domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ronaldo Brasiliense - CURTÍSSIMAS


COPA
– Todo paraense que se preza quer a Copa de 2014 em Belém. O resto é choro de perdedor...
CAMPEÃO – O outrora pacífico bairro da Campina É o campeão da violência em Belém. Quem diria...
ENGESSADO – As terras indígenas ocupam 1.200.000 Km2 e as unidades de conservação outros 1.100.000 Km2, totalizando mais de 46% da superfície da Amazônia Legal brasileira. São 2,3 milhões de kms quadrados engessados para a exploração mineral. Ainda bem...
UBURU - Sucesso de público e crítica a apresentação do documentário Adote um Urubu, da artista visual Andréa Feijó, na Aldeia da Paz do Fundo Social Mundial. O vídeo, mais que uma reflexão sobre preservação ambiental na ilha de Algodoal, na costa atlântica paraense, é um grito de alerta. Imperdível.
NOMEAÇÃO – O papa Bento XVI nomeou o frei franciscano Johannes Bahlmann como novo bispo de Óbidos, no oeste do Pará. Ele toma posse dia 24 de maio substituindo dom Martinho Lammers, que se aposentou.
ALTA – Recuperado de uma angioplastia, quando implantou um stent em artéria do coração, o ex-governador Simão Jatene (PSDB) já recebeu alta hospitalar.
MINERAÇÃO - O diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Rinaldo César Mancin, garante: a crise financeira mundial não afetará investimentos em mineração na Amazônia, principalmente, no estado do Pará. Segundo ele, o que deverá acontecer é apenas a dilatação dos prazos para esses investimentos, que são da ordem de 23 bilhões de dólares, anunciados antes da crise.
FÓRUM – Queremos bis!

Previsão confirmada

Há exatos quinze dias este site previu que José Antônio Rocha seria o candidato a prefeito pelo PMDB.

Lipoaspiração na campanha

Até o encerramento das convenções, à noite, o número de candatos a prefeito de Santarém - que na sexta-feira estava em 5 - pode ser reduzido drasticamente.

Rodovia Santarém/Cuiabá é exemplo de atraso dos projetos do PAC

O ritmo de execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal bandeira do governo para aliviar os efeitos da crise mundial na economia brasileira, está longe de atender as carências do País. Levantamento feito pelo Estado, com 75 projetos de logística (portos, ferrovias, rodovias e aeroportos), energia (energia elétrica, transmissão e gás natural) e transporte urbano, mostra que 62% dos empreendimentos estão com o cronograma atrasado.
A pesquisa acompanhou apenas obras que constavam do terceiro balanço do PAC, até janeiro de 2008, e do último, até setembro. De acordo com a amostra analisada, os obstáculos ao avanço do programa, que completou dois anos em janeiro, variam de entraves burocráticos, ambientais, ideológicos a questões financeiras.
Entre as rodovias, um exemplo é a BR-163, que prevê a pavimentação de 1.000 km entre Guarantã do Norte (MT) até Santarém (PA). No trecho 1, por exemplo, que vai de Rurópolis a Santarém, a expectativa era terminar 20 km de terraplenagem e execução de 15 km de pavimentação até 31 de janeiro de 2008. Em setembro, a obra havia avançado só 11 km de terraplenagem e 10 de pavimentação. Neste caso, a lentidão é decorrente de atraso nos projetos executivos e de licenças ambientais.
(Fonte: O Estado de S.Paulo)

