sexta-feira, 13 de junho de 2008

Justiça Eleitoral cancela 20 mil títulos no Pará

Do Espaço Aberto:

A Justiça Eleitoral cancelou 1.866.020 títulos de eleitores em 24 estados brasileiros. Deste total, 1.287.562 foram cancelados por meio de revisão determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral em 1.128 municípios cujo eleitorado era superior a 80% da população no ano passado. Outros 578.458 foram excluídos do cadastro por determinação dos Regionais.
Na Bahia foi onde ocorreu o maior número de cancelamento: 677.790 eleitores perderam o título. Em segundo lugar vem Minas Gerais, que excluiu 211.550 eleitores do cadastro. O Paraná é o terceiro da lista com 128.948 exclusões. Só não houve revisão no Amapá, em Roraima e no Distrito Federal. No Pará, foram cancelados 20.250 títulos eleitorais.
Em setembro de 2007, o Tribunal Superior Eleitoral determinou a revisão do eleitorado em 1.128 dos 5.564 municípios do país, o que envolveu quase um quarto das cidades brasileiras. Desta forma, 6.812.962 eleitores de 24 estados deveriam comparecer ao cartório eleitoral de seu município para regularizar a sua situação.
De acordo com o artigo 92 da Lei 9.504/97 (Lei das Eleições), a revisão é determinada pelo Tribunal quando o número de eleitores é superior a 80 por cento da população, o total de transferências de títulos do ano em curso é dez por cento maior em relação às transferências do ano anterior e o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somados também os com mais de setenta anos. Os três requisitos devem ser cumpridos simultaneamente.
O objetivo da revisão é regularizar o cadastro eleitoral. Visa a sanar irregularidades no cadastro e evitar fraudes eleitorais, em virtude das transferências irregulares de eleitores para um município com o qual não possuem qualquer vínculo previsto em lei. Além disso, o procedimento também tem por finalidade corrigir outras irregularidades como a exclusão de eleitores já falecidos e que ainda estão cadastrados como eleitores no município.

Indústria madeira já perdeu mais empregos que em 2007

Apenas nos primeiros quatro meses de 2008 o setor da indústria da madeira no Pará já perdeu mais empregos do que em todo o ano de 2007. De janeiro a abril deste ano, o setor fez 3.977 admissões e 7.245 desligamentos, gerando um saldo negativo de 3.268 postos de trabalho formais. Nos 12 meses do ano passado o saldo negativo havia sido de 3.020 empregos com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, período completado em abril, as perdas já chegam a 5.297 empregos.
O balanço está sendo divulgando nesta sexta-feira (13) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do Ministério do Trabalho. O estudo faz parte do Observatório do Trabalho, resultado de convênio entre o Dieese/Pará e o Governo do Estado.
No mês de abril deste ano, o setor madeireiro perdeu 451 postos de trabalho, resultado de 734 admissões e 1.185 desligamentos. No primeiro quadrimestre ocorreram 3.977 admissões e 7.245 desligamentos, com a perda de 3.268 postos de trabalho. Mais uma vez a atividade das serrarias foi a que registrou as maiores perdas, pois fez 3.011 admissões nos primeiros quatro meses ano, mas registrou 5.729 desligamentos, gerando um saldo negativo de 2.718 postos de trabalho. A atividade de fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada perdeu 510 empregos.
O balanço do Dieese mostra ainda quem nos cerca de 40 municípios do Estado do Pará com mais de 30 mil habitantes onde o setor madeireiro tem expressiva participação, o mais atingido com as demissões na indústria madeireira foi Tailândia, exatamente onde foi iniciada a chamada operação Arco de Fogo, de combate ao desmatamento na Amazônia e que resultou, entre outras, no fechamento de várias serrarias. Tailândia perdeu 416 postos de trabalho nos primeiros quatro meses do ano, seguido por Belém, com saldo negativo de 384 empregos. Depois aparecem Paragominas (-370), Breves (-322) Novo Repartimento (-158), Rondon do Pará (-156), Jacundá (-128) e Altamira (-119).
(Fonte: Pará Negócios, do jornalista Raimundo José Pinto)

Emancipação de Mojuí dos Campos

O deputado federal Lira Maia foi indicado hoje pelo líder dos Democratas, ACM Neto, para integrar a comissão especial que analisará a emenda constitucional que trata da emancipação política de distritos cujo plebiscito favorável a sua emancipação foi realizado antes do ano 2000.
O distrito de Mojuí dos Campos se enquadra nessa condição imposta por essa PEC.

