terça-feira, 3 de abril de 2012

Alcoa adia decisão de ‘fechar’ fábrica em São Luís

Blog do Décio

A Alcoa enviou nota ao blog informando ter adiado por 60 dias a decisão sobree “eventuais ajustes de produção” nas unidades de Poços de Caldas (MG) e São Luis (MA).
Ontem o presidente da Força Sindica no Maranhão, Frazão Oliveira, disse temer a possível demissão de mais de 5 mil trabalhadores da Alumar, caso feche sua unidade na capita (reveja).
A Alcoa alega o alto custo de energia no Brasil como fator principal para a falta de competividade no mercado internacional. Por isso quer benesses do governo federal e dos estaduais para manter suas operações no país. Leia a íntegra da nota.
Posicionamento para imprensa
A Alcoa informa que ainda não obteve uma solução definitiva para reduzir custos e tornar suas operações competitivas no País, mas vislumbra potenciais avanços. Em reconhecimento aos esforços das autoridades brasileiras na busca de respostas a este desafio e atendendo a solicitação do Governo Federal, a decisão sobre eventuais ajustes de produção de Poços de Caldas (MG) e em São Luis (MA) foi postergada por 60 dias.
Na última semana a Alcoa assinou protocolo com o governo de Minas Gerais, que possibilitará à empresa construir uma área de depósito de resíduos de bauxita em sua unidade em Poços de Caldas. Esta importante medida permitirá à companhia manter a operação da refinaria de alumina no município.
O Governo Federal sinaliza com esforços para reduzir os custos de energia, principal entrave à competitividade da indústria do alumínio no Brasil, estimando prazo de 60 dias para apresentar soluções e evitar eventuais impactos de produção.
A Alcoa reitera seu compromisso com o País, além de contribuir com as autoridades propondo diversas soluções, a companhia está fazendo a sua parte ao rever gastos com matérias-primas, serviços, alavancando ações de produtividade, cuidando do capital de giro e consolidando seus recentes investimentos.

Saques bancários reforçam denúncia contra Agnelo, governador do DF

Veja On line
Hugo Marques e Gabriel Castro

Dados confirmam movimentação financeira relatada por testemunha. Atual governador teria recebido 256 mil reais em 2007. Ele nega a acusação

Confirmação de saques bancários relatados por testemunha: recursos teriam bancado propina para Agnelo  
Confirmação de saques bancários relatados por testemunha: recursos teriam bancado propina para Agnelo (Reprodução)
A comprovação de dois saques bancários reforça a denúncia de que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, recebeu um pagamento de 256 mil reais de propina em agosto de 2007. Os recursos seriam oriundos de desvios no Ministério do Esporte, que foi comandado pelo petista entre 2003 e 2006.

A história não é nova: Geraldo Nascimento de Andrade, funcionário da Infinita Comércio e Serviços de Móveis, diz ter entregue 256 mil reais como propina a Agnelo. Os recursos viriam de convênios fraudados. Segundo o depoimento de Andrade anexado à denúncia do Ministério Público Federal, o esquema funcionava assim: o Esporte firmava parcerias com ONGs do policial militar João Dias e essas entidades contratavam a empresa Infinita. A companhia emitia notas fiscais falsas e, dos recursos transferidos, boa parte se transformava em propina.


Suspeita-se que Andrade tenha realizado o pagamento em 8 de agosto de 2007. Ele contou, em depoimento ao Ministério Público, ter feito duas retiradas, nos dias 7 e 8, no valor total de 335 mil reais. Teriam saído daí os recursos pagos ao atual governador. Os dados financeiros da Infinita comprovam a existência dos dois saques. As datas e os valores batem com o depoimento de Andrade: houve um saque de 150 mil e outro de 185 mil reais. A confirmação foi obtida pela Procuradoria-Geral da República, que investiga o caso.


Em seu depoimento, Andrade dá detalhes de como teria sido a entrega do dinheiro: conduzido pelo motorista de Agnelo, o carro do ministro estacionou em frente a uma concessionária na cidade-satélite de Sobradinho. Lá, o corruptor teria entregue uma mochila com os 256 mil reais. Agnelo teria espalhado as notas pelo chão do carro, para contá-las. O funcionário da Infinita diz que fez as retiradas a pedido de Miguel Santos Souza, que é dono da empresa e trabalhou na campanha de Agnelo ao governo.


O governador deve ser chamado em breve para depor sobre o caso.
Resposta -  A assessoria de Agnelo nega as acusações e diz que o depoimento de Andrade não tem credibilidade. De acordo com nota emitida pela assessoria do petista, a notícia é "requenta uma falsa acusação". O texto desqualifica pontos do depoimento de Geraldo Nascimento de Andrade e atribui à denúncia a uma "tentativa fraudulenta de incriminar" o governador.