Pontuando - José Olivar

É grande o número de processos tramitando na Comarca local, principalmente na 5ª Vara Cível que tem à frente o dinâmico e muito cordial Juiz, Dr. Cosme Ferreira Neto, para o qual os advogados tecem muitos elogios. ///O momento político ainda é de incertezas no que diz respeito aos possíveis candidatos a Prefeito e Vice. Do lado do PMDB ainda há uma incógnita referente ao cabeça de chapa. No PT há um movimento que quer candidatura própria, muito embora essa atitude pode não ser uma boa decisão. Nos demais partidos não vejo novidades, salvo os pequenos que, com certeza, tenderão a apoiar quem tem mais chances. ///As chuvas estão trazendo à tona os trabalhos mau feitos de asfaltamento por empreiteiras que ganharam concorrência mas não cumpriram a contento com suas obrigações, tantas são as ruas que estão se deteriorando rapidamente. A atitude do Prefeito interino em responsabilizar a quem de direito é a mais certa e corajosa. ///O Fórum Social Mundial que se realiza em Belém é palco de muitos debates buscando melhoria e sustentabilidade em todos os setores da sociedade mundial, mas também é local para muitos irresponsáveis praticarem assaltos e até consumir drogas, como se verá no resultado final. ///Realizada a eleição no dia 08/03 e a diplomação, espera-se que com a posse dos eleitos - ainda não definida para quando - que Santarém comece a ser administrada com garantia de gestão até o final de 2012, para sairmos desta incerteza que levou o nobre Presidente da Câmara, Vereador José Maria Tapajós, a fazer um grande sacrifício como Prefeito interino e que, apesar de tudo, está dando conta do recado. ///Ontem, dia 30/01, participei no Amazônia Boulevard do aniversário de 15 anos de Lays Oliveira, filha dos meus amigos Valnilson e Núbia Oliveira, ela que é minha colega advogada. Parabéns à bela aniversariante! ///Se os trabalhos da Orla não forem logo concluídos, só os serão depois do inverno pois as águas do Tapajós estão subindo rapidamente. ///O Presidente Nacional da OAB juntamente com o Dep. Federal Fernando Ferro (PT/PE), estão imbuídos do propósito de apressar a identificação e punição dos assassinos do advogado Manoel Bezerra de Mattos Neto, ocorrido recentemente no interior da Paraíba. Ainda segundo o Dr. Cezar Brito, a Polícia Federal foi acionada para acompanhar o caso. ///O STJ decidiu que prestar falsa declaração de pobreza para conseguir os benefícios da justiça gratuita não constitui crime, determinando até o trancamento de inquérito policial nesse sentido. ///Atenção empresas de transporte coletivo, principalmente aquelas que não gostam de pagar indenização: quem não aceitar carteira de passe livre para idoso está sujeito a pagar indenização por danos morais e materiais. Foi o que decidiu a Justiça de Brasília em um caso ocorrido com um idoso. ///O 8º BEC deve estar esperando que as chuvas aumentem e continuem com o desmoronamento no trecho da serra que fica às proximidades do quartel. Fizeram um serviço no ano passado, mas não algo duradouro, e com as chuvas deste ano, pode escrever que haverá deslizamento e até interrupção do tráfego. ///O que aconteceu com o Juiz Leonel Figueiredo, da Comarca de São Félix do Xingu, que já foi Juiz em Santarém não deixando saudades, (segundo o noticiado foi agredido e revidou com dois tiros) deve ser apurado com rigor e punido quem efetivamente for culpado, até mesmo o Juiz, se houve excesso na sua reação, para que a corda não arrebente só para o lado mais fraco. ///O Dr. Luiz Ismaelino Valente, apesar de aposentado como Procurador de Justiça, continua atualizado e com uma lucidez jurídica excelente, tanto que recorro a ele e a nossa amizade para discutirmos matéria jurídica de complexidade. ///Um recado para os invejosos: Minhas virtudes e minhas amizades eu consegui com esforço e sinceridade e não em troca de pirarucu e outras formas de bajulação.

Lúcio Flávio Pinto: Um repórter estrangeiro e outros estrangeiros na Amazônia: um bem?

