sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Planalto adia aumento para 300 mil servidores

Estava tudo certo para sair dentro de alguns dias a medida provisória com a qual o governo concederá reajuste salarial a mais de 300 mil funcionários públicos federais, de 54 diferentes categorias. Mas a MP não virá agora. Oficialmente, os acordos entraram numa espécie de revisão final. O fato, porém, é que, por questão política, o Palácio do Planalto teme oficializá-los valendo-se de uma MP. Por isso, estuda mandar um projeto de lei à Câmara. O presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ofereceu-se para intermediar o assunto com ministros, sindicalistas e deputados.(Correio Braziliense)

Pedro Fona e cultura japonesa serão destaques no Festival Folclórico do Colégio Dom Amando


Por Ormano Sousa
A partir do dia 20, durante quatro noites, o santareno e o visitante deSantarém, no oeste do Pará, terão a oportunidade de conhecer a realidadepluricultural da Amazônia, com a realização do XXXVI Festival Folclórico doColégio Dom Amando, educandário de 65 anos de tradição. Este ano, o festivaldará destaque ao artesão e artista plástico Pedro Fona, famoso pelaspinturas paisagísticas em cuias que ganharam o mundo. Também dará enfoque àcultura japonesa, em homenagem ao centenário da imigração japonesa aoBrasil, considerando o fato de que o município teve também uma grandecontribuição cultural e econômica desses imigrantes, com a produção de jutae hortifrutigranjeiros.
O artista Pedro Paulo Xavier Camargo, o Pedro Fona, faleceu, aos 86 anos, em18 de novembro do ano passado, levado pela debilidade física, motivo peloqual vivia retirado na chácara “Paraíso”, em São Brás, a 15 quilômetros dacidade. Deixou um legado artístico fabuloso, sobretudo na arte pintada nascuias que comercializava diretamente nos navios de turismo que aportavam emSantarém.
Uma referência artística desse artista também é o quadro “Justiça”que se encontra no Museu João Fona. Por sua arte, obteve reconhecimentomunicipal com a medalha Pe. João Felipe Bettendorf, em 1999. Os filhos herdaram o dom artístico do pai e hoje essa arte está na terceirageração da família.
A técnica da pintura em cuias deverá ser mostrada aovivo durante o festival, bem como peças produzidas pelo artista.
Da cultura japonesa, a Associação Nipônica de Santarém também teráparticipação durante o festival. Mostrando a dança como um elemento culturalvivo transmitido de gerações milenares, um grupo de japoneses deverá seapresentar durante o evento. Essa iniciativa caracteriza a variedadecultural que forma a composição social brasileira, notadamente amazônica.Uma série de danças regionais, latinas e européias vai montar esse mosaicocultural durante o festival folclórico.
Foto: Ormano Souza/ Peneira de fibras e cuia pintada em parede de barro de casa amazônica)

Adesão do Pará é pouco lembrada

Hoje o feriado é comemorativo à Adesão do Pará à Independência do Brasil que foi assinada em 15 de agosto de 1823, há 175 anos. O país era dividido em duas Capitanias: A província do Grão Pará e Maranhão, no norte, e a Província do Brasil, no sul, havendo pouca comunicação entre eles. O Pará tinha forte ligação com Portugal e pouco se relacionava com outras províncias do país. Ambas pertenciam à Coroa Portuguesa, mas eram autônomas.
“ O processo em si não foi muito heróico. O herói da adesão foi o almirante John Pascoe Grenfell, de apenas 23 anos, que conseguiu a adesão com um blefe. Ele disse, a mando do imperador Dom Pedro I, que uma esquadra comandada por ele chegaria à província do Grão Pará e forçaria a aceitar a separação definitiva entre Brasil e Portugal”, conta a professora de História da UFPA e diretora do arquivo público do Estado, Magda Ricci.
Segundo ela, a “adesão foi feita por um inglês numa situação de blefe, nada tão heróico”, ressalta. O fato aconteceu quase um ano depois da Independência do Brasil. A esquadra de Grenffel não deveria ir até o Norte, se limitando apenas até o Estado da Bahia, mas em 11 de agosto de 1823 o almirante chegou ao Porto de Salinas. No mesmo dia, uma assembléia foi formada no Palácio Lauro Sodré entre os governantes do Grão Pará, quando ficou decidido aderir à Independência com a condição de que os postos e cargos públicos fossem mantidos.
O documento que foi assinado quatro dias depois da assembléia, data escolhida para o feriado, faz parte do Arquivo Público do Estado do Pará. “O processo de adesão foi fundamental para a junção do Estado do Brasil com a Província do Pará”, relata. Segundo Ricci, o significado da adesão é de “Luta política dela e de liberdade de expressão”. Para a professora, o “significado social e político da data é pouco divulgado. Deveriam chamar mais atenção neste momento para a cidadania”.
Três meses depois, aconteceu a revolta do Brigue Palhaço, onde 256 pessoas foram presas e mortas asfixiadas com cal dentro de um navio. “Não existiam prisões na época e os prisioneiros ficavam dentro de corvetas ou de navios. Essas pessoas mortas tinham aderido, mas foram reprimidas por fazerem uma revolta por terem visto que a Adesão não cumprira algumas exigências populares”, comenta Ricci.
(Texto: Liandro Brito/Diário do Pará)

Decisão sobre registro de Maria e Lira Maia vai para o TRE

Tanto o Democrtas quanto o PT recorreram, ontem, no início da noite, da decisão do juiz eleitoal Sílvio Maria que deferiu o registro das candidaturas de Maria do Carmo e Lira Maia.
Na última terça-feira o juiz havia concedido o registro a ambos os candidatos que foram impugnados pelas coligações adversárias.