Direitos humanos

Todas as instituções que realizam concursos públicos para provimento de cargos na administração estadual do Pará estão recebendo ofício da Assembléia Legislativa, notificando a todas sobre a aprovação da Emenda Constitucional Nº 41, de autoria do líder do PT, deputado Carlos Martins, que determina a inclusão de temas sobre direitos humanos no conteúdo programático de concursos públicos realizados no Estado do Pará.
O tema, explica Martins, segue orientação contida no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) . "É um passo muito importante para promoção dos direitos humanos no Pará", define o autor.

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto

Política de elite
O Jornal de Santarém publicou, em julho de 1961, um violentíssimo (e bem elitista) editorial em contra a anunciada intenção do vereador Belarmino Paiva de Lima de se lançar candidato a prefeito de Santarém, na eleição prevista para o ano seguinte. Primeiro considerou a iniciativa precipitada, além de descabida. Quem estava no exercício do cargo era alguém "na altura de desempenhar essas elevadas funções pela sua capacidade conferida pelo diploma que conquistou em uma Faculdade de Curso Superior".
Já Belarmino não tinha credenciais "para chegar a alturas tão elevadas na política de Santarém, que é uma cidade de população civilizada", que reagia com "um sorriso de escárnio quando seus olhos deparam com as garatujas pelas calçadas anunciadoras da candidatura do pobre diabo". Belarmino estava criando sonhos "altos por demais para a pobreza de seus conhecimentos, para a insignificante posição que desfruta na política local".
Para o jornal, os partidos organizados deviam até ficar contentes de enfrentar alguém "sem chance e sem a mínima possibilidade de êxito", fadado a no final receber "vaias e assuadas, porque um idiota dessa ordem, um palhaço desse jaez não merecerá outra manifestação do povo, senão vaias e assobios, como uma advertência ou uma lição deste povo altivo, que saberá aplicar na hora aprazada o necessário corretivo ao atrevido, porque, afinal de contas, a Prefeitura Municipal de Santarém não é hospício".

A carne fraca
Para poder impor preços tabelados e controle da comercialização, a prefeitura fechou todos os talhos de carne que funcionavam fora do Mercado Municipal e em seguida abriu concorrência pública para a exploração oficial desse serviço no mercado. Venceu a Sociedade Pecuária Limitada, integrada por fazendeiros e criadores, que abateriam gado dos seus próprios rebanhos. Pretendia atender as queixas da população contra os açougueiros "que praticam essa arte de vender a carne sempre por mais e com falta de peso", prejudicando especialmente os mais pobres. Para ela, a carne verde ainda era o melhor e o mais útil alimento, "desde que seja vendido pelo preço da tabela e em pesadas exatas".

Boataria

Mal das pernas nas pesquisas, petistas e seus coligados dedicam-se, desde sábado passado, a intensificar os boatos acerca da sucessão municipal santarena.
Primeiro, espalharam a lorota que a oposição não teria uma nome 'competitivo', mas o deputado federal Lira Maia vai anunciar dia 27 próximo que é candidato a prefeito.
Depois, plantaram notas de que haveria desentendimento entre PSDB e Democratas, o que está longe da realidade, talvez a última cartada para tentar zerar o jogo eleitoral engendrada pelos luas-pretas do PT e seus coadjuvantes, que também vai fazer água.
Agora, após a decisão do TSE que restaurou a ordem jurídica eleitoral sobre os critérios de elegibilidade, voltam os boateiros de plantão a espalhar a falsa notícia de que o vice do candidato Lira Maia já teria sido escolhido, o que também não verdade. O nome do vice da chapa dos Democratas /PSDB só será anunciado dia 30.

Bastidores

A Coluna do Estado, que você sempre lê na coluna à direita deste site, já está atualizada.

Concurso público esquisito (2)

Miguel Oliveira
Editor-Chefe

Num ato falho, o secretário Kassio Portela afirmou ontem que não vê problemas para pagamento da taxa de 50 reais para o concurso público da prefeitura de Santarém, cujo edital divulgado segunda-feira está causando muita polêmica.
"Não tem problema. O funcionário da prefeitura pode descontar esse valor no contracheque", afirmou Kássio à jornalista Gerciene Belo.
Pois bem, senhor Kássio, responda uma pergunta elementar: e os demais candidatos?
Será que esse concurso é só para regularizar a situação dos temporários que o PT e o seu partido, o PDT, entupiram na prefeitura na atual gestão?
Pelo ato falho do titular da Semad dá pra concluir que o edital foi feito para favorecer os 'da casa' e deixar de fora milhares de jovens de famílias pobres que além de não ter como arranjar esse dinheiro, ainda há os que só recebem seus salários no quinto dia útili do mês, mas as inscrições espertamente se encerram no dia 30 de junho.

Santo Antônio festejado

Festas para Santo Antônio nos bairros do Laguinho e Maracanã, em Santarém.
Em Alenquer, é dia de festa do padroeiro daquela cidade.