Quantos jornalistas brasileiros já estiveram mais de 30 vezes na Amazônia? Quantos conseguem somar um ano inteiro de presença na região com todas essas viagens? E entre os profissionais nascidos na Amazônia ou que nela fixaram domicílio, quantos a percorreram por inteiro? O número é muito pequeno, escandalosamente pequeno para a prioridade que o resto do Brasil costuma atribuir - em geral da boca para fora - à região que abrange 60% do território nacional.
O americano Larry Rohter, de 59 anos, faz parte desse círculo restrito. Em 1972 ele começou a viajar para o Brasil, país pelo qual passou a interessá-lo quando ainda morava nos Estados Unidos. Em 1977 sua cobertura brasileira se tornou jornalística. No ano seguinte, ainda como correspondente do jornal Washington Post e da revista Newsweek, desceu pela primeira vez na Amazônia. Essas visitas se amiudaram a partir de 1990, quando assumiu o cargo de correspondente do New York Times, o mais influente jornal do mundo. Em nenhum dos anos até 2007, quando largou a função e regressou aos EUA, deixou de fazer o circuito amazônico pelo menos uma vez.
Uma seleção do que ele produziu a partir dessas excursões ocupa 10% das 416 páginas do seu livro, Deu no New York Times, lançado no ano passado pela editora Objetiva, do Rio de Janeiro, sede do escritório do jornal novaiorquino, que enfrenta a maior crise da sua história (e ameaçado de sucumbir a ela). O valor e a utilidade do que Larry Rohter diz sobre a Amazônia (como, de resto, sobre o Brasil) decorre de sua qualificação pessoal e profissional (ao mesmo tempo como jornalista e acadêmico) e dos meios que teve à sua disposição, graças à clarividente diretriz editorial que orientou o NYT ao longo dos anos recentes, para obter informações e checá-las nos próprios lugares onde os fatos ocorriam.
Não se trata de um intelectual de laboratório nem de um pesquisador que passou mais tempo lidando com informações secundárias e fontes indiretas. Larry pôde ir às fontes primárias e até acompanhar os assuntos quando sua consumação estava em curso, um privilégio conferido com mais freqüência aos jornalistas do que a qualquer outro profissional, mas somente aos jornalistas de linha de frente, aos autênticos repórteres. O capítulo amazônico do livro abriga apenas sete das numerosas reportagens que ele escreveu, algumas seguidas de comentários enriquecedores, todas com alguma contribuição documental.
O mais importante, porém, é a apresentação dessas matérias, a parte inédita. É quando o acadêmico, formado em história e especializado na China Moderna na Universidade de Colúmbia, se debruça sobre as anotações de campo para entender-lhes o sentido e captar suas sugestões. O tema central dessas reflexões é a relação da Amazônia com o mundo, mediada pelo Brasil. A Amazônia sempre esteve sujeita a uma razão categórica: a afirmação da soberania nacional em seu vasto e pouco ocupado território, um vazio demográfico, um anecúmeno.
A sujeição decorre da convicção, no topo da sociedade brasileira e na cúpula do governo nacional, da existência de uma sempiterna cobiça internacional sobre a região. Esse desejo de apropriação se valeria das condições naturais da região, coberta de floresta, que dificulta sua ocupação e integração, e da sua carência de densidade humana. Para contrapor-se a esse cenário tendente à usurpação por estrangeiros, o governo desencadeou um processo de ocupação intensiva, integrando a Amazônia para não entregá-la, substituindo o espaço vazio pela plenitude da presença nacional.
