDO BRITO, da Folha Online

O TRF 1ª Região (Tribunal Regional Federal) cassou novamente uma liminar que impedia o leilão de Belo Monte, no Pará. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ainda não se posicionou, mas poderá realizar o leilão da usina ainda hoje, data inicialmente agendada para a disputa.
Ontem, minutos depois de ser informado de nova liminar suspendendo o leilão, o governo entrou com recurso para cassar a decisão. A liminar de ontem foi concedida pelo juiz Antonio Carlos Almeida Campelo, de Altamira (PA), que atendeu um pedido do Ministério Público Federal. Essa é a segunda tentativa do MPF de brecar o leilão da usina, orçada em cerca de R$ 19 bilhões e um dos maiores projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Quando construída, a hidrelétrica de Belo Monte terá potência instalada de 11.233 MW (megawatts) e um reservatório de 516 quilômetros quadrados. A usina será construída no município de Vitória do Xingu (PA).

Pontuando - José Olivar

Os consumidores que mantém planos com a telefonia móvel que inclui bônus de chamadas, estão revoltados com as empresas, pois quando fazem uma ligação duradoura que custa um preço baixo, em razão do plano, sofrem interferência na chamada que termina por cair, sendo o usuário obrigado a fazer outra ligação. Ou seja, os créditos são consumidos bem rapidinhos. Pode?/// A prefeita Maria do Carmo pretende manter no mesmo local a usina de asfalto, apesar de saber que ela polui o ambiente com o seu funcionamento. Imagine se a Prefeita não fosse Promotora! ///Enquanto o Estado do Ceará produziu um Ministro da Justiça (Armando Falcão), um Presidente do Superior Tribunal de Justiça (Asfor Rocha), um Ministro do também STJ (foi indicado pelo Presidente, recentemente, um Desembargador do Tribunal de Justiça daquele Estado), o Pará, pelo que me consta, não conseguiu emplacar ninguém nos Tribunais Superiores. Por que será? ///Não sei porque a Polícia Rodoviária Federal, em Santarém, dispõe de 05 (cinco) viaturas para fiscalizar um pequeno trecho de estrada, por sinal mal conservado, enquanto noutros locais a PRF mal dispõe de uma viatura. ///Volto a perguntar aos leitores e à própria Prefeita: onde está o asfalto de qualidade que ela disse que iria implantar em Santarém? Pois em todos os trechos feitos na sua Administração a buraqueira está presente, até mesmo nos mais recentes. ///Dizem as más línguas que a Prefeita vem ‘cozinhando’ as obras de recuperação das ruas da cidade para incrementá-las só no segundo semestre, quando aproximam-se as eleições de outubro/2010. Neste período, fica mais fácil pedir o voto pelos serviços feitos, que na realidade é uma obrigação do poder público. Aliás, este mesmo filme foi visto nas eleições de 2006. ///O Tribunal de Justiça do Estado do Pará conta com um novo Desembargador, no caso o até então Juiz, Ronaldo Valle, que foi empossado quinta-feira (08/04), na vaga deixada pela aposentadoria da Desembargadora Rosa Portugal Gueiros. O STJ cassou decisão da Justiça Federal de São Paulo e do Distrito Federal que autorizavam o descumprimento das normas editadas pela ANVISA, que restringem a comercialização de medicamentos pelas farmácias, limitando o acesso direto ao consumidor. Pelo jeito outras decisões no mesmo sentido vão perder o valor. ///A Rádio Guarany em enquete que faz diariamente, levou ao ar, dia 14/04, mais de 50 manifestações dos ouvintes contra as obras do PAC I, muitos deles considerando-as eleitoreiras e afirmando que nas proximidades das eleições de outubro vindouro, tudo vai recomeçar, já que atualmente é uma baderna só. O problema é que o povo tem memória curta e esquece tudo! ///A reforma da estrada que liga Santarém/Cuiabá à Curuá-Una (Estrada Nova e Poço Branco), feita pela Prefeitura com a ajuda financeira dos colonos ficou em boas condições, lamenta-se apenas a necessidade da parceria, visto que o poder público tem a obrigação de conservá-la./// No Senado Federal há uma forte tendência dos Senadores de manterem o reajuste dos aposentados em 7,7%, na votação da Medida Provisória neste sentido. Dizem que o Lula vai vetar este dispositivo se o reajuste ultrapassar 7%. Quem te viu, quem te vê!//// Jarbas Vasconcelos, Presidente da OAB/PA, conseguiu a adesão da Governadora Ana Júlia para instalação de um Tribunal Regional Federal, em Belém. //Vamos nos preparar pois a partir de maio começam a pousar na cidade os políticos paraquedistas a procura de votos, logo eles que sempre são contra a Região Oeste do Pará, não ligam para as nossas reivindicações e só vêm aqui buscar apoio político. Cabe a nós mandarmos esse pessoal de volta com uma mão na frente e outra atrás. ///O aeroporto de Santarém fica a cada dia pior, num verdadeiro desrespeito aos usuários. O desleixo maior é da INFRAERO que manipula milhões em arrecadação e não inicia as obras de um novo prédio ou mesmo a reforma do atual. As promessas do Odair Correa – Vice-Governador até o fim deste ano – ficaram no ar como nuvens passageiras. ///A Corregedoria do Interior, conforme edição do Diário da Justiça do dia 13/04, mandou instaurar Procedimento de Apuração Preliminar para possíveis irregularidades cometidas pelo Juiz Titular da Comarca de São Felix do Xingu, como resultado de Correição Geral Ordinária realizada naquela Comarca. ///Eu sempre me pergunto: será que o novo Código de Ética Médica vai ser aplicado na prática do dia-a-dia? E quem o infringi-lo vai sofrer sanções? Espero que a nova lei produza os frutos desejados./// O Promotor Hélio Rubens continua seu incessante trabalho na Justiça local, logo ele que é um lutador na defesa do cumprimento da lei, enquanto o Dr. Harisson Bezerra dá um duro na Comarca de Porto de Moz, juntamente com o grande Magistrado Gabriel Veloso. ///Brevemente o Deputado Lira Maia estará se reunindo em Santarém com seus ex-assessores e correligionários. Aliás, Lira deu uma aula na entrevista que prestou a TV Câmara, sobre o Estado do Tapajós.

