quinta-feira, 17 de abril de 2008

Lula quer que general que criticou política indigenista se explique a Jobim e Enzo Peri

Luiza Damé, Jailton de Carvalho, Carolina Brígido, Eliane Oliveira e Ailton de Freitas - O Globo

BRASÍLIA - Em reunião nesta quinta-feira com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante do Exército, Enzo Peri, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou explicações sobre as declarações do general Heleno Ribeiro Pereira , comandante militar da Amazônia, a respeito da política indigenista brasileira e, mais especificamente, sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol. Jobim e Peri ficaram de conversar com Heleno e levar os esclarecimentos ao presidente. ( Reservas indígenas são risco às fronteiras do país? Opine! )
Na quarta-feira, o general Heleno voltou a classificar a transformação da faixa da fronteira norte do país em terras indígenas como ameaça à soberania nacional. Em palestra sobre a defesa da Amazônia no Clube Militar, no Rio, o general não se mostrou preocupado em contrariar a posição do governo, que defende a homologação de terras indígenas mesmo em regiões de fronteira, chamou a política indigenista de "caótica" e disse que o Exército "serve ao Estado brasileiro e não ao governo".

Presidente da Funai diz que general 'tá mal informado'

Também nesta quinta-feira, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, rebateu as críticas do general. Para Meira, o general desconhece o papel dos índios na formação das fronteiras do Brasil, principalmente na região Norte, onde hoje se discute a homologação da Raposa Serra do Sol. ( Entenda o conflito na reserva Raposa Serra do Sol )
Márcio Meira argumenta que, na década de 70, o país tinha 250 mil índios e a tônica dos discursos da época era a possibilidade de desaparecimento da população indígena. Hoje o país tem quase um milhão de índios. ( Ouça as declarações do presidente da Funai )
- Isso é resultado de uma política indigenista que garantiu a sobrevivência dos índios. Dizer que a política indigenista é caótica é desconhecer a política indigenista. Tá mal informado - disse Meira.
O presidente da Funai disse também que a crise na Reserva Indígena Raposa Serra do Sol é resultado da "cobiça" e está diretamente relacionada com a questão econômica.

Veículo do Ibama incendiado em Uruará

Um empregado de uma madeireira incendiou hoje um veículo do Ibama em Uruará.
O clima é tenso na cidade desde a chegada de tropas da Força Nacional de Segurança, na semana passada.

Aviso aos navegantes

Rosana Herman

Um blog é uma padaria.Tem post novo e pão quente todo dia. Temos orgulho de atender bem a freguesia.
Mas sei que onde há alimento, além de muita gente boa também há insetos indesejáveis.
Faz parte do ecossistema.
Mas ninguém quer ver uma mosca numa rosca de coco. Ou num croissant de presunto e queijo.
Inseto na comida faz a gente perder o apetite e o gosto pela vida.
Muito pior é quando a gente vê, num ambiente de alimentação, uma barata passeando pelo chão. Barata, não.
Apagar um comentário nojento é tão desagradável quanto esmagar uma barata com o chinelo. Ninguém gosta, ninguém quer.
Ninguém sente prazer em deletar uma coisa suja, assim como ninguém gosta de dar uma sapatada numa barata. É muito, muito desagradável, pra todos.
Melhor seria se ele não estivesse lá. Mas lá está ele, o inseto repulsivo.
Mas é melhor prender a respiração e eliminar o bicho do que permitir que ele contamine o ambiente.
A barata, tonta, não tem para onde correr.
E o chinelo já está na mão.
Mosca a gente espanta.
Barata a gente elimina.
Metaforicamente falando.

