quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

As araras de Santarém

Foto:Bandeira Jr.

Região Oeste do Pará lidera casos de dengue no Pará

Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública(SESPA), os municípios com maior número de casos de dengue notificados no estado do Pará são Belém (478), Novo Progresso (309), Altamira (227), Santarém (225) e Parauapebas (177). 

Três municípios entre os cinco que lideram o ranking da dengue são da região Oeste: Santarém, Altamira e Novo Progresso.

Maioria dos classificados pelo ENEM para a UFOPA não mora em Santarém ou região


Quase todos os candidatos que moram em Santarém e municipíos da região Oeste do Pará selecionados pelo critério do ENEM se habilitaram junto à Universidade Federal do Oeste do Pará(UFOPA).

A baixa procura pelo totalidade das 1.150 vagas ofertadas pela UFOPA é consequência da maioria dos selecionados ter domicílio em Belém e Ananindeua, além de diversas capitais brasileiras, já que o ENEM é um certame nacional. Esse foi o motivo de tanta desistência.


A UFOPA fará uma segunda chamada de candidatos para preenchimento das vagas remanescentes através de edital que deve ser publicado nos próximos dias.



Jordy: Belo Monte precisa de requisitos mínimos


Por meio do Twitter, o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA) manifestou sua posição sobre um dos mais polêmicos projetos de infra-estrutura do país: a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.O parlamentar disse que a obra precisa observar requisitos mínimos para seguir em frente.

“Sem preenchimento das condições ambientais e sem a revisão da cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da energia somos contra a construção de Belo Monte”, opinou o deputado do PPS.Pela a atual legislação, recebe o ICMS o estado onde a energia elétrica é consumida. Isso significa dizer que a receita expressiva gerada por este imposto não ficará na região

Jordy disse recentemente, em entrevista à imprensa, que atuará no Congresso para tentar mudar as atuais regras. Na Câmara, há uma Proposta de Emenda à Constituição que prevê a cobrança do ICMS no local onde é produzida a energia.

Imbróglio


A construção da Hidrelétrica de Belo Monte foi liberada após o IBAMA ter concedido uma "licença de instalação parcial" para o consórcio responsável pelo empreendimento. Houve críticas pelo fato de a liberação ter saído às pressas e justamente num momento em que houve troca no comando do Instituto. O Ministério Público Federal também ajuizou ação civil pública contra o que considerou "totalmente ilegal", pelo fato de a sociedade civil ter denuncido o não cumprimento de condicionantes apresentadas pelo governo federal necessárias para viabilizar a obra.

Atingidos pela barragem


Os reflexos sobre as comunidades indígenas são um outro ponto polêmico do projeto. Segundo o estudo, uma área de mais de 600 quilômetros quadrados (km²) será inundada.A usina promoverá até 80% de redução da vazão de um trecho de mais de 100 quilômetros do rio, denominado Volta Grande do Rio Xingu, atrairá uma população estimada em 100 mil pessoas e causará o deslocamento compulsório de cerca de 40 mil.
(Por: William Passos)


Norte Energia assina contrato com fornecedores de turbinas para  Belo Monte

Fabricação dos equipamentos será no Brasil e vai gerar
onze mil empregos diretos.

A Norte Energia S. A., empresa responsável pela construção da UHE Belo Monte, no estado do Pará, assinou hoje (9) contrato com o consórcio ELM, que fornecerá turbinas e outros equipamentos para a obra. O grupo é formado pelas empresas Alstom, Voith e Andritz. Na segunda-feira (7) a Norte Energia já havia assinado contrato com a empresa IMPSA (Wind Power Energia), também para fornecimento de turbinas e outros equipamentos.

A IMPSA possui unidade fabril no Porto de Suape, em Pernambuco, e as três empresas do consórcio ELM têm unidades em São Paulo. As quatro fábricas darão início ao projeto das turbinas em março e, em seguida, começará a fase de produção dos equipamentos. Com esta operação, as quatro unidades vão gerar cerca de onze mil empregos diretos. Praticamente todas as peças serão fabricadas no Brasil, exceção a subestação blindada de 500 kV.

O contrato com a ELM inclui 14 unidades geradoras com turbinas Francis e seis unidades geradoras com turbinas Bulbo, além de equipamentos complementares. O contrato com o consórcio ELM tem o valor de R$ 3,5 bilhões. O contrato firmado com a IMPSA se refere ao fornecimento dos equipamentos eletromecânicos, incluindo quatro unidades geradoras com turbinas Francis e os equipamentos complementares, no valor total de R$ 816,8 milhões.