Doutor Bactéria vem a Santarém

O médico Roberto Figueiredo, o Doutor Bactéria, do Fantástico(Tv Globo), vem a Santarém dia 15 de maio dar palestra no auditório do Amazon Park, evento que faz parte do jubileu de prata das Faculdades Integradas do Tapajós(FIT).

TRF da 1ª Região não julgará recurso da AGU sobre Belo Monte hoje

No Blog do Val-André Mutran

Continuará suspenso o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Os pedidos de suspensão da Advocacia-Geral da União (Aneel) (SLAT 0022487-47.2010.4.01.0000) e do IBAMA (SLAT 0022486-62.2010.4.01.0000) contra decisão prolatada na Subseção Judiciária de Altamira, no Pará, que suspendeu o leilão pela segunda vez, não serão apreciados hoje pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, informa a Assessoria de Comunicação Social do órgão.

Quanto ao pedido de reconsideração da decisão em liminar que havia autorizado a realização do leilão da usina a ser construída no Rio Xingú, objeto do agravo regimental interposto pelo Ministério Púbico Federal (SLAT 0021954-88.2010.4.010000), este será submetido à Corte Especial do Tribunal oportunamente.

Ana Júlia quebra o protocolo e vai ao encontro de Jader, para resgatar aliança com o PMDB

Ana Célia Pinheiro

É possível que a governadora Ana Júlia Carepa tenha dado um passo decisivo para a repactuação da aliança entre o PT e o PMDB: na manhã de ontem, em companhia do deputado federal Paulo Rocha, ela atravessou os cem metros que separam a casa dela da casa do deputado Jader Barbalho, no condomínio Cristal Ville, e teve um longo bate-papo com o morubixaba peemedebista.

A notícia, sob o título “Adivinhe quem veio para o café?”, foi publicada na noite de ontem pelo blog do deputado Parsifal Pontes, do PMDB, e também no Espaço Aberto.

Diz o deputado na postagem:

“Hoje pela manhã o deputado federal Jader Barbalho gravava uma participação radiofônica. O seu assessor, Antônio José, entrou-lhe no gabinete e disparou:

- A governadora Ana Julia e o deputado federal Paulo Rocha estão aqui...