A governadora e o príncipe

A governadora Ana Júlia Carepa vai a Londres no final deste mês se encontrar, entre outros, com o príncipe Charles. Ela já havia adiantado a informação recentemente, ao discursar no X Encontro de Juízes Federal da 1ª Região, ocorrido em Belém na semana passada. Temas ambientais constarão da pauta dos encontros.
O Diário Oficial de hoje publica decretos em que Ana Júlia autoriza os integrantes de seu estafe a acompanhá-la. Vão com a governadora Ivonete Pereira Motta, assessora Especial da Governadoria; o tenente-coronal PM Dilson Barbosa Soares Júnior; a capitã PM Ana Cláudia Amato Bilóia Barros e o secretário particular, André Segantin Luiz.
(Espaço Aberto)

CANOÍSTAS SE AVENTURAM EM EXCURSÃO RUMO A BELÉM

Uma alucinante aventura á remo pelas águas da Amazônia. Este é o tema da I Expedição Santarém-Belém, que reúne quatro canoístas paraenses que em 20 dias devem percorrer 970 quilômetros para chegar até a capital do estado. A saída aconteceu na segunda-feira (14), do Terminal Fluvial Turístico de Santarém e conta com a participação de um atleta super especial, o canoísta José Coelho (Belém), deficiente físico e amante do esporte há muitos anos. Além dele, integram a expedição Evaldo Malato (Belém), Ivaldo Rostand (Santarém) e Jaime Godinho (Santarém). A expedição tem como objetivo inserir Santarém no calendário oficial e na rota da Confederação Brasileira de Canoagem.
A idéia de descer o rio Amazonas rumo a Belém foi do canoísta Evaldo Malato, professor de Educação Física que já viajou grande parte do país. "Iremos fazer dessa expedição uma das mais famosas do país e ao longo de anos, convidaremos mais atletas para participar. Vamos exaltar a nossa Amazônia", entusiasmado, Malato despediu-se de Santarém. Na bagagem leva apenas alguns litros de água, e uma alimentação balanceada com cereais e comidas leves e um microssystem para acompanhar as notícias do Pará.
Para Ivaldo Rostand, o único canoísta que já desceu o trecho, a experiência de apresentar as belezas naturais da nossa região aos novos desbravadores será maravilhosa. "Será a segunda vez que irei descer o Amazonas, mas tenho a responsabilidade de guiá-los e levá-los em paz até Belém. Contudo, tenho certeza que vai ser tranqüilo, sem problemas", falou o canoísta, nascido na comunidade de Uricurituba e que há mais de 17 anos se dedica ao remo. "É um prazer viajar e fazer o que gosto. Minha vida sempre esteve ligada ao rio, a pesca e aventura", destacou.
Por sua vez, o esportista José Coelho, que já participou de competições importantíssimas como o Para-Panamericano, no Rio de Janeiro, a descida do Amazonas é a realização de um sonho e mais uma prova de superação. "Não há fronteira a ser vencida pelo deficiente, a não ser o preconceito. Quem quiser desbravar o mundo pode vir", contou.
Enquanto os canoístas se despediam de Santarém, as esposas pediam apoio das empresas da região afim de que pudessem ajudar a sanar as despesas da viagem. "É complicado a gente ver os nossos maridos em busca de um sonho, que visa chamar atenção da população da necessidade de preservar a nossa Amazônia e divulgar suas belezas naturais para o mundo, sem que ter apoio. Eles só foram porque a Associação dos Canoístas de Belém arcará com as despesas, caso contrario, ficariam em Santarém", disse a professora de canoagem Vanderléia Castro esposa de um dos canoístas, acrescentando que os empresários infelizmente fecham as portas quando se trata de patrocínio. "Nós já cansamos de ir atrás. Eles não estão a fim de cumprir o papel social de ajudar o esporte", lamentou Vanderléia.
Contudo, o último dia em terra firme foi só alegria e muita expectativa. O caçula da viagem é o canoísta Jaime Godinho, oriundo da comunidade de Anã, região do rio Arapiuns. Vai ser a primeira vez que ele desce o Amazonas rumo a capital do estado. Segundo ele, dias de dedicação e muito treino foram essenciais para que os 970 quilômetros sejam vencidos a tempo. A previsão de chegada dos canoístas á Belém é para o dia 06 de maio.

