sexta-feira, 23 de abril de 2010

OMS aprova novos testes de malária

Reuters

A Organização Mundial da Saúde anunciou na sexta-feira a aprovação a 16 novos exames para o diagnóstico da malária, contribuindo para a rápida identificação de quais pacientes têm a doença e quais necessitam de tratamento imediato.

A agência de saúde da ONU avaliou 29 testes rápidos, feitos por diferentes fabricantes, e concluiu que 16 deles atendiam aos critérios mínimos exigidos. Cerca de 40 por cento da população mundial corre risco de malária, doença potencialmente letal transmitida por picada de mosquitos. Ela mata cerca de 860 mil pessoas por ano, a maioria crianças na África. Há casos na Ásia, América Latina, Oriente Médio e parte da Europa.

"Esses testes rápidos foram um grande avanço no controle da malária", disse em nota Robert Newman, diretor do Programa Global de Malária da OMS. "Eles nos permitem examinar as pessoas que não conseguem acessar o diagnóstico baseado em microscópio, em remotas áreas rurais, onde a maior parte da malária ocorre."

A OMS recomenda o diagnóstico usando microscópio ou testes rápidos em todos os casos sob suspeita de malária, mas em 2008 apenas 22 por cento dos casos suspeitos foram submetidos a exames em 18 de 35 países africanos que relataram seus dados.

A entidade com sede em Genebra disse que um diagnóstico mais amplo permitiria que profissionais da saúde distingam pacientes efetivamente doentes, que precisam de medicamentos, daqueles que sofrem de outras doenças. Seu uso deve se refletir também em melhoras na taxa de sobrevivência infantil, uma importante meta de desenvolvimento da ONU.

"Com 38 testes que agora atendem o critério mínimo de desempenho, países onde a malária é endêmica (...) têm uma escolha mais ampla de testes que foram avaliados em termos de qualidade e confiabilidade", disse a OMS.

O melhor tratamento contra a malária são os medicamentos de terapia combinada à base de artemisinina (ACT), produzido por empresas como a francesa Sanofi-Aventis. Esses remédios podem ser caros.

A resistência contra a cloroquina e a combinação sulfadoxina-pirimetamina, as drogas mais baratas contra a malária, está se tornando comum.


Zé Geraldo volta a criticar PMDB


O deputado José Geraldo(PT) deu entrevista ao programa Sinval Ferreira, da Rádio Rural de Santarém, hoje de manhã, e cobrou mais uma vez definição do PMDB quanto à aprovação do empréstimo 366 milhões na Assembléia Legislativa do Pará e confirmação ou não da coligação com PT para as eleições deste ano.

O áudio da entrevista você ouve abaixo, na íntegra.

Entrevista - José Geraldo.mp3

Código de ética pode afugentar médicos de direção de hospitais do interior

Embora na opinião de muitos profissionais de saúde a reformulação do Código de Ética Médica será benéfica para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), porque além de coibir a mercantilização da medicina também estabelece normas éticas sobre a biotecnologia, privacidade e o direito à informação para o paciente, os médicos que atuam em hospitais de pequenos municípios do interior temem que poderá haver uma debandada desses profissionais por falta de mão-de-obra disponível para contratação imediata.

Júlio Cezar Imbiriba, médico que dirige o hospital de Belterra e faz atendimento em Alenquer, alega que, pelo novo Código, caberá ao diretor de hospital providenciar imediatamente um médico para cobrir o expediente quando houver a falta de outro colega e quando isto não for possível, ele mesmo terá que assumir a função. "Tem municípios onde a mão-de-obra é escassa, o diretor do hospital não vai dar conta. Muita gente vai desistir de assumir esses cargos de direção clínica desses hospitais como receio de ser punido", adverte o médico.

O médico Antônio de Pádua Cavalcante, presidente da Comissão de Normas e Legislação do Conselho Regional de Medicina de Alagoas também destaca a importância da reformulação do código, principalmente como instrumento de disciplina nos casos em que os médicos deixam pacientes do SUS sem assistência ou faltam ao plantão sem uma justa causa. "Os médicos não podem trabalhar de forma mercantilista ou fechando os olhos para as necessidades dos pacientes ou população sem primar por um acompanhamento humanizado", observa.