Quanto há de verdade nessa ameaça? Quantos dos inimigos projetados sobre o cenário geopolítico não passam de moinhos de vento, combatidos não por um cavaleiro sem mácula, mas por pessoas e entidades que criam fantasmas ao meio-dia em proveito próprio? Não será justapondo fantasmagorias sobre fantasmagorias ou mitos sobre mitos que se chegará às respostas necessárias. Será revelando as informações a partir dos fatos e submetendo-as ao teste de consistência, através do qual as interpretações se tornarão sólidas e fecundas, não mais garatujas sofisticadas ou elucubração metafísica.
Indiferente à suspeição que lhe foi aplicada em função de sua nacionalidade e da natureza do seu patrão, Rohter enfrentou com inteligência, bom humor e argúcia todas as armadilhas que pretendem reduzir os graves problemas a leis de um catecismo dogmático. Ele descobriu que os brasileiros falam muito sobre a Amazônia sem a conhecer, em muitos casos nem mesmo fisicamente. Outros já colocaram seus pés nessa terra úmida e incômoda, mas, como o torcedor que deduz o que vê de uma partida de futebol que se desenrola á sua vista pelo que seu ouvido capta da locução transmitida pelo aparelho de rádio colado ao seu ouvido, repetem como santa verdade informação que jamais se deram ao trabalho de checar. Num universo de coisas vãs, é vã a necessidade de saber o que se diz. De tão vasta, a Amazônia é como um papel em branco: aceita tudo que se lhe inscreva.
Como a existência de um livro de geografia adotado nas escolas americanas de ensino fundamental, por exemplo, com um mapa que secciona a Amazônia do resto do Brasil porque os brasileiros são um povo incapaz de administrá-la. Ou que a região perdeu a batalha da borracha porque um inglês contrabandeou sementes da seringueira para a Ásia, um crime até de lesa-majestade, por ser a hévea brasiliensis espécie nativa. Os brasileiros não se apercebem que se fosse verdade que uma árvore só dá bem onde surgiu, o Brasil não seria o país do café, arbusto exótico.
Qualquer país que abrigasse em seu território uma região como a Amazônia haveria de se empenhar em exercer nela a soberania nacional. É um desejo legítimo e inquestionável do Brasil submeter o interesse internacional aos seus desígnios e controle. O problema é que a soberania brasileira tem sido firmada à base da destruição da Amazônia. Em menos de meio século, um dos dois elementos definidores da região, a sua floresta (como a sua água), foi destruído como nunca em qualquer outro lugar e em qualquer fase da história humana. Sem ser sequer inventariada ou avaliada na sua esmagadora maioria, foi despojado de sua cobertura vegetal essencial um território que já equivale a quase três vezes o tamanho de São Paulo, a mais rica unidade da federação.
Para tentar minimizar o tamanho desse crime, alguns argumentam que, ainda assim, o desmatamento "só" representa 20% do espaço amazônico, sem conseguir ter uma idéia real do que estas últimas quatro décadas representaram a partir de um ponto de partida em 1970, ano da Transamazônica, quando o desmatamento estava bem abaixo de 1%. Outros ainda mantêm as últimas esperanças de normalidade nessa brutalidade contra a natureza (e o próprio homem), dizendo que foi assim no passado e só porque foi assim as grandes nações de hoje se desenvolveram. Omitem, como lembra Rohter, que antes não existia a ecologia (ciência da segunda metade do século XX).
Mesmo se o cidadão do nosso tempo não se tivesse apercebido da dinâmica do planeta vivo, a grandeza quantitativa do drama não perderia em seus tons trágicos. Porque nunca o homo sapiens colocou abaixo tanta mata quanto o brasileiro colonizador da Amazônia. Agindo assim na suposição de que, ao substituir o espaço da natureza pelo espaço do homem, o país evita que a Amazônia seja internacionalizada, o Brasil, na verdade, acaba com a Amazônia. E assim se concilia de vez com a natureza do seu bandeirante de ontem, de hoje e de sempre, um fazedor de desertos, paulista ou não.