PROFESSORES AMEAÇAM PARALISAR CASO GRATIFICAÇÕES NÃO SEJAM PAGAS

Alessandra Branches
Repórter


Os professores da rede estadual de educação que trabalham no ensino modular estão insatisfeitos com o corte nas gratificações referentes ao deslocamento para a região do interior e por isso ameaçam paralisar as atividades. Uma série de reivindicações foi feita a fim de que as gratificações cortadas voltem a ser oferecidas a classe, além de melhores condições de trabalho.
"Nós ouvimos os professores e estamos cientes dos problemas enfrentados pela classe que passam por situações constrangedoras depois que o governo do estado e o município em 2003 quebraram contrato, que por sua vez garantia aos profissionais casa e até uma servente que tomava conta do lar e fazia almoço para o professor. Hoje, a comunidade é que se dispõe a oferecer um local para o professor morar e trabalhar. É complicado", reconheceu a coordenadora do ensino modular da 5 URE, Maria das Graças Ninos.
Trabalham no ensino modular cerca de 115 professores que em sistema de rotatividade atuam em 48 comunidades do interior de Santarém, Belterra e Aveiro. As disciplinas são as mais variadas como português, matemática, biologia. Contudo, matérias como artes, geografia e história e química são as mais difíceis de encontrar profissionais para trabalhar. "As instituições de ensino superior oferecem poucos cursos nessas áreas e por isso, grande parte da mão-de-obra fica em Santarém para abastecer as escolas daqui, e as demais, no interior, ficam sem cobertura" disse Graça.
Devido esses problemas, os professores convivem agora com a evasão escolar. "Tem professor desestimulado. Algumas classes têm menos de 10 alunos por dia. Eles alegam que falta transporte para chegar até a escola. As comunidades pólos, onde o ensino modular é implantado é distante da demais comunidades, fazendo com os alunos tenham um esforço tremendo para chegar até o local onde as aulas serão ministradas. Quem perde o transporte ( barco, bajara, ônibus), não vai para aula. A distancia é muito grande", revela Graça.

Lobão diz a Jader que Lívio não emplaca na Eletronorte

Espaço Aberto

Agora não há mais volta – se é que em algum momento teve ida.Lívio Assis não será mais presidente da Eletronorte, cargo para o qual foi escolhido no início de fevereiro, sem ter assumido até agora. E nem vai assumir.
O deputado federal Jader Barbalho, presidente regional do PMDB e padrinho da indicação de Lívio para a direção da estatal, já foi informado pelo próprio ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, de que é melhor arranjar outro nome, porque Lívio não vai emplacar mesmo.
A resistência tem nome sobrenome e cargo definido no coração do poder do governo Lula: Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, mãe do PAC, capitã do time – dizem também que madrinha de dossiê - e candidata in pectore do presidente Lula à sua sucessão em 2010. Poder maior que o dela, só o do próprio Lula.
Definida a rejeição a Lívio, ficam no ar duas perguntas que não querem calar: a primeira é quem matou JFK (esta não inteiramente respondida até hoje); a segunda é: e como fica a nomeação de Luiziel Guedes para o Detran, acompanhado de alguns parentes seus, conforme atos publicados no Diário Oficial do Estado?
Como fica?

Denúncia de bispo sobre prostituição nos rios já foi feita por O Estado do Tapajós em 2006


