terça-feira, 29 de março de 2011

Secretário de Obras fará inspeção em Santarém


O secretário de Obras do Estado, Joaquim Passarinho, fará inspeção em duas obras estaduais paralisadas em Santarém desde o governo Ana Júlia: Central de Atendimento ao Cidadão(Proeto Saci), na avenida Rui Barbosa, e o ginásio polesportivo, na área do estádio Barbalhão.

Nomeação para Sagri em Santarém


O engenheiro agrônomo Otávio Macedo foi designado pelo secretário de agricultura Hildegardo Nunes para responder pela direçao regional da Sagri, com sede em Santarém.

Carta aberta de Dom Erwin Krautler à opinião pública nacional e internacional sobre Belo Monte


"Venho mais uma vez manifestar-me publicamente em relação ao projeto do Governo Federal de construir a Usina Hidrelétrica Belo Monte cujas consequências irreversíveis atingirão especialmente os municípios paraenses de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e os povos indígenas da região.
Como Bispo do Xingu e presidente do Cimi, solicitei uma audiência com a Presidente Dilma Rousseff para apresentar-lhe, à viva voz, nossas preocupações, questionamentos e todos os motivos que corroboram nossa posição contra Belo Monte. Lamento profundamente não ter sido recebido.
Diferentemente do que foi solicitado, o Governo me propôs um encontro com o Ministro de Estado da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. No entanto, o Senhor Ministro declarou na última quarta-feira, 16 de março, em Brasília, diante de mais de uma centena de lideranças sociais e eclesiais, participantes de um Simpósio Sobre Mudanças Climáticas que "há no governo uma convicção firmada e fundada que tem que haver Belo Monte, que é possível, que é viável... Então, eu não vou dizer prá Dilma não fazer Belo Monte, porque eu acho que Belo Monte vai ter que ser construída".
Esse posicionamento evidencia mais uma vez que ao Governo só interessa comunicar-nos as decisões tomadas, negando-nos qualquer diálogo aberto e substancial. Assim, uma reunião com o Ministro de Estado Gilberto Carvalho não faz nenhum sentido, razão pela qual resolvi declinar do convite.
Nestes últimos anos não medimos esforços para estabelecer um canal de diálogo com o Governo brasileiro acerca deste projeto. Infelizmente, constatamos que esse almejado diálogo foi inviabilizado já desde o início. As duas audiências realizadas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 19 de março e 22 de julho de 2009, não passaram de formalidades. Na segunda audiência, o ex-presidente nos prometeu que os representantes do setor energético, com brevidade, apresentariam uma resposta aos bem fundamentados questionamentos técnicos feitos à obra pelo Dr. Célio Bermann, professor do curso de pós-graduação em energia do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo. Essa resposta nunca foi dada, como também nunca foram levados em conta os argumentos técnicos contidos na Nota Pública do Painel de Especialistas, composto por 40 cientistas, pesquisadores e professores universitários.
Observamos, pelo contrário, na sequência a essas audiências, que técnicos do Ibama reclamaram estar sob pressão política para concluir com maior rapidez os seus pareceres e emitir a Licença Prévia para a construção da usina. Tais pressões políticas são de conhecimento público e motivaram, inclusive, a demissão de diversos diretores e presidentes do órgão ambiental oficial. Em seguida, foi concedida uma "Licença Específica", não prevista na legislação ambiental brasileira, para a instalação do canteiro de obras.