Pelo contrário, um modo de estabelecer a presença do homem em harmonia com uma natureza tão fecunda e desafiadora, seria estimular in situ um debate sem fronteiras, atraindo para a região todos aqueles que se declaram dispostos a partilhar seu conhecimento e dedicar seus esforços para evitar que ela seja mais um capítulo da pilhagem dos recursos naturais e de saque dos povos.
O Brasil será o condutor desse diálogo (de idéias e de práxis) não só - nem principalmente - por ser o dono da Amazônia, mas por ser aquele que melhor a conhece. E por tão bem dominá-la, com as armas do saber e do conhecimento, à frente dos mecanismos de governo e das ações sociais, não pode ser iludido nem manipulado. Como define o jornalista, esse pode "acabar sendo o mais importante campo de batalha ambiental do século XXI".
Nem sempre Larry Rohter tira das suas informações, obtidas em contato direto com os fatos ou através dos seus interlocutores, as deduções coerentes ou as interpretações corretas. É verdade que os projetos de Henry Ford, de Daniel Ludwig e da Volkswagen não deram certo, mas não é verdade que "todos os grandes projetos comerciais estrangeiros de risco que foram executados na Amazônia fracassaram". Deu muito certo o da Bethlehem Steel, na época a segunda maior siderúrgica do mundo, que em quatro décadas extraiu do Amapá milhões de toneladas do melhor de todos os minérios de manganês e, quando o teor caiu, foi-se embora sem cumprir suas responsabilidades, inclusive ambientais.
A Georgia Pacific, que também foi a maior madeireira dos Estados Unidos, extrai árvores selecionadas (sem precisar fazer corte raso) na foz do Amazonas há décadas, sempre alegando dificuldades (que existem mesmo), mas sem parar de embarcar as valiosas pranchas para o exterior. A japonesa Eidai acaba de falir, mas porque a mesma trajetória seguida pela americana, em três décadas, sofreu uma interrupção excepcional, por fatores que ainda é preciso avaliar em profundidade para definir sua ponderação.
Deu certo, sobretudo, a estratégia dessas corporações de deixar de lado o controle nominal do capital dos "grandes projetos" e assumir o pleno domínio dos mecanismos de comercialização das matérias primas. Exercem seu poder a partir de fora, mesmo quando esse poder não se traduz no percentual das ações das empresas que exploram os mais valiosos recursos naturais da região.
Mas é verdade que a causa principal do desmatamento na Amazônia não são as multinacionais ou as ONGs disfarçadas, mas brasileiros inescrupulosos que grilam terras, extraem madeiras de qualquer maneira, compram-nas sem fazer qualquer indagação sobre sua origem ou querem é que a mata desapareça para dar lugar aos pastos ou às extensas plantações de monoculturas, como a soja. A principal sede dessa destruição não é Nova York, mas São Paulo.
"Sim, a Amazônia é do Brasil", concorda Larry Rohter. "Mas o que os brasileiros vão fazer com ela? Essa é a pergunta realmente importante e ainda não há uma resposta para ela", acrescenta o jornalista. E não há mesmo. O Brasil que modifica com dramaticidade a fisionomia, o modo de ser e o etos da Amazônia só pretende fazer esta pergunta, que devia ser ao mesmo tempo primal e seminal, quando a Amazônia for Brasil. Ou seja, quando deixar de ser o que ainda teima em ser, uma realidade estranha, diferente e desafiadora para os fazedores de desertos: Amazônia.