A montagem eletroeletrônica da UHE Belo Monte iniciará em outubro de 2013. A primeira unidade geradora da usina entrará em operação em fevereiro de 2015.

Adepará planeja criar a GTA eletrônica

O diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Mário Moreira, anunciou que ainda este ano, a agência deve criar a Guia de Transporte Animal (GTA) eletrônico, facilitando a emissão e a fiscalização do transporte animal no estado. "Vamos fazer isso como um processo de modernização e informatização dos nossos escritórios, que hoje estão presentes em 127 municípios do Estado. Teremos postos regionais nas fronteiras", explicou.

O GTA controla o trânsito de animais, impedindo, por exemplo, que gado de áreas de médio risco de febre aftosa entre nas áreas livres da doença. "Esse controle é importante para manter o estado dentro das especificações e exigências sanitárias. Para você ter uma ideia, há poucos dias sacrificamos 12 animais que vinham de outros estados de áreas de médio risco de aftosa", conta.
Atualmente, o Pará tem o quinto maior rebanho bovino do país, com 18 milhões de cabeças.(Com informações da Agência Pará)

Mídias sociais são pautadas por TV, jornais e revistas

O Estado de São Paulo

O principal destaque de ontem no Social Media Week ficou por conta da apresentação de um estudo realizado pela agência de publicidade JWT, revelando hábitos e comportamentos da mídia brasileira - profissional ou não - na era das redes sociais.

A pesquisa, chamada de "Verdades, Mentiras & Mídias Sociais", busca entender o quanto as mídias sociais interferem nas tradicionais, e vice-versa. O resultado surpreendeu: as mídias sociais (ambientes de relacionamento online como Twitter, Facebook, Orkut e blogs) ainda são totalmente pautadas pela mídia tradicional, reverberando assuntos que são aprofundados apenas na cobertura de canais de TV, jornais, revistas e grandes portais de conteúdo. O inverso, no entanto, não acontece, apesar de esse tipo de mídia se consolidar cada vez mais como "pulso do que a população está pensando, fazendo e falando", como foi apresentado.

O estudo prova, por exemplo, que apesar de assuntos como o filme A Origem e o polvo Paul se manterem por um longo período entre os tópicos de destaque nas redes sociais, sua cobertura pelas mídias tradicionais ainda é pontual e não acompanha a curva de interesse demonstrado pelo público.

A conclusão da pesquisa é que as ferramentas ainda despertam mais interesse do que as coisas que acontecem nela - não à toa o tema foi capa das revistas Veja e Época, além de reverberar no Jornal Nacional, durante o ano de 2010.

Ministério de Minas e Energia lança Plano nacional de mineração

 

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, lançou ontem, terça-feira (8), em Brasília, o Plano Nacional de Mineração 2030. O programa norteará o setor mineral brasileiro nos próximos 20 anos e aborda de forma integrada as diferentes etapas da geologia, mineração e transformação. Entre as ações previstas está a criação da Agência Nacional de Mineração, do Conselho Nacional de Política Mineral, a consolidação do Marco Regulatório da Mineração, além de mudança na outorga dos títulos minerais e uma nova política para os royalties da mineração.

Os investimentos previstos em pesquisa mineral para expansão ou descoberta de jazidas, além de mineração e transformação mineral, totalizam US$ 350 bilhões até 2030. Esta é a quarta edição do Plano Nacional de Mineração e a primeira realizada desde 1994.

O PNM 2030 tem como base três diretrizes: governança pública, agregação de valor e adensamento de conhecimento e sustentabilidade. De acordo com o ministério, este é o primeiro plano de longo prazo que contempla a primeira etapa de industrialização dos minérios: a transformação mineral. "Está claro que há uma necessidade de mudança na gestão dos nossos recursos minerais", disse o ministro Lobão no lançamento do plano.
Segundo o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Claudio Scliar, "o plano é uma ferramenta que contribuirá na construção de uma Brasil soberano e sustentável com melhor conhecimento e aproveitamento dos seus recursos minerais".
A expectativa é de que o setor possa diversificar tanto a produção quanto os mercados, especialmente no caso do minério de ferro, gerando maior valor agregado aos produtos e impulsionando a geração de empregos, afirma o MME.