Jader Barbalho, entre incrédulo e surpreso:

- Aqui aonde, rapaz?!

Antônio José, em tom mais convincente, ratificou:

- Dr. Jader, eles estão aqui, na sua casa: na sala.

A governadora mora a menos de 100 metros do deputado Jader e, talvez convencida pelo deputado federal Paulo Rocha, resolveu afastar os interlocutores de fora das fronteiras do Pará.

Ao atravessar a pequena distancia física que separa a casa dela, da residência dele, Ana Júlia fez um gesto para encurtar a enorme distancia política que os dista.

Talvez, tenha sido este o gesto mais aprumado que a governadora tenha tomado no seu relacionamento com o PMDB: o outro seria mandar a criançada que a cerca para o abecedário, inclusive o doublé de articulista dominical.

A surpresa de Jader Barbalho ao se ver, não mais que de repente, com a governadora do Pará em sua sala, sem nada ter sido marcado, sensibilizou-o: refeito da contingência, recebeu-a com gentileza, como lhe é peculiar.

A conversa foi longa. Jader, comme il faut, mais ouviu do que falou. O deputado Paulo Rocha fez algumas observações.

Embora não muita coisa nova tenha sido tratada, permita-me o leitor, por questões estratégicas, e até protocolares, não revelar o teor da entrevista.

Mas, prometo que um dia brindar-lhes-ei com a completa crônica do episodio, que passará a ser um dos mais pitorescos da historia política do Pará”.

O link para a postagem está aqui, e vale à pena dar um pulo lá, até pelos muitos comentários que recebeu: http://pjpontes.blogspot.com/2010/04/adivinhe-quem-veio-para-o-cafe.html

Conversei, na noite de ontem, com Parsifal. Ele disse que a conversa de Ana e Jader durou de 40 minutos a uma hora, mas garantiu que nada de novo foi decidido, nem sequer a data do próximo encontro entre os dois.


Ana teria renovado ofertas já feitas a Jader – uma vaga ao Senado (a outra é de Paulo Rocha), até pelo fato de o cacique peemedebista ter dito ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, na manhã do último sábado, em Belém, que gostaria, de fato, de se candidatar a senador.

Ana também teria oferecido ao PMDB participação no Governo e na campanha, mas, sem entrar em detalhes.

Além disso, não teria tocado na Vice, embora tenha oferecido essa vaga publicamente ao PMDB, há cerca de dois meses.

Ana teria chegado a pé na casa de Jader e demonstrado, no início, certo nervosismo. Até porque, segundo me disse no início da noite uma fonte peemedebista, Jader já teria decidido não mais atender os telefonemas da governadora.

“Ela devia saber que o Jader estava em casa, porque os assessores mais próximos dele estavam lá. Aí, ela nem se preocupou em telefonar: foi lá. Entrou e se colocou na sala. E foi algo tão surpreendente que o Jader, no início, não acreditou: achou que era brincadeira do Antonio José”, contou Parsifal.

De tão supreso, Jader teria até comentado a assessores próximos: “No tempo de vida que tenho e acostumado a qualquer situação, fiquei uns 60 segundos sem saber o que ela dizia, tentando me recompor e pensando no que ia fazer”.

Parsifal afirma que também ficou surpreso com o fato: “Qualquer um ficaria. A coisa que ele (Jader) menos esperaria ela chegar na sala da casa dele e encontrar a Ana Júlia, sem que nada tivesse sido combinado”.

Ele jura, no entanto, que nem essa atitude da governadora conseguiu apaziguar os ânimos entre o PT e o PMDB – que andam pra lá de exasperados.

Mas, admite: “Ela quebrou a incomunicabilidade. Ela queria restabelecer o diálogo e quebrou aquela coisa de eles não se falarem”.

Perguntei a Parsifal o que ele achou, afinal, da ida de Ana à casa de Jader.

A resposta dele: “Achei uma atitude corajosa. Mas, é claro, isso também pode ser analisado como um gesto de desespero e uma atitude de quem quer realmente fazer essa coalização”.

O deputado lembrou que, ao ir ao encontro de Jader dessa maneira, “ela (a governadora) abriu mão do próprio rito do cargo. Foi uma coisa extrema, que deixa o Jader numa situação muito complicada, do ponto de visto político e pessoal”.