Gisele de Freitas
Repórter

A denúncia feita esta semana pelo Bispo do Marajó Dom José Luis Azcona, de que meninas e meninos se prostituem em balsas ao longo do rio Amazonas em troca de comida já havia sido publicada por O Estado do Tapajós em novembro de 2006. A matéria veiculada na época revela que além de comida a prostituição ocorre em troca de óleo diesel, produto de valor para as comunidades ribeirinhas, onde vive a maior parte das crianças e adolescentes exploradas sexualmente. Muitas destas balsas saem de Santarém com destino a outras localidades.
O bispo denunciou que jovens entre 12 e 16 anos aproveitam o percurso das embarcações e trocam sexo por comida.O bispo citou as cidades de Breves, Portel e Melgaço como os principais pontos da prostituição infantil e acusou as autoridades paraenses de total omissão. Para Azcona, após denúncias em 2006 alguns órgãos estaduais estiveram no local para fazer investigação, mas o caso caiu novamente em esquecimento. Ele também denunciou o tráfico de mulheres do Marajó para outros países, principalmente Guiana Francesa. O bispo citou um caso em que 178 mulheres foram levadas do país como escravas, destas 52 eram de Breves, sendo que alguns traficantes foram presos e libertos pouco tempo depois por seis advogados. Para ele, a impunidade dos traficantes é o grande motivador dos abusos humanos.
No ano de 2006 a denúncia era de que meninas e mulheres trocavam algumas horas de sexo com caminhoneiros e operadores de balsas por óleo diesel, que é usado como dinheiro. Na época, um caminhoneiro decidiu contar à reportagem de O Estado do Tapajós como funciona o esquema de prostituição que envolve menores nas balsas que transportam cargas e veículos no rio Amazonas, relatando como alguns moradores das regiões ribeirinhas levam as próprias filhas e mulheres para se prostituírem nas balsas.
O caminheiro, que nesta reportagem teve o nome fictício de João, para ter sua identidade resguardada, disse que fez várias viagens de balsa pelo rio Amazonas, no trajeto Santarém-Belém e Belém-Santarém e que presenciou cenas de prostituição infantil. "Isso é tão comum nas balsas que as pessoas nem ligam mais, tratam com naturalidade", revela o motorista confirmando que na maioria dos casos algumas horas de sexo valem poucos litros de óleo diesel.
A prostituição acontece muitas vezes quando as balsas param nos portos das cidades ribeirinhas entre Santarém e Belém, principalmente em Porto de Moz, depois de da foz do rio Xingu. O caminhoneiro relatou que na maioria das vezes a prostituição ocorre em plena viagem, no meio do rio. As mulheres seriam levadas até as balsas por pequenas embarcações que permanecem atracadas enquanto a prostituição ocorre. O motorista revelou que as meninas descem chegam às balsas se oferecendo em troca de óleo diesel, usado nas embarcações, motores de energia e também trocado por comida. Uma hora com uma mulher custava entre 20 e 30 litros de óleo. "Muitos caminhoneiros retiram o óleo do próprio caminhão para pagarem pelo sexo" revelou.
João lembrou um caso de que o marido levou a esposa na balsa e ficou esperando no barco enquanto a mesma estava com os homens, quando o serviço terminou, ambos saíram felizes com a quantidade de óleo que haviam conseguido. Ele contou que havia casos dos pais levando as filhas, muitas delas menores de idade. "Eu não perguntei a idade, mas dava para ver pelo rosto" relatou o caminhoneiro que garantiu nunca ter ficado com nenhuma mulher nas balsas.
POBREZA - A extrema pobreza em que vive a população ribeirinha da região é o principal motivo que leva à prostituição. As cidades localizadas as margens do Amazonas não contam com muitas oportunidades. Os moradores vivem basicamente da pesca e extrativismo. Nas comunidades rurais o problema é ainda maior em função do isolamento e total falta de condições básicas em que vivem os ribeirinhos. A falta de fiscalização também contribui com o trabalho de pessoas que vivem como agenciadores de menores. O caminhoneiro conta que já viu casos de meninas que fugiram de casa pegando carona nas balsas.
(Foto: Cadu Gomes/Correio Braziliense)

Sespa criticada por diretor do CIAP

Na entrevista coletiva que concedeu hoje de manhã para confirmar 'furo' deste site sobre a concessão de liminar da desembargadora Marneide Merabeth, que anulou o distrato feito pela Sespa com o Centro Integrado de Aperfeiçoamento Profisisonal(CIAP), o diretor Anderson Marcelo não poupou de algumas alfinetadas a secretária estadaual de saúde Laura Rosseti.
Ele afirmou que a suspensão unilateral do contrato do CIAP, que administrava hospital regional desde setembro do ano passado, foi tomada porque a titular da Sespa 'é mal assessorada'.
O contrato entre a Sespa e o CIAP se encerra dia 7 de junho de 2008.

O caso IPMS

Sábado, o jornal O Estado doTapajós publica reportagem completa sobre as verdades e mentiras que cercam a denúncia feita pela procuradoria do município de 'desvio' de dinheiro do IPMS durante a adminstração do ex-prefeito Lira Maia.
No último dia 15, a juíza Betânia Meireles, da vara da fazenda pública determinou, em despacho liminar, o bloqueio de bens do ex-prefeito até o julgamento final da ação. Nessa mesma decisão, a magistrada negou o pedido de bloqueio dos bens do ex-presidente do IPMS José Maria Lima que se antecipou à citação e já apresentou sua contestação, o que não ocorreu com Lira Maia, que ainda não foi citado do teor da ação.