No dia 8 de fevereiro de 2011, povos indígenas, ribeirinhos, pequenos agricultores e representantes de diversas organizações da sociedade realizaram uma manifestação pública em frente ao Palácio do Planalto. Na ocasião, foi entregue um abaixo-assinado contrário à obra, contendo mais de 600 mil assinaturas. Embora houvessem solicitado uma audiência com bastante antecedência, não foram recebidos pela Presidente. Conseguiram apenas entregar ao ministro substituto da Secretaria Geral da Presidência, Rogério Sottili, uma carta em que apontaram uma série de argumentos para justificar o posicionamento contrário à obra. O ministro prometeu mais uma vez o diálogo e considerou a carta"um relato que prezo, talvez um dos mais importantes da minha relação política no Governo (...) vou levar este relato, esta carta, este manifesto de vocês, os reclamos de vocês...". Até o momento, nenhuma resposta!
As quatro audiências -realizadas em Altamira, Brasil Novo, Vitória do Xingu e Belém- não passaram de mero formalismo para chancelar decisões já tomadas pelo Governo e cumprir um protocolo. A maioria da população ameaçada não conseguiu se fazer presente. Pessoas contrárias à obra que conseguiram chegar aos locais das audiências não tiveram oportunidade real de participação e manifestação, devido ao descabido aparato bélico montado pela Polícia.
Até o presente momento, os índios não foram ouvidos. As "oitivas" indígenas não aconteceram. Algumas reuniões foram realizadas com o objetivo de informar os índios sobre a Usina. Os indígenas que fizeram constar em ata sua posição contrária à UHE Belo Monte foram tranquilizados por funcionários da Funai que as "oitivas" seriam realizadas posteriormente. Para surpresa de todos nós, as atas das reuniões informativas foram publicadas pelo Governo de maneira fraudulenta em um documento intitulado "Oitivas Indígenas". Esse fato foi denunciado pelos indígenas que participaram das reuniões. Com base nestas denúncias, peticionamos à Procuradoria Geral da República investigação e tomada de providências cabíveis.
A tese defendida pelo Sr. Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), de que as aldeias indígenas não serão afetadas pela UHE Belo Monte, por não serem inundadas, é mera tentativa de confundir a opinião pública. Ocorrerá justamente o contrário: os habitantes, tanto nas aldeias como na margem do rio, ficarão praticamente sem água, em decorrência da redução do volume hídrico. Ora, esses povos vivem da pesca e da agricultura familiar e utilizam o rio para se locomover. Como chegarão a Altamira para fazer compras ou levar doentes, quando um paredão de 1.620 metros de comprimento e de 93 metros de altura for erguido diante deles?
Julgo fundamental esclarecer que não há nenhum estudo sobre o impacto que sofrerão os municípios à jusante, Senador José Porfírio e Porto de Moz, como também sobre a qualidade da água do reservatório a ser formado. Qual será o futuro de Altamira, com uma população atual de 105 mil habitantes, ao ser transformada numa península margeada por um lago podre e morto? Os atingidos pela barragem de Tucuruí tiveram que abandonar a região por causa de inúmeras pragas de mosquitos e doenças endêmicas. Mas os tecnocratas e políticos que vivem na capital federal, simplesmente menosprezam a possibilidade de que o mesmo venha a acontecer em Altamira.
Alertamos a sociedade nacional e internacional que Belo Monte está sendo alicerçada na ilegalidade e na negação de diálogo com as populações atingidas, correndo o risco de ser construída sob o império da força armada, a exemplo do que vem ocorrendo com a Transposição das águas do rio São Francisco, no nordeste do país.
O Governo Federal, no caso da construção da UHE Belo Monte, será diretamente responsável pela desgraça que desabará sobre a região do Xingu e sobre toda a Amazônia.
Por fim, declaramos que nenhuma "condicionante" será capaz de justificar a UHE Belo Monte. Jamais aceitaremos esse projeto de morte. Continuaremos a apoiar a luta dos povos do Xingu contra a construção desse "monumento à insanidade".
Brasília, 25 de março de 2011. - Dom Erwin Kräutler - Bispo do Xingu e Presidente do Cimi - Conselho Indigenista Missionário.
[Fonte: Cimi - Conselho Indigenista Missionário].