E analisa: “Ela resolveu agir. Se ela se colocasse a consultar os conselheiros dela, não tomaria essa atitude”.

Para ele, o gesto de Ana Júlia “pode ser o início da busca de uma autoridade da qual ela abriu mão, já que começou a ficar à mercê de interlocutores, o que demonstra fraqueza. Ela pode ter resolvido tomar as rédeas novamente. E como ela é a governadora, você acaba tendo de considerar as colocações dela, já que o resto – Puty e outros interlocutores - já não levamos a sério, até porque achamos que eles contribuíram para a deterioração do mandato dela, não apenas em relação a nós, mas, à Assembléia Legislativa como um todo”.

Perguntei a Parsifal se ele acredita que isso, afinal, abriu a porta para a renovação da aliança entre petistas e peemedebistas.

A resposta dele: “Não digo que isso vá levar à repactuação da aliança, mas, se tiver que levar, é por aí. O caminho seria esse, a governadora tomando as rédeas de seu governo. Se ela resolver ser governadora, fazer a articulação, é por aí o caminho para a repactuação com o PMDB”.

O deputado salientou que o PMDB já não aceita os interlocutores do governo e que as conversas mantidas com o PT, em Brasília, têm versado muito mais sobre a coalizão nacional.

E observou: “Agora, no momento em que ela (a governadora) arreda essa turma e se coloca como interlocutora, a conversa muda de figura. É uma demonstração de que ela quer tomar as rédeas do governo dela. E o problema sempre foi esse: ela entregou as rédeas do governo a esse pessoal, que não sabe fazer articulação política”.

Por “esse pessoal” leia-se assessores próximos da governadora, como é o caso de Cláudio Puty, Carlos Botelho, Maurílio e Marcílio Monteiro, todos integrantes da Democracia Socialista (DS), a corrente política de Ana Júlia; e todos, também, integrantes do chamado “núcleo duro” do Governo.

Perguntei ainda ao deputado se esse encontro com Jader, da forma como aconteceu, pode ter contribuído para a aprovação, pela Assembléia Legislativa, do empréstimo de R$ 366 milhões que o Governo Estadual pretende contrair junto ao BNDES, para repor as perdas decorrentes da crise financeira internacional, no ano passado (o empréstimo, aliás, tem gerado uma verdadeira queda de braço entre o Governo e os deputados estaduais).

Mas Parsifal garantiu que Ana Júlia só mencionou o empréstimo, sem entrar em detalhes.

E acrescentou: “Não é só tratar com o PMDB esse assunto. Isso tem de ser rearticulado na Assembléia. O fato de o PMDB apoiar pode facilitar as coisas, mas os partidos não ficarão a reboque de nós. Isso precisa de uma rearticulação total. E só ela (Ana Júlia) salva isso. Essa coisa de ficar querendo fazer pressão em cima dos deputados não resolve. A Assembléia Legislativa não é uma fábrica, um sindicato. É fazer o que o Lula fez, quando teve problemas no Legislativo: chamou para ele. Nem que o PMDB caminhe com ela (a governadora), tem outra questão a resolver, que é a rearticulação da base do governo”.

Na sua opinião, o que há de novo, de fato, é que Ana Júlia “tomou uma atitude. É como se ela tivesse parado de brincar e dissesse: a política aqui sou eu. Se foi assim realmente que ela pensou, o caminho é esse”.

Mas, embora cordial, essa não foi a melhor conversa entre Ana e Jader. Diz Parsifal:“Ele (Jader) nunca tratou a governadora de maneira indiferente, nem mesmo nos momentos piores. Mas já houve melhores (conversas), quando ainda estávamos em lua-de-mel, antes de ela tomar posse”.

Reunião

No começo da noite de ontem, já se podia notar certo otimismo em liderança petista ouvida pelo blog.

Apesar dos sucessivos atritos entre petistas e peemedebistas, que vêm se acirrando desde fevereiro, a informação era de que as conversas com Jader “estão avançando bem”.

“Vai ser surpresa. Ele (Jader) deve fechar com o PT”, afiançou a fonte.

Disse ainda não haver data para o fechamento da aliança, mas que isso “deve ser logo, logo”.

No meio da próxima semana, aliás, a previsão é de um novo encontro, em Brasília, entre Jader e a direção do PT.