Faltas de deputados federais se referem à ausência em sessões plenárias da Câmara

O deputado federal Lira Maia(DEm-Pa) explicou hoje que suas 'faltas' apontadas em levantamento do Congresso em Foco, referem-se a ausências justificadas pelo fato do parlamentar ter presidido, no ano passado, a Comissão de Agricultura da Cãmara dos Deputados.
Lira Maia teve justificada pela mesa da Câmara suas ausências em plenário porque, na maioria das vezes, esteve em atividade extra-plenário, inclusive, fora de Brasília, a trabalho da Comissão de Agricultura.
 
Dos paraenses que estão na lista do Congresso em Foco dos 50 mais faltosos, aparecem, por ordem: Wladimir Costa (PMDB), em 5º, com 48 faltas; Arnaldo Jordy (PPS-PA), em 7º, com 44; Lira Maia (DEM), em 14º, com 40; Giovanni Queiroz (PDT), em 22º, com 36; José Priante (PMDB), em 25º, com 35; e Wandenkolk Gonçalves (PSDB), em 26º, com 35.
Lira Maia também justificou que deixou de comparecer a algumas sessões plenárias, no ano passado, por ter sido presidente da Frente Pro-Tapajós que atuou no plebiscito sobre a redivisão do Pará, cuja presença no estado era necessária.

Greve continua em obras de Belo Monte

Agência Estado
 
Trabalhadores continuam parados nos canteiros de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída na Volta Grande do Rio Xingu, em Altamira, no Pará. Ontem, quinto dia da greve, um trabalhador foi preso pela Polícia Militar e dois teriam sido atendidos no hospital da cidade, segundo Fábio Kanan, armador do Sítio Canais e Diques de Belo Monte, por causa do gás de pimenta usado pelos policiais na ação contra os operários.
A coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, a advogada Antonia Melo, disse que pelo menos 12 trabalhadores estão ameaçados de demissão por causa das movimentações.
Para hoje, está prevista a realização de uma reunião entre representantes do governo federal, empresas da usina e o sindicato da categoria, em Brasília. Nos canteiros de obras, os trabalhadores se mobilizam para realizar uma assembleia no Sítio Belo Monte. Estão de braços cruzados 8,3 mil trabalhadores.
Ontem, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pela obra, adiantou o pagamento dos operários, previsto para a quinta-feira. Perto de 7 mil trabalhadores receberam seus salários, em dinheiro vivo, em uma danceteria de Altamira. “O dinheiro é entregue em envelopes de papel, colocando em risco os trabalhadores”, contou Karan. Três trabalhadores teriam sido assaltados ontem, logo após receberem o pagamento. “No mês passado ocorreram 14 assaltos”.
O movimento grevista começou na quarta-feira, 28, em um dos canteiros da obra. Um acidente de trabalho, que matou um operador de motosserra, engrossou a paralisação, que atingiu todos os canteiros na quinta (29).

Prejuízo da Celpa sobe 288% em 2011


A Centrais Elétricas do Pará (Celpa) teve um aumento de 288% no prejuízo líquido em 2011, perdendo R$ 391,162 milhões no ano passado, contra resultado negativo de R$ 100,735 milhões em 2010. Na mesma comparação, o lucro antes de impostos, taxas, depreciações e amortizações (Ebitda) baixou de R$ 328,374 milhões para R$ 283,154 milhões, apontando redução na margem Ebitda, de 15,6% em 2010 para 11,6% em 2011.
Segundo balanço divulgado pela empresa na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o endividamento líquido se elevou de R$ 999,161 milhões em 2010 para R$ 1,552 bilhão em 2011, levando a relação dívida/Ebitda de 3,0 para 5,5.
Ainda na comparação entre 2010 e 2011, houve redução de 43,9% no patrimônio líquido, que passou de R$ 891,659 milhões para R$ 500,497 milhões. Já a receita bruta subiu 14,4%, passando de R$ 2,952 bilhões para R$ 3,376 bilhões na mesma comparação.
A Celpa pertence ao Grupo Rede e encontra-se em recuperação judicial desde 29 de fevereiro. As sanções impostas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à empresa por débitos junto ao órgão estão suspensas até o fim de abril.
Enquanto o governo tenta uma solução privada para a situação da empresa, o Ministério Público Federal está investigando a evolução do endividamento da companhia e trabalhadores pressionam pela federalização da Celpa.