sexta-feira, 13 de junho de 2008

Indústria madeira já perdeu mais empregos que em 2007

Apenas nos primeiros quatro meses de 2008 o setor da indústria da madeira no Pará já perdeu mais empregos do que em todo o ano de 2007. De janeiro a abril deste ano, o setor fez 3.977 admissões e 7.245 desligamentos, gerando um saldo negativo de 3.268 postos de trabalho formais. Nos 12 meses do ano passado o saldo negativo havia sido de 3.020 empregos com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, período completado em abril, as perdas já chegam a 5.297 empregos.
O balanço está sendo divulgando nesta sexta-feira (13) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do Ministério do Trabalho. O estudo faz parte do Observatório do Trabalho, resultado de convênio entre o Dieese/Pará e o Governo do Estado.
No mês de abril deste ano, o setor madeireiro perdeu 451 postos de trabalho, resultado de 734 admissões e 1.185 desligamentos. No primeiro quadrimestre ocorreram 3.977 admissões e 7.245 desligamentos, com a perda de 3.268 postos de trabalho. Mais uma vez a atividade das serrarias foi a que registrou as maiores perdas, pois fez 3.011 admissões nos primeiros quatro meses ano, mas registrou 5.729 desligamentos, gerando um saldo negativo de 2.718 postos de trabalho. A atividade de fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada perdeu 510 empregos.
O balanço do Dieese mostra ainda quem nos cerca de 40 municípios do Estado do Pará com mais de 30 mil habitantes onde o setor madeireiro tem expressiva participação, o mais atingido com as demissões na indústria madeireira foi Tailândia, exatamente onde foi iniciada a chamada operação Arco de Fogo, de combate ao desmatamento na Amazônia e que resultou, entre outras, no fechamento de várias serrarias. Tailândia perdeu 416 postos de trabalho nos primeiros quatro meses do ano, seguido por Belém, com saldo negativo de 384 empregos. Depois aparecem Paragominas (-370), Breves (-322) Novo Repartimento (-158), Rondon do Pará (-156), Jacundá (-128) e Altamira (-119).
(Fonte: Pará Negócios, do jornalista Raimundo José Pinto)

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