
Foto: Miguel Oliveira.
O bispo de Penedo (AL), Dom Valério Breda, confirmou hoje o afastamento dos monsenhores Luiz Marques Barbosa, de 82 anos, e Raimundo Gomes, 52 anos, além do padre Edílson Duarte, 43 anos. Eles foram afastados das atividades nas paróquias de Arapiraca após a imprensa denunciar o envolvimento deles em um escândalo sexual com rapazes. O caso ganhou repercussão internacional e já chegou ao conhecimento do Vaticano. Os religiosos foram denunciados por antigos coroinhas, que teriam sido molestados quando ainda crianças
O afastamento dos três religiosos foi anunciado pelo bispo no último fim de semana, durante uma celebração na Igreja Nossa Senhora dos Carmo, em Arapiraca, que é a segunda maior cidade do Estado, tem mais de 200 mil habitantes e fica a 146 quilômetros de Maceió. Em reunião realizada hoje, na Cúria de Penedo, seriam definidos os nomes dos padres que assumirão as paróquias de São José, Nossa Senhora do Carmo e a catedral Nossa Senhora do Bom Conselho, anteriormente coordenadas pelos padres denunciados. No entanto, os nomes dos substitutos ainda não foram divulgados
De acordo com secretária da Diocese de Penedo, Maria Rosiete Nobre Pires, Dom Valério Breda ficou muito abalado com as denúncias e tem evitado o contato com a imprensa para não agravar a situação dos acusados. Segundo a secretária diocesana, o escândalo envolvendo os religiosos de Arapiraca chocou Alagoas e ganhou repercussão internacional. "Já recebemos ligações de jornais de todo o Brasil e de várias partes do mundo querendo saber a posição da Igreja com relação a esse episódio", afirmou Maria Rosiete.
No município de Arapiraca, o clima entre a comunidade católica é um misto de decepção e de incredulidade. "As pessoas só estão acreditando nesse escândalo agora, porque as imagens divulgadas pela imprensa são muito fortes", comentou Ângela, secretária da Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho e que trabalha há muitos anos com Padre Aldo, em Arapiraca.
Na reportagem do Programa Conexão Repórter, do SBT, o monsenhor Luiz Marques Barbosa, de 82 anos, aparece em cenas de sexo com o rapaz de 19 anos, que era seu coroinha desde o 15 anos. A reportagem do SBT, veiculada no Youtube sem cortes, vem sendo reproduzida em vídeo e vendida à população da região de Arapiraca por vendedores de DVDs piratas a R$ 2 a cópia.
Além de afastados das suas atividades, os religiosos estão respondendo a um processo criminal, aberto pela Polícia Civil de Alagoas, a pedido do Ministério Público Estadual. Duas delegadas foram designadas pelo diretor-geral de Polícia, delegado Marílio Barendo, para comandar as investigações: Bárbara Arraes, titular da Delegacia de Crimes Contra Crinaças e Adolescentes; e Maria Angelita, da Delegacia da Mulher.
Segundo a delegada Bárbara Arraes, as investigações correm em segredo de justiça, desde do final de fevereiro. "No final de março termina o prazo da investigação, mas vamos pedir prorrogação por mais um vez, para concluir o nosso trabalho até o final de abril", afirmou a delegada. Barbara Arraes disse ainda que já foram ouvidas pessoas e outras serão ouvidas, mas os acusados só serão ouvidos por último.
A delegada Bárbara Arraes informou ainda que familiares dos rapazes estão dispostos a entrar na Justiça com um pedido de indenização por danos morais contra os religiosos. Para a delegada Maria Angelita, a denúncia contra os religiosos é muito contundente. Ela disse que a polícia já está de posse da fita de vídeo, com imagem do monsenhor Luiz Marques Barbosa com um rapaz que se diz vítima de abuso sexual praticado pelo religioso
A reportagem do Estadão procurou ouvir os acusados, mas nenhum dos religiosos quis dar entrevista. Nas paróquias onde eles atuavam a informação passada à imprensa é a de que eles foram afastados e não estariam dispostos a falar sobre esse assunto
Quando tinha apenas 11 anos, Zenaide Souza fez uma viagem de barco de Belém a Santarém. As marcas do passeio não foram registradas em fotos, mas até hoje não saíram da memória dela. Zenaide foi mais uma das vítimas de escalpelamento, provocado por eixos de motor descobertos nos barcos da Amazônia.
Hoje, aos 29 anos, Zenaide diz que sua vida mudou completamente depois do acidente, e se integra aos que buscam prevenir, pela orientação, que novos acidentes aconteçam. “Na época eu nem sabia o que era esse negócio de escalpelamento. Hoje conheço todos os riscos e, sempre que posso, aconselho outras meninas para que não aconteça o mesmo com elas”.
Com o mesmo intuito de orientação, foi lançada na última quinta-feira a Campanha Nacional de Combate ao Escalpelamento, que reúne instituições de todas as esferas de poder, entidades de classe, iniciativa privada e demais segmentos sociais.