Importância do setor

Durante o lançamento do plano, o ministro de Minas e Energia comentou o papel econômico da mineração e destacou a participação do setor mineral no Produto Interno Bruto (PIB). “É importante ressaltar que o ministério é responsável por formular políticas de atividades econômicas que respondem por aproximadamente 10% do PIB brasileiro, dos quais 4% são provenientes do setor mineral”, afirmou.

O setor mineral, em 2010, obteve um faturamento de  US$ 157 bilhões e gerou divisas que alcançaram US$ 51 bilhões, correspondendo a 25% do total das exportações brasileiras. 
O plano é fruto de um processo de consulta amplo, resultante de uma série de estudos, reuniões e oficinas coordenadas pelo MME. As mudanças propostas pelo PNM 2030 também incluem maior controle e fiscalização dos direitos minerários que, segundo o ministro, “a população é quem tem o direito deve usufruir dessa riqueza, muitas vezes exportada sem benefícios ao País”. Em 2010, o Brasil exportou, somente para a China, cerca de US$ 12,2 bilhões em minério de ferro. A exportação total do País em minério de ferro foi de US$ 29 bilhões.

Para Lobão, o plano soma-se ao conjunto de iniciativas do ministério que apontam para ampliar o conhecimento geológico do território nacional, fortalecer a gestão dos recursos minerais e fomentar a agregação de valores e conhecimentos expressos em geração de renda e emprego com a extração dos bens minerais do Estado. 

Agricultura destaca produção de fertilizantes

Para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o destaque foi que agora a gestão de minerais para uso na agricultura passou a ser estratégica para o governo federal. A diretriz também consta no plano lançado nesta terça-feira e, para o Mapa, é o principal avanço para o setor agrícola desde o plano anterior, em 1994.

Os agrominerais – fosfato, potássio e nitrogênio – são usados na fabricação de fertilizantes, nutrientes que ampliam a produtividade do campo. A aplicação desses produtos em lavouras de soja, milho, trigo, arroz, feijão e cana-de-açúcar e outras é essencial para garantir a eficiência da produção. Atualmente, o Brasil importa 70% dos fertilizantes que consome, um total de 24,5 milhões de toneladas (dados de 2010). Uma das linhas do plano governamental é reduzir a dependência externa desses produtos.

O plano traça ainda uma meta de autossuficiência na produção de fosfato em cinco ou seis anos. Atualmente, o Brasil produz 50% da necessidade interna de consumo. Para o fertilizante nitrogenado – extraído a partir do gás natural – o documento informa que os investimentos já anunciados da Petrobras serão suficientes para atender a demanda brasileira.

 Sobre o plano

Segundo o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Claudio Scliar, "o plano é uma ferramenta que contribuirá na construção de uma Brasil soberano e sustentável com melhor conhecimento e aproveitamento dos seus recursos minerais". 
Scliar, que explicou o PNM 2030 e todo o processo de elaboração do plano, disse que foram realizados 84 estudos que fizeram um panorama do setor mineral brasileiro e sua posição mundial, as perspectivas e cenários possíveis, assim como uma previsão de demanda, investimentos e recursos humanos.(Fonte: MME)
 

Plano de mineração destina R$ 70 bi ao Pará em 4 anos

O plano prevê investimentos em mineração e transformação mineral da ordem de US$ 350 bilhões para as próximas duas décadas. A maior parte do investimento virá da iniciativa privada. Apesar de não ter sido revelado o montante que será destinado para cada Estado, estima-se que R$ 70 bilhões sejam investidos no Pará nos próximos quatro anos. A previsão é vice-governador paraense, Helenilson Pontes, que acompanhou o lançamento do plano em Brasília.

"Nossos estudos indicam que o Pará receberá em torno de R$ 70 bilhões nos próximos quatro anos. A nossa expectativa é entre R$ 50 e R$ 70 bilhões para a questão da mineração. O carro-chefe no Pará são os projetos de minério de ferro, mas temos ainda bauxita, cobre, manganês, níquel. Esses cinco são grandes cabeças de mineração no Pará, mas ainda temos ouro, que é uma cadeia muito importante", disse.

