sábado, 14 de novembro de 2009

Apagão cibernético

A internet em Santarém virou um caso de polícia.

Praticamene todo o dia de sábado os usuarios ficaram a ver navios.

Por isso esse blog deixou de ser atualizado.

O serviço só foi restabelecido a partir de 19 horas.

Vale: uma estratégia ou apenas um acaso?

Lúcio Flávio Pinto

Foi em 2005 que a Companhia Vale do Rio Doce imprimiu seu último balanço anual em papel. A partir do ano seguinte só teria essa versão o seu relatório de sustentabilidade. As demonstrações contábeis e financeiras ainda podem ser consultadas, mas apenas na versão eletrônica, no site da empresa. Mesmo assim, o relatório não é mais anual: limita-se a períodos trimestrais. Quem quiser ter uma visão integral do desempenho da empresa vai ter que agregar os números por iniciativa própria, o que demanda mais tempo, paciência e competência.

Em compensação, a cada trimestre – ou a cada momento importante das atividades da companhia – são abundantes os press-releases que envia aos jornalistas. Tão detalhistas que quase contêm a verdade. Quase. Sempre há um detalhe, em geral inconveniente, que não é contemplado nesse feérico material de divulgação. Para obtê-lo, porém, o profissional da informação terá que gastar muito mais trabalho. Por que não se contentar com o belo prato feito?

Um número crescente de jornalistas faz essa opção, até se esforçando por esticar ao máximo o rendimento em cima dos dados fornecidos pela Vale. Devem ter a sensação de poder surpreender a autora da gentileza e serem fiéis ao compromisso com o leitor, mas é difícil.

O enredo parece perfeito. Consciente da sua responsabilidade social, a empresa se dispõe a um strip-tease informativo, fornecendo tudo que é relevante para uma análise séria e honesta do seu desempenho. Tão desprendida nessa disposição que torna perfeitamente dispensável a apuração à margem ou além dos alentados pacotes que despacha para a mídia.

Muitos jornalistas e analistas em geral devem reagir positivamente aos relatórios de sustentabilidade da Vale. Neles, a empresa demonstra o grau e a extensão do exercício das responsabilidades que lhe cabem em relação à sociedade e à natureza. Os relatos são abundantes e as imagens, sempre de impressionar, são numerosas. A mineradora faz jus ao crédito: está procurando um relacionamento franco com a opinião pública, convicta de que o seu modo de proceder é sua melhor defesa.

Leia o artigo completo aqui.

Maria da Penha discute aplicabilidade da lei no Pará

No AMAZÔNIA:

O Pará, que está entre os Estados brasileiros mais avançados no combate à violência doméstica contra a mulher, recebeu Maria da Penha Maia Fernandes - que dá nome à lei - para a Feira do Livro e, aproveitando a ocasião, a Secretaria de Direitos Humanos a convidou para participar de uma mesa redonda sobre a aplicabilidade da lei, realizada na quinta-feira. O MPE a homenageou em um coffee break na sexta-feira, no auditório Wilson Marques, do Fórum Criminal de Belém, com juízes, promotores e defensores da área especializada, que contaram à farmacêutica sobre o funcionamento da lei nos órgãos paraenses.

Maria da Penha agradeceu o trabalho realizado no Pará e acrescentou que tudo é importante no combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres brasileiras. Ela salientou que a lei não visa punir os homens, e sim coibir a violência doméstica, além de resgatar a dignidade da mulher. A farmacêutica reconheceu que a criação da lei encorajou as mulheres para que denunciassem as agressões sofridas em casa. Ela contou que sua vida, agora, é lutar pela aplicabilidade da lei. 'Quero ressaltar a importância de encontrar homens e mulheres que lutam pela implementação da lei por todo o Brasil', diz Maria da Penha.

A promotora de justiça Sumaya Morhy Pereira conta que as varas de violência contra a mulher tem mais de 7.500 processos em andamento, registrando um aumento de mais de 200% desde a sanção da lei nº 11340 (a lei Maria da Penha). Segundo Sumaya, o número de processos cada vez maior não é consequência da falta de atuação dos órgãos, e sim do encorajamento das mulheres, que passaram a confiar nas instituições.

'Antes elas não tinham com quem contar. Agora elas começam a acreditar e confiar na estrutura que está se formando. Porém, a grande demanda mostra que a estrutura é insuficiente', diz a promotora, que destaca a necessidade de estruturar a promotoria, varas e defensoria pública especializadas.

Questionada sobre o perfil dos agressores, a juíza da 1ª Vara de Violência Doméstica, Rosa Navegantes, conta que 'eles não tem classe social, cor e profissão. (A violência) atinge todas as categorias profissionais e classes sociais'.

A morte do 3º jornal mais antigo do país

A primeira redação da América do Sul a contar com luz elétrica, que dos 200 anos da imprensa brasileira, fez parte de 175, tem data e hora para encerrar suas atividades. O Monitor Campista, de Campos dos Goytacazes – RJ, terceiro jornal mais antigo do Brasil, será fechado no próximo domingo (15/11).

Os Diários Associados anunciaram o fechamento do veículo, fundado em 04/01/1834, em carta enviada aos funcionários. Segundo jornalistas do Monitor Campista, a alegação da empresa é que o jornal tinha mais despesas que receitas, o que impossibilita a continuidade do negócio.


A notícia veio logo depois que a prefeitura da cidade deixou de publicar o Diário Oficial nas edições do jornal, o que já acontecia há 100 anos. (Do Comunique-se)