Ontem, na sede do 4° Comando do Distrito Naval em Belém, representantes da Marinha do Brasil reuniram-se para explicar as ações da Marinha para contribuir com redução no número de acidentes. Somente no ano passado, 21 mulheres foram vítimas de escalpelamento no Pará. “Nossa meta é conseguir zerar esse número”, disse o vice-almirante Rodrigo Honkis.
A Marinha fará a fabricação de protetores de eixos para as embarcações. No Pará, 19 municípios serão alvo da campanha e cerca de 34 mil embarcações devem receber a proteção. O material será confeccionado e distribuído pela própria Marinha. O primeiro município a receber o material será Breves.
Para Zenaide, a campanha nacional é uma excelente iniciativa. “Eu não desejo que ninguém sofra o mesmo que sofri. Foi a pior coisa que aconteceu em toda minha vida. Espero que essas campanhas alertem muitas meninas e mulheres. E que os donos dos barcos também fiquem mais conscientes”. (Diário do Pará)
O MEC (Ministério da Educação) confirmou que a relação de candidatos classificados na lista de espera do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) foi alterada após divulgação, o que fez com que alguns alunos perdessem a vaga que acreditavam ter conseguido.
MEC altera relação de aprovados na lista de espera do Sisu
Segundo informações do ministério, a alteração aconteceu porque algumas instituições tiveram que incluir, por ordem judicial, matrículas que não tinham sido feitas inicialmente. Com isso, foram reduzidas as vagas disponíveis nessas instituições e consequentemente reduziu a lista de aprovados na lista de espera.
Marcírio Siqueira Assunção, paraense de Óbidos, fez 100 anos no último 12 deste mês. Além de um violino, ganhou outro presente: 12 de suas composições serão gravadas em CD pelo violonista santareno Sebastião Tapajós e um grupo instrumental. Seis dessas músicas têm letras, e serão interpretadas pela cantora belenense Andréa Pinheiro.
A decisão de gravar o CD foi tomada por Sebastião Tapajós depois que ele conheceu uma série de composições de Marcírio. O próprio Tapajós selecionou o repertório para o disco. Ouviu as músicas executadas ao violão, algumas delas cantadas, pelo autor, em gravações que uma filha do compositor, a ictióloga Ivaneide Assunção, fez em períodos de férias na casa dos pais, na cidade de Óbidos. Nas décadas de 1920 e 1930, durante a adolescência e o início da idade adulta, Marcírio foi tocador, cantor e compositor de Marabaixo, folias de santo, lundu-chorado, e outros gêneros musicais, tendo integrado um conjunto de pau-e-corda, na cidade natal.
Na opinião de Tapajós, "as músicas de Marcírio são simples, mas têm consistência. São bem elaboradas, têm princípio, meio e fim". Ele observa, também, que o repertório selecionado é expressivo da música dos negros descendentes de escravos e da música urbana tradicional da região do baixo-Amazonas. Dessa representatividade aponta como exemplos um lundu-chorado, um marabaixo, raridade que subsiste apenas no Amapá, e dois temas criados para um cordão de pássaros obidense, que já não existe. Na produção musical de Marcírio destacam-se, ainda, mazurcas, dobrados e valsas. Autodidata, ele toca violão, violino, cavaquinho e banjo. Marcírio se encontra em Belém, na residência de Ivaneide, após superar problema de saúde.
(Fonte: Jornal Amazônia)
Após a divulgação da nota 'TV Tapajós exibe imagem de cadáver em telejornal', familiares de Manoel Gabriel Souza encaminharam ao Blog do Estado um comunicado em que solicitam que não seja divulgado foto da vítima de latrocínio, ocorrido na manhã de domingo.
O Blog do Estado atua dessa maneira sugerida pela família de Manezinho - de não exibir fotos de cadáveres ou corpos mutilados - desde a sua fundação. Igual procedimento editoral é adotado pelo jornal O Estado do Tapajós.
Diz o texto:
Nesse final de semana, durante um assalto, morreu nosso amado Vovô Manezinho – Manoel Gabriel Sousa, pedimos encarecidamente, em nosso e em nome de toda a família que não sejam divulgadas fotos do ocorrido. Colocamos à disposição fotos dele como ele era, um homem de 82 anos, feliz, honesto e muito amado pela família.
Com isso queremos preservar sua memória e a saúde de seus familiares e amigos. Alguns de seus filhos moram longe e não conseguirão vir ao enterro, não gostaríamos que fosse eternizada a imagem brutal deixada pela violência...
Entretanto, queremos que sua morte não tenha sido em vão, chega de violência, chega de lares destruídos, alguém ou todos, devem fazer alguma coisa para resgatar as famílias desse submundo em que estamos vivendo.
Agradecemos antecipadamente a compreensão e conto com o apoio de que sempre nos foi dado por todos vocês.
Elmara Roberta Alves Mota
Edinaldo Luiz da Mota Jr.
Edinaldo Luiz da Mota