segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Chuva faz estragos em Oriximiná

As fortes chuvas que caíram sobre Oriximinã na madrugada de hoje provocaram alagamentos e destruição em muitos bairros da cidade.
A parte mais atingida foi a orla da cidade, onde parte do cais de arrimo ficou danificado, como mostra a foto de Ediego Batista.

 

Compras para Belo Monte: Fogo de artifício


Lúcio Flávio Pinto
Articulista de O Estado do Tapajós

Como o governador Simão Jatene poderá se apresentar aos cidadãos do Oeste e do Sul do Estado, derrotados no plebiscito do mês passado, em condições de superar a antipatia e o ódio que seu nome agora suscita nessas duas regiões do Pará? Como o paladino dos interesses de todos os paraenses. Como aquele que vai proporcionar aos separatistas o que eles pretendiam alcançar através da emancipação dos seus territórios.

É o que se depreende da campanha que o governo desencadeou contra o Consórcio Construtor Belo Monte, tendo os empresários e a imprensa de Belém como aliados nessa nova guerra santa. O estopim para a deflagração da beligerância foi a compra, pelo consórcio, de 116 caminhões Mercedes Benz, no valor de 48 milhões de reais, diretamente da fábrica, em São Paulo.

Pelo acordo firmado pelas partes dois meses antes, o consórcio devia compensar os benefícios recebidos do governo fazendo suas compras exclusivamente na praça do Estado. A Norte Energia admitiu seu erro, que teria sido causado por alguém desinformado sobre o entendimento ou pela própria Mercedes Benz (cujo revendedor é a Rodobens), mas negou que tivesse cometido uma traição ao Pará.

Sua nota não foi suficiente para conter os “novos cabanos”. Enquanto o governo condicionava a liberação da carga apreendida e que se destinava à construção da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, em pleno andamento, ao recolhimento do ICMS devido, a Assembléia Legislativa divulgava uma nota de repúdio ao “ato desrespeitoso” do consórcio.

O desassombro dos guerreiros em defesa do comércio local e dos interesses estaduais contra mais uma espoliação colonial não devia se limitar a fazer sua a causa de uma empresa de revenda de caminhões Mercedes ou cobrar a compensação devida pela condição de exploração que o Pará sofre dos seus recursos naturais. Devia também forçar o Estado a baixar as alíquotas do ICMS, que são das maiores do Brasil, fixadas durante o longo consulado dos tucanos, agora de novo no poder.

A via adotada, a da ânsia em tributar, é solução enganosa para proporcionar o desenvolvimento e um biombo conveniente para que, findas as campanhas públicas, sejam feito acertos “em privado”, como dizem nossos irmãos lusitanos. Em época de réveillons, os estrondos e luzes do foguetório de protesto e de combate podem não passar de fogo fátuo. Só para deslumbrar a plateia e ofuscá-la, parecendo que os de sempre se tornaram (de repente, não mais do que de repente), seus salvadores, os anjos do novo mundo.

Semana é decisiva para a greve na polícia militar

Paulo Bemerguy
Do EspaçoAberto

Esta semana será decisiva para que os policiais militares decidam se paralisam ou não suas atividades no Pará na próxima quinta-feira, dia 19. Fontes militares consultadas pelo Espaço Aberto - e que são críticas do governo do Estado - estão meio céticas quanto à deflagração do movimento.

Avaliam que o desejo da greve é mais resultado da influência dos movimentos que estão pipocando país afora, como recentemente no Ceará.

Não vislumbram um movimento organizado e definido, até porque, segundo afirmam, a maioria das associações está sob a tutela do governador e, portanto, submissas ao governo do Estado.

Mas alertam: se a paralisação não ocorrer a partir de quinta-feira, vai eclodir mais tarde, uma vez que não haveria disposição para aceitar as reivindicações dos policiais.

Pelo sim, pelo não, o clima de mobilização perdura aí pela internet.

Já foi até criado um site. É o Greve na Polícia Militar do Pará.
As associações dos Bombeiros (ACSPMBMPA), dos Subtenentes e Sargentos (ASSUBSARPM) e dos Policiais Civis (Aspol), entre outras, estão fazendo circular aí pela internet, inclusive e sobretudo pelas redes sociais, o rol de reivindicações.