"Não existe muito de novo no Código de Ética Médica, mas uma reformulação, que alterou tópicos considerados ultrapassados e tentou voltar o trabalho do profissional médico para questões relacionadas ao bem-estar da população. As alterações ocorreram após dois anos de discussões, que foram coordenadas pela Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica e que contou com a contribuição de mais de 2,6 mil sugestões enviadas por médicos e entidades de todo o País", revela..
Ele adverte sobre a necessidade de cumprimento do código sob pena de sofrer sanções, inclusive, a cassação do diploma. "Qualquer procedimento a ser realizado no paciente deve ser comunicado e solicitado sua autorização, exceto que ele esteja inconsciente, necessitando assim do aval dos familiares".

Mas, de acordo com Pádua, a reformulação também traz avanços quanto à tecnologia de reprodução assistida, da informação e da comunicação, além do projeto Genoma e clonagem de seres humanos. "Ela enfatiza as relações com o complexo industrial farmacêutico e condutas para o tratamento terminal e a medicina paliativa", informa.

E finaliza, defendendo o fim do que classifica como sendo anomalias. "A reformulação é clara e deve ser cumprida sob o risco de penalidades ao profissional, principalmente nos casos sem justificativas. Agora quem faltar e não justificar pode responder a processo ético-profissional, além da prescrição da receita médica que deve ser legível", afirma o médico.

OI não cumpre decreto que obriga instalação de telefone individual em comunidades com mais de 300 habitantes

O vereador José Maria Tapajós reclamou que a empresa de telefonia OI está se limitando a instalar telefones públicos como se fossem residenciais em algumas comunidades do interior do município que possuem mais de 300 habitantes, desobedecendo o decreto estabelecido pela Anatel no Planos Geral de Metas de Universalização.

O vereador explicou que de acordo com este decreto comunidades com mais de 100 habitantes devem dispor de telefone de uso público, o orelhão, com acesso 24 horas disponível e ainda todas as localidades com mais de 300 pessoas devem ter o direito de acesso individual.
Para a efetivação do processo de ativação desses serviços é realizado um pela empresa um trabalho de campo, com levantamento populacional, determinação de coordenadas geográficas e registros fotográficos.

Segundo José Maria os tópicos do decreto dizem que as comunidades que tem acima de 300 habitantes podem solicitar o acesso individual e que elas devem ser atendidas em sete dias.
As comunidade de Vila Gorete, Curi e Perema vão receber telefones públicos, ja Vila Nova (Eixo Forte); São Jorge (Lago Grande); Santa Cruz; Baixa da Onça, Murui, Boa Vista do Tapará; Enseada do Amorim; Castela; Amina; Igarapé da Praia e Porto Novo, vão receber somente telefones públicos.

Em São Jorge o presidente vai solicitar que a Oi instale telefones residenciais, ele afirmou que nesta área existem mais de 500 pessoas.

A empresa informou que tem toda uma programação para instalação nessas comunidades que serão executadas em 2010.

Vereador pede ao MP investigação de pirâmides disfarçada de consórcio

Da tribuna da Câmara Municipal, o vereador Erasmo Maia alertou a população santarena, dizendo que tomou conhecimento através de reportagem de O Estado do Tapajós, de que há empresas se instalando em Santarém e no Oeste do Pará, levando informações aos seus clientes de que estão fazendo consórcios e a partir dos sorteios serem as parcelas liquidadas.

Erasmo esclarece que isso funciona como "pirâmide". "Ou seja, enquanto houver pessoas para financiar essas premiações, a empresa vai existir, a partir de quando o mercado estiver saturado, não mais existirá e tais empresas vão sair de Santarém e região, como já aconteceu no Rio Grande do Norte, onde foi objeto de investigação do Ministério Público. O parlamentar afirma que "isso é um golpe" e pede ao Ministério Público que acompanhe esse fato, para que os santarenos e pessoas da região, não venham a ser lesadas.