Almoçou no Paysandu e jantou no Remo...

Ferreira da Costa*

De acordo com relato do jornal "A Vanguarda" (21.07.1945) o atacante Assis que era do Remo resolveu ir para o Paysandu, naquela temporada. O jogador já no seu novo Clube informou que precisava ser operado. O Paysandu providenciou a cirurgia com o médico Prisco dos Santos, um dos mais renomados cirurgiões daquela época. O Papão pagou a operação e providenciou o Cartão do Atleta, a fim de que Assis estreasse com a camiseta alvi-azul já no primeiro Clássico Re x Pa, marcado para o dia 22 de julho, pelo 1° Turno do Campeonato Paraense, pré-escalado para a ponta-esquerda.
 
Naquela época o Paysandu concentrava seus atletas na própria sede, à Av. Nazaré, onde faziam também as refeições. No dia 20/07, dois dias antes do jogo contra o Remo, Assis almoçou na sede bicolor, concentrado que estava junto aos demais craques alvi-celestes. À tarde, pediu para dar uma volta pela Cidade e foi liberado. Na saída, encontrou-se com Jorge Age, um dos mais influentes dirigentes azulinos nesse tempo e em todos os demais. Jorge Age teria "conversado" com o jogador Assis a propósito de sua transferência.
 
A palestra teve como resultado o retorno do avançado Assis para seus "pagos', não mais dando as caras no Paysandu, que se já estava com seu time escalado para enfrenatr o Remo, com Simeão no gol e Assis, na ponta-esquerda, teve que substituir os dois, o primeiro por motivo de contusão horas antes da partida e Assis pela debandada. 
 
O Paysandu possuia uma forte e temida equipe, era tri-campeão e nesse jogo contra o Remo acabou vencendo-o por 7 x 0, em Antonio Baena. Palmério substituiu Simeão e Soiá entrou na vaga de Assis, na ponta-esquerda. Soiá marcou três gols e nunca mais se falou em Assis nas hostes alvi-azuis...
 
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* Divulgação do Livro "A História do Campeonato Paraense" a ser lançado pelo jornalista Ferreira da Costa, em parceria com a Federação Paraense de Futebol, logo após a decisão do Campeonato Paraense de 2011. 
 

Guerra contra a dengue e a iminente derrota do povo

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Antenor Giovaninni

Estamos em guerra, mas, lamentavelmente nossos dirigentes acham que não.

Uma guerra silenciosa que aos poucos vai minando seja ricos, pobres, gordos, magros, crianças, homens, mulheres, anciãos. Não há distinção de cor. Qualquer um pode ser pego.

Uma guerra com nome dengue. E nada é feito.

Apenas números em estatísticas.

Nenhum dirigente age de maneira pró-ativa para que a população realmente se conscientize de que dengue mata e não escolhe vítimas. Ninguém encabeça a uma passeata pelas ruas, uma panfletagem, discussões ao ar livre nos bairros, na periferia, uma campanha diuturna no rádio e televisão alertando para que a população limpe seus quintais, não jogue lixo na rua. Não deixe caixas e reservatórios destampados, que não deixe recipientes pelos quintais com chance de acumular água, enfim, alertar de forma exaustiva. 

O que não pode é essa omissão, esse descaso como se dengue fosse apenas uma gripe passageira. Quantos já morreram e quantos precisam morrer para que alguma coisa mais séria e mais eficaz seja feita pelas autoridades?

Nas escolas de todos os níveis temos um exército que poderia ajudar, o comércio poderia ser outra ferramenta a serem usadas, as igrejas de que religião for seria outro exército de pessoas, afora as Forças Armadas, a PM, as televisões, as rádios, os blogs, os jornais, enfim existem maneiras de atingir o mais variado público na tentativa de minimizar esses números. 

Na grande maioria as pessoas acham que não acontecem com elas, apenas com os vizinhos e quando vai ver ela já está dentro da sua casa.

Os terrenos baldios são caso à parte. A falta de um Plano Diretor efetivo com Código de Postura abrangente daria condições à Prefeitura ações até de tomada do terreno depois de sucessivas multas não pagas, tal qual em outras tantas cidades do País. Um deposita de lixo proliferando e propagando essa doença em vários bairros apenas beneficiando seu dono numa especulação imobiliária. Que ela seja permitida, porém dentro de regras de limpeza, muramento e calçamento.

Até quando iremos esperar?

Frango já toma o lugar o peixe na Semana Santa em Santarém


Aritana Aguiar
Free lancer

A quaresma chegou, assim como o encerramento do período do Defeso: época em que fica proibida a pesca de alguns peixes, por estarem no período de reprodução. A tradição católica pede para que os fiéis evitem consumir carne vermelha nesses quarenta dias, em especial na Semana Santa. Mas, como já está se tornando praxe, a Igreja Católica tem liberado os seus fiéis para comerem frango no lugar do peixe, devido ao custo do pescado.

Para o padre Ronaldo Nascimento, pároco da matriz, a questão econômica tem influenciado o consumo do peixe nesse período. "Sabemos que hoje o preço do peixe está mais elevado, que há muito tempo se recomenda, que não tem condição das famílias mais pobres, na Semana Santa, fazer uma alimentação controlada a base do peixe. Até pela dificuldade, não só no campo econômico, mas da pesca, a pesca sem controle, vários outros fatores que dificultam a fartura que era nos anos passados", justificou o religioso.

Segundo ele, o fator econômico influência e fica muito difícil, mas os fiéis devem se preparar. "Mas isso não impede que se faça uma boa preparação na Semana Santa, que as famílias tenham esse momento especifico de oração, do jejum, da caridade em si, é o que se pede".