Assembléia autoriza financiamento para obras do PAC

Os deputados estaduais aprovaram ontem a redação final do projeto do Poder Executivo que autoriza o Estado a contratar financiamento com a caixa Econômica Federal, no valor de R$ 200 milhões. O dinheiro será destinado à complementação de obras de habitação e saneamento previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

Castanhal marca o início da exportação brasileira de juta

Sacos para grãos, tecidos para embalagens, fios para confecções e agora sacolinhas para biquínis e lingerie. O primeiro contrato de exportação de juta para a Europa foi celebrado na semana passada entre executivos da Companhia Têxtil Castanhal, do Pará, e uma rede italiana de moda íntima interessada em 'salvar a Amazônia'.
Plantada na beira do rio Amazonas, a fibra já chegou a Milão, na primeira de 500 lojas da marca Yamamay espalhadas pela Itália. Até esta sexta-feira, todas as unidades disponibilizarão a novidade. Cada peça vendida será embalada na sacola de juta, que substituiu o plástico, e reverterá U$ 1 para o Fundo Amazonas de Sustentabilidade, projeto do governo do Amazonas.
'É um grande incentivo para para os produtores', disse ao Valor Oscar Borges, presidente da Castanhal, que viajou a Milão na semana passada acompanhado pelo governador amazonense, Eduardo Braga (PMDB), para presenciar o lançamento de 200 mil sacolas. É a primeira exportação de juta do Brasil, acostumado a importar a matéria-prima para a confecção de tapetes. O principal concorrente é Bangladesh, onde a cultura é vista como carro-chefe da economia.
Empresa familiar, criada há 42 anos, a Castanhal responde por 72% do mercado nacional de juta. Os outros dois fabricantes do país - Cata, no Pará, e Jutal, em Manaus - ficam com restante do mercado. Segundo Borges, a maioria da juta processada (75%) é destinada à confecção de sacos para armazenagem de café, cacau, algodão, batata e pimenta. 'Conseguimos atender à demanda total do mercado interno de sacaria', diz ele. 'E isso é importante para impedir que Bangladesh entre no país'.
Ele fala com razão: com uma população gigantesca envolvida na atividade e salários irrisórios, Bangladesh produz hoje cerca de 800 mil toneladas de juta por ano. Metade disso é exportado. No Brasil ocorre o oposto. Falta mão-de-obra para a cultura, confinada ao Amazonas e ao Pará, e a produção anual gira em torno de 20 mil toneladas. 'Representamos só 1% da produção mundial', afirma Borges. 'A Índia é o maior produtor', lembra ele, 'com 1,2 milhão de toneladas por ano, mas eles usam tudo para o consumo interno'.
A falta de produtores brasileiros pode ser entendida pelo isolamento natural do Amazonas, o maior produtor do país e menos habitado pela força da floresta. A juta cresce nas águas das calhas do rio, em cidades ribeirinhas como Manacapuru e Itacoatiara. Suas sementes são plantadas no lodo deixado pelo período da vazante - a baixa do rio - e são cortadas na cheia, quase seis meses depois. Para um olhar desavisado, podem parecer apenas varetas fincadas na água. Mas é dentro do caule fino que está a fibra, que depois de seca ao sol vai para a fábrica ser transformada em sacos e afins.
O sobe-e-desde de vários metros das águas do Amazonas inviabilizam outras culturas no Estado, explica Borges. Por isso, a juta é tão importante para os amazonenses. Só neste Estado, a fibra serve de fonte de renda para 15 mil famílias de ribeirinhos, ajudando a fixar o homem no campo e impedindo o êxodo para centros urbanos.
Para encorajar os produtores, o governo local oferece desde 2004 um subsídio ao produtor de R$ 0,20 por quilo sobre os R$ 1,15 pagos pela Castanhal (o piso da matéria-prima é de R$ 1,00). A estratégia do governador Eduardo Braga, em seu segundo mandato, parece estar surtindo efeito. A produção e área plantada com juta no Amazonas dobraram no ano seguinte. Apesar dos esforços, Borges acredita que o Brasil não tem como competir com a Ásia no setor. 'A juta é uma atividade artesanal, precisa de gente cuidando dela para que a sua qualidade seja melhor. Com 100 mil pessoas no Amazonas e 70 milhões em Bangladesh, há como competir', afirma. O jeito é confiar no apelo ambiental. 'A juta é plantada na calha do rio, não desmata', diz o presidente da Castanhal.
A empresa faturou R$ 53 milhões em 2007. 'Se a Yamamay tivesse comprado as sacolas da Índia o preço seria bem inferior em virtude da mão-de-obra barata. Mas ela fez questão da juta brasileira graças ao que representa para a preservação da Amazônia'.
(Fonte: Valor Econômico)

