quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Real Engenharia: Alem da queda, o coice nos clientes


Sob o título original de: Nova Forma

Por Lúcio Flávio Pinto

A Real Engenharia e Comércio tem 27 anos de funcionamento, durante os quais executou 15 empreendimentos, com quase mil unidades residenciais. Mas ao realizar seu mais ambicioso projeto, preferiu não assumi-lo diretamente. À frente do Real Class colocou uma SPE (Sociedade de Propósito Específico), a modalidade que as empresas
de construção civil vêm adotando em escala crescente. A Real Class SPE foi constituída para existir até a entrega do prédio aos seus compradores, desfazendo-se então.

A nova forma jurídica surgiu depois da crise da Encol, que deixou 40 mil mutuários ao relento. Como todos os prédios eram de propriedade de uma só empresa, foi preciso desligá-los um a um, processo longo, complicado e mais caro. A inovação seria para prevenir essas situações, facilitar a organização dos consórcios e o financiamento.

Agora vai ser o teste sobre como o esquema funcionará diante de um sinistro que causou a destruição completa do único bem da empresa. O seguro cobrirá todas as perdas? Os bens dos proprietários responderão pelos prejuízos?

Uma medida cautelar foi adotada para garantir essas respostas: a apreensão da documentação da empresa e a interdição da sua sede. Resta saber se todos os passos serão dados até o fim do percurso para reparar as perdas das vítimas do acidente. No episódio do Raimundo Farias isso não ocorreu.

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