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Hugo Marques e Gabriel Castro
Dados confirmam movimentação financeira relatada por testemunha. Atual governador teria recebido 256 mil reais em 2007. Ele nega a acusação
Confirmação de saques bancários relatados por testemunha: recursos teriam bancado propina para Agnelo (Reprodução)
A comprovação de dois saques bancários reforça a denúncia de que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, recebeu um pagamento de 256 mil reais de propina em agosto de 2007. Os recursos seriam oriundos de desvios no Ministério do Esporte, que foi comandado pelo petista entre 2003 e 2006.
A história não é nova: Geraldo Nascimento de Andrade, funcionário da Infinita Comércio e Serviços de Móveis, diz ter entregue 256 mil reais como propina a Agnelo. Os recursos viriam de convênios fraudados. Segundo o depoimento de Andrade anexado à denúncia do Ministério Público Federal, o esquema funcionava assim: o Esporte firmava parcerias com ONGs do policial militar João Dias e essas entidades contratavam a empresa Infinita. A companhia emitia notas fiscais falsas e, dos recursos transferidos, boa parte se transformava em propina.
Suspeita-se que Andrade tenha realizado o pagamento em 8 de agosto de 2007. Ele contou, em depoimento ao Ministério Público, ter feito duas retiradas, nos dias 7 e 8, no valor total de 335 mil reais. Teriam saído daí os recursos pagos ao atual governador. Os dados financeiros da Infinita comprovam a existência dos dois saques. As datas e os valores batem com o depoimento de Andrade: houve um saque de 150 mil e outro de 185 mil reais. A confirmação foi obtida pela Procuradoria-Geral da República, que investiga o caso.
Em seu depoimento, Andrade dá detalhes de como teria sido a entrega do dinheiro: conduzido pelo motorista de Agnelo, o carro do ministro estacionou em frente a uma concessionária na cidade-satélite de Sobradinho. Lá, o corruptor teria entregue uma mochila com os 256 mil reais. Agnelo teria espalhado as notas pelo chão do carro, para contá-las. O funcionário da Infinita diz que fez as retiradas a pedido de Miguel Santos Souza, que é dono da empresa e trabalhou na campanha de Agnelo ao governo.
O governador deve ser chamado em breve para depor sobre o caso.
A história não é nova: Geraldo Nascimento de Andrade, funcionário da Infinita Comércio e Serviços de Móveis, diz ter entregue 256 mil reais como propina a Agnelo. Os recursos viriam de convênios fraudados. Segundo o depoimento de Andrade anexado à denúncia do Ministério Público Federal, o esquema funcionava assim: o Esporte firmava parcerias com ONGs do policial militar João Dias e essas entidades contratavam a empresa Infinita. A companhia emitia notas fiscais falsas e, dos recursos transferidos, boa parte se transformava em propina.
Suspeita-se que Andrade tenha realizado o pagamento em 8 de agosto de 2007. Ele contou, em depoimento ao Ministério Público, ter feito duas retiradas, nos dias 7 e 8, no valor total de 335 mil reais. Teriam saído daí os recursos pagos ao atual governador. Os dados financeiros da Infinita comprovam a existência dos dois saques. As datas e os valores batem com o depoimento de Andrade: houve um saque de 150 mil e outro de 185 mil reais. A confirmação foi obtida pela Procuradoria-Geral da República, que investiga o caso.
Em seu depoimento, Andrade dá detalhes de como teria sido a entrega do dinheiro: conduzido pelo motorista de Agnelo, o carro do ministro estacionou em frente a uma concessionária na cidade-satélite de Sobradinho. Lá, o corruptor teria entregue uma mochila com os 256 mil reais. Agnelo teria espalhado as notas pelo chão do carro, para contá-las. O funcionário da Infinita diz que fez as retiradas a pedido de Miguel Santos Souza, que é dono da empresa e trabalhou na campanha de Agnelo ao governo.
O governador deve ser chamado em breve para depor sobre o caso.
Resposta - A assessoria de Agnelo nega as acusações e diz que o depoimento de Andrade não tem credibilidade. De acordo com nota emitida pela assessoria do petista, a notícia é "requenta uma falsa acusação". O texto desqualifica pontos do depoimento de Geraldo Nascimento de Andrade e atribui à denúncia a uma "tentativa fraudulenta de incriminar" o governador.
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