Trabalho de Lúcio Flávio Pinto atrai mais atenção fora da Amazônia

O trabalho do jornalista e sociólogo Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós, atrai mais atenção fora da Amazônia.
É o que afirma o jornalista Manuel Dutra, em artigo publicado no site Pará Negócios.
Clique aqui para ler a íntegra do artigo.

Adesão ao ProUni começa hoje

Começa hoje o período de adesão das instituições de educação superior particulares ao Programa Universidade para Todos (ProUni). O prazo, que se encerra no dia 9 de maio, é válido também para as instituições que já participam do programa a preencherem o termo aditivo. As instituições interessadas em participar do ProUni precisam informar ao Ministério da Educação o tipo de bolsas de estudo que desejam oferecer aos estudantes de baixa renda - integral ou parcial - em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica. Também é possível oferecer bolsas complementares.
A Portaria Normativa nº 1, de 31 de março deste ano, prevê bolsas de 25% no âmbito do ProUni. Assim, 75% da mensalidade será garantida pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Tanto a adesão quanto o recadastramento fazem parte do processo seletivo do ProUni para o segundo semestre deste ano.
Somente após esse processo, o MEC poderá registrar o número de bolsas oferecido. O prazo de adesão foi estabelecido pela Portaria nº 478, publicada ontem no Diário Oficial da União.
(Diário do Pará)

Maria do Carmo reprovada pelo Sebrae

No Repórter Diário, hoje:

"O prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, foi o único representante do Pará entre os finalistas da categoria Região Norte no prêmio “Prefeito Empreendedor”, concedido pelo Sebrae. Na categoria “Compras Governamentais”, o prefeito de Paragominas, Adnan Demachkl, foi finalista."
Cadê o nome da prefeita de Santarém Maria do Carmo entre os agraciados?

Show marca 35 anos do Iate Clube

Amanhã, dia 18, o Itate Clube apresenta show de Jana Figarella e Mundo Mambo, como parte dos festejos dos 35 anos de fundação do clube da vela de Santarém.

Hospital quase parando

A direção do Hospital Regional do Baixo-Amazonas soube por este site que o CIAP obteve liminar - notícia exclusiva - que anula o distrato feito pela Sespa com a Oscip que administra aquele estabelecimento de saúde.
Ontem à noite, o hospital mais parecia um deserto.

Excomungados

Aldenor Junior, do Página Crítica:

Portas trancadas
Morreu no nascedouro a articulação que iria colocar hoje [ontem, 15], frente a frente, a governadora Ana Júlia e uma comissão de bispos da CNBB. A iniciativa foi da própria Casa Civil e, a princípio, recebeu o sinal positivo da Igreja. Seria o espaço para serenar os ânimos após as fortes denúncias de desrespeito aos direitos humanos formuladas pelo bispo do Marajó, Dom José Maria Azcona.
A razão do fracasso foi o veto da governadora à presença de Dom José, a quem acusa de não ter feito críticas à situação do Estado nos governos anteriores.A resposta da CNBB foi imediata: sem a presença do bispo do Marajó nenhum outro bispo se dispunha a atravessar a soleira do Palácio dos Despachos.
Definitivamente, nunca esteve mais azedo o clima entre o governo do PT e a alta hierarquia católica no Pará.

Fora do ar

Este site não pôde ser atualizado nas primeiras horas da manhã de hoje por causa do péssimo serviço de internet oferecido pela Netsan.