Segundo Helenilson, os investimentos deverão alavancar a produção mineral do Estado, o elevando da segunda para a primeira posição entre todas as outras unidades federativas. "Até 2012 a produção de minério de ferro do Pará irá dobrar com o novo projeto que está sendo implantado pela Vale no sul do Pará. Com essa perspectiva, a oportunidade do Pará superar Minas Gerais na produção mineral já é real. Mas a médio, o Pará tem muito mais a ganhar, uma vez que a Vale não é a única que está investindo", comemorou, ressaltando os desafios do governo com essa projeção de investimentos.(O Liberal)

O pai dos burros agora é eletrônico

Deonísio da Silva* 

Real Engenharia: Alem da queda, o coice nos clientes


Sob o título original de: Nova Forma

Por Lúcio Flávio Pinto

A Real Engenharia e Comércio tem 27 anos de funcionamento, durante os quais executou 15 empreendimentos, com quase mil unidades residenciais. Mas ao realizar seu mais ambicioso projeto, preferiu não assumi-lo diretamente. À frente do Real Class colocou uma SPE (Sociedade de Propósito Específico), a modalidade que as empresas
de construção civil vêm adotando em escala crescente. A Real Class SPE foi constituída para existir até a entrega do prédio aos seus compradores, desfazendo-se então.

A nova forma jurídica surgiu depois da crise da Encol, que deixou 40 mil mutuários ao relento. Como todos os prédios eram de propriedade de uma só empresa, foi preciso desligá-los um a um, processo longo, complicado e mais caro. A inovação seria para prevenir essas situações, facilitar a organização dos consórcios e o financiamento.

Agora vai ser o teste sobre como o esquema funcionará diante de um sinistro que causou a destruição completa do único bem da empresa. O seguro cobrirá todas as perdas? Os bens dos proprietários responderão pelos prejuízos?

Uma medida cautelar foi adotada para garantir essas respostas: a apreensão da documentação da empresa e a interdição da sua sede. Resta saber se todos os passos serão dados até o fim do percurso para reparar as perdas das vítimas do acidente. No episódio do Raimundo Farias isso não ocorreu.

Mandato de Cláudio Puty nas mãos do TSE

Paulo Bemerguy, do Espaço Aberto:

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem no gancho, para apreciar, mais um recurso especial contra diplomação do deputado federal Cláudio Puty (PT).

Foi impetrado pelo PMDB.
Olhem a imagem acima (cliquem para ampliá-la).
É o segundo contra o mesmo parlamentar.
O outro foi proposto pela Coligação "Juntos com o Povo" (PSDB, DEM, PRTB, PSDC, PMN, PPS e PRP), que apoiou a candidatura do governador Simão Jatene nas últimas eleições.
O argumento do PMDB, que entrou no barco de Jatene, mas apenas no segundo turno, é o mesmo da coligação: o deputado não teria obedecido ao prazo legal para se desincompatibilizar de funções no Poder Executivo, para as quais foi designado depois de ter deixado o cargo de chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia.
O relator do Recurso Especial nº 7028, que pretende cassar o diploma de Puty - e em consequência seu mandato - tem como relator o ministro Marcelo Ribeiro.

Aedes aegypti agora se desenvolve em água suja


Os brasileiros enfrentam mais um desafio na erradicação do mosquito da dengue. Uma pesquisa da Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo (Sucen), divulgada no último sábado, mostra que o mosquito transmissor da doença não se reproduz apenas em água limpa. 

Durante trabalho de campo no litoral norte de São Paulo, a pesquisadora responsável, Marylene de Brito, encontrou 300 focos com larvas do Aedes aegypti em água parada misturada a resíduos de produtos químicos, como óleo, tinta e até pequenas concentrações de sal, produto que, contraditoriamente, também pode ser usado no combate ao mosquito transmissor.

– O que sabíamos é que o Aedes era um mosquito de água limpa e se criava, principalmente, em água de chuva – explica Marylene, doutora em epidemiologia e saúde pública pela USP. – Agora ele está se adaptando a água contaminada ou suja, o que lhe confere vantagem em relação às outras espécies.


Durante trabalho de campo no litoral norte de São Paulo, a pesquisadora responsável, Marylene de Brito, encontrou 300 focos com larvas do Aedes aegypti em água parada misturada a resíduos de produtos químicos, como óleo, tinta e até pequenas concentrações de sal, produto que, contraditoriamente, também pode ser usado no combate ao mosquito transmissor.