O pároco diz que consumir peixe pode ficar em segundo plano e que o católico deve, ao menos na Sexta-feira Santa, fazer coisas boas e tratar bem o próximo. "É um dia que marca a nossa história de fé, nossa história de cristãos batizados", justifica.

Para o religioso, durante a semana pode comer os outros tipos de carne, mas na Sexta-Feira procurar outro alimento alternativo, não necessariamente o peixe. "Hoje, há uma diversidade muito grande de alimentação alternativa". Ele alerta que não se pode deixar uma criança ou pessoa idosa, ou os doentes com fome. O mais importante é que sejam alimentados, podendo comer até a carne vermelha se possível. 

Padre Ronaldo pede que a família de elevada condição financeira faça caridade e ajude as mais necessitadas. "O verdadeiro sacrifício vem do coração". Há uma preocupação que futuramente as pessoas não respeitem a tradição de não consumir carne vermelha na Semana Santa e às sextas-feiras da Quaresma. "Nós vivemos num mundo muito diversificado hoje em dia, o cristão católico com certeza não, mas é uma preocupação com a humanidade em si, é preciso rever nossos princípios, olhando a questão do próprio valor", concluiu.

Ana Júlia não assinou convênio de manutenção do novo PSM



Alailson Muniz
Da Redação


Duzentos mil reais a mais no orçamento mensal. Esse é o valor que a prefeita Maria do Carmo afirma ser necessário para o pleno funcionamento do Pronto Socorro Municipal (PSM) de Santarém. O valor também deveria ser repassado pelo governo do estado ao município todo mês, desde o ano passado, quando quem ainda governava o Pará era Ana Júlia Carepa. A unidade de saúde foi construída pelo governo estadual e entregue ao município no ano passado. Para tentar conseguir a verba, a prefeita Maria do Carmo foi ao atual governador Simão Jatene e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

"O governo do estado construiu o Pronto Socorro Municipal, mas infelizmente antes de Ana Júlia sair ela não assinou um convênio de manutenção de aproximadamente R$ 200 mil. Que esse é o teto que possibilita contratar mais médicos, mas também normatizar o atendimento aos 25 municípios daqui", disse Maria do Carmo durante entrevista coletiva na quarta-feira, 23.

A má funcionalidade do PSM fez com que a unidade de saúde se tornasse alvo de investigações do Ministério Público Estadual. Pacientes fazem denúncias quase todos os dias sobre o atendimento naquela unidade de saúde. O poder público municipal alega que o excesso de pacientes oriundos de municípios vizinhos é o grande responsável pelo transtorno nos atendimentos.

"Também pedi ajuda ao Ministro Alexandre Padilha e ao governo do Estado. Nosso desafio é gerir um serviço com qualidade tendo poucos recursos. Hoje, o PSM está sendo mantido com recursos do tesouro municipal. Ainda existem muitas pessoas que vêm do interior informalmente, sem a devida documentação de TFD (Tratamento Fora do Município) e nós é quem arcamos com as despesas. Com R$ 200 mil, poderíamos atendê-las melhor, pois nossos recursos próprios são escassos", falou Maria.

A prefeita Maria do Carmo diz ainda que não quer deixar de atender os municípios vizinhos e que quer apenas recursos suficientes para realizar os atendimentos com "respeito á saúde humana". "O nosso Hospital tem características regionais apesar de ser municipal. Não queremos deixar de atender os pacientes da região. Esse recurso (R$ 200 mil) seria o suficiente para se fazer isso", argumenta a gestora santarena.

A prefeita pediu também que fosse reajustada a verba enviada pelo governo do estado para a manutenção do Centro de Nefrologia, mantido pelo município. A verba é de R$ 75 mil que, segundo Maria do Carmo, não sofre aumento há cinco anos. A mesma quantia também é repassada pelo governo do estado para custear a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do PSM. Maria do Carmo também pediu que ela sofresse um acréscimo no repasse.

"Queremos continuar atendo toda a região, mas que remos fazer respeitando a condição humana e para isso precisamos de recursos. Pedimos ampliação da hemodiálise, que é de R$ 75 mil, mesma quantia há cinco anos. R$ 75 mil também são repassados para a UTI, hoje o estado é quem banca, vamos ver quem vai dar mais. Pedimos a ampliação da UTI de sete para dez leitos, pois ela é preparada para dez leitos. Nós temos todas condições de receber esses mais três leitos", argumentou a prefeita.