Aeroporto mixuruca

Sebstião Imbiriba
Articulista de O Estado do Tapajós


Meu dileto amigo Odair Correa - com seus novos e belos cabelos negros, que há algum tempo prefere, em lugar de suas antigas e características melenas grisalhas, que lhe davam certo charme, que perdeu - criou e protagonizou belíssimo factóide ao melhor estilo César Maia. Odair induziu o presidente da INFRAERO a vir a Santarém do Tapajós pagar tremendo mico. O brigadeiro trouxe o contrato do projeto do que será a futura estação de passageiros do Aeroporto de Santarém, contrato este já assinado em Brasília pelas partes competentes, para que nosso amado vice-governador lhe acrescentasse sua preciosa assinatura, como TESTEMUNHA, sob caridosos aplausos de convidados muito bem selecionados.
A esdrúxula ocorrência se deu na tarde de 22 de janeiro de 2009, no auditório da UEPA em Santarém. Cerimônia plena de pompa e circunstância para falso testemunho. O que seria de total inutilidade, não fosse a oportunidade aproveitada por espíritos atentos que detectaram incongruência no pré-projeto e alguém mais atrevido não alertasse o público para o crime que se prepara contra Santarém do Tapajós, contra o Pará d'Oeste, o futuro Estado do Tapajós renegado por Odair.
A premissas que orientam o projeto a ser elaborado e recém-contratado tem um horizonte de oito anos, isto é, define as instalações necessárias ao atendimento do número de pessoas que circularão no Aeroporto Wilson Fonseca em 2017. Ocorre que o tempo gasto, a partir da assinatura do contrato, para elaboração do projeto mais o que será despendido na construção - se não houver hiato entre o término de um e a licitação da outra - decorrerão quase quatro anos, metade do horizonte previsto.
Trocando em miúdos, isto significa que, a partir da data de sua inauguração, em 2013, a vida útil do novo aeroporto será de apenas quatro anos, quando já estará saturado e requerendo ampliação. Quatro anos após sua inauguração, o novo aeroporto estará nas mesmas condições precárias de atendimento ao público em que o atual se encontra hoje. Para projeto desse porte, vida útil de apenas quatro anos é, realmente, absurda insignificância.
Não sou noviço no assunto. Acompanhei o projeto do aeroporto do Galeão, realizado pela Hidroservice na segunda metade da década de 1960, o qual previa quatro módulos, um dos quais foi construído em seguida. Logo, esse módulo estava saturado. No entanto, o segundo módulo só foi construído após delongas e hesitações. Era o caso de vários aeroportos pelo Brasil afora que tiveram que aguardar por longos anos até que a Infraero construísse novas instalações. Um dos poucos casos sem solução é o aeroporto de Santarém do Tapajós e todos sabemos do empenho com que, desde que chegou a esta Terra da Felicidade, Luiz Barra se esforça por fazer a direção da Infraero a dar soluça de emergência à atual estação de passageiros e iniciar a construção do novo aeroporto.
Em toda parte, muito tardiamente se tomou a iniciativa de projetar e construir melhores aeroportos. Em todos os casos, por muitos anos, as cidades servidas por eles sofreram a obsolescência de seus aeroportos. E nós ainda teremos que penar tais agruras por mais quatro anos enquanto se projeta e constrói as novas instalações. Infelizmente, conforme se depreende da forma como foi apresentado o pré-projeto, este aparentemente inevitável problema se repetirá a partir de 2017 com a prematura obsolescência do novo aeroporto de Santarém do Tapajós.
Por isso mesmo, o projeto deve prever ampliações rápidas, fáceis e baratas. O assunto tem que ser discutido e esclarecido, e nada melhor para isto do que a realização de audiências públicas para debater premissas, parâmetros e paradigmas do projeto a ser elaborado. Agora sim, aqui caberia bela iniciativa de Odair, não para criar palanque de prosopopéias e autopromoção, mas para que o povo objetivamente discuta e decida sobre assunto de tão vital importância para sua vida econômica, cultural e social.
É isto o que esperamos de Odair. É isto o que lhe restituirá respeito e apreço dos que, apesar dos desapontamentos, continuam amigos de sempre. Audiência pública e imediata do aeroporto. É isto o que exigimos.

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Manchetes deste sábado de O Estado do Tapajós

CINCO CANDIDATOS DISPUTAM ELEIÇÃO

BLITZ DO DETRAN FAZ VISTA GROSSAS AOS ÔNIBUS

PREFEITO VISITA OBRAS DO PAC EM TRÊS BAIRROS

SANTARÉM REGISTRA RECORDE DE DEMISSÕES EM DEZEMBRO

PRAZO PARA ADERIR AOS SUMPERSIMPLES PRORROGADO ATÉ 20 DE FEVEREIRO

ALCO SÓ NEGOCIA COM ACORJUVE APÓS RETIRADA DE INVASORES

A REALIDADE DOS CURSOS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM SANTARÉM

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO HISPITAL REGIONAL ESTÁ EM PANE

SECRETÁRIO DE SAÚDE ADMITE RECORRER À JUSTIÇA PARA QUE AGENTES NÃO SEJAM BARRADOS NAS CASAS

FALTA DE CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E INADIMPLÊNCIA EMPERRAM FNO, DIZ SUPERITENDENTE DO BANCO DA AMAZÔNIA