quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os 70 anos de Roberto Jares Martins

Por Fernando Jares Martins

Vivo fosse, faria hoje 70 anos uma das figuras mais agradáveis que o jornalismo paraense já produziu, Roberto Jares Martins, morto aos 52 anos de “uma doença de nome complicado”, como disse o Euclides “Chembra” Bandeira, àquela altura – e que eu, por algum tipo de bloqueio mental, nunca consegui lembrar. Nem o quero. Sim, somos primos, mas não considero suspeito fazer esses elogios a ele. Os muitos e muitos que o conheceram, que com ele trabalharam, como eu mesmo, tantos anos em A Província do Pará, sabem que é exatamente a verdade. Nossas mães, Inocência, a minha, e Carmen, a dele, eram irmãs e casaram com uns Martins, não parentes entre si. Assim, ficamos com sobrenomes iguais, sem sermos irmãos, mas sendo primos. Embora isso, nosso relacionamento se deu apenas quando ambos já adultos, curiosamente tendo ambos, por vias diversas, optado pela comunicação como crença e caminho de vida. Mas o dia é dele, deixa eu sair.

O Bob, como o chamavam os amigos, era dessas pessoas que, acredito, todo mundo gostava aqui pelas ruas de Belém. Cara sério, peito aberto, competente, amigo, chefe leal, orientador. Fez carreira completa no jornalismo, começando repórter pela Folha do Norte e Folha Vespertina, foi do vespertino A Vanguarda e de A Província do Pará, estas duas últimas, publicações dos Diários e Emissoras Associados, em Belém. Fez muito sucesso na TV Marajoara com programas como o social, de entrevistas, “Domingo, depois das 9” e o “Qual é o assunto?”, de reportagens variadas. Na Província, lembro-me bem da “Síntese Social”, “Roberto Jares faz oito colunas” e “Primeira Coluna”, que escreveu até seus últimos dias de trabalho.

O sucesso como profissional de jornalismo o levou ao mundo executivo, primeiramente dirigindo a TV Marajoara, depois os Diários Associados em Belém, como superintendente, chegando a postos nacionais da rede Associada.

Quando o governo Figueiredo extinguiu a Rede Tupi, a Marajoara foi uma grande vítima: se as do Rio e de São Paulo tinham problemas, como grandes dívidas, a de Belém estava muito bem, com vida empresarial saudável. Foi levada pela avalanche de outros interesses... Por sinal, a TV Marajoara não foi tirada do ar: o Jares, sempre bem informado, tendo certeza da publicação do decreto presidencial no Diário Oficial do dia 17/07/1980, encerrou a programação aos 17 minutos dessa sexta-feira. Não deu aos fiscais do governo o gostinho de tirar os cristais do transmissor!

Muitas homenagens foram feitas ao Bob, como essa ilustração lá em cima, do Biratan Porto, publicada em A Província do Pará de 24/11/1992 – não está inteira aqui, porque era página quase inteira e não coube no meu scanner. Ele é o patrono da Cadeira 5, da Academia Paraense de Jornalismo e tem até rua com o nome dele em Mosqueiro, que ele tanto amava.

Fica aqui um registro amigo e saudoso. Dizem que as pessoas mão fazem falta, que sempre podem ser substituídas. Hoje tenho muitas dúvidas sobre isso. Tem gente que faz e fará sempre falta para os parentes, para os amigos, para a empresa em que trabalhava, para a sociedade. O Jares é um desses.

Aqui abaixo, dois grande nomes da nossa tevê pioneira, a Marajoara, o Roberto Jares e o Abílio Couceiro, no cenário do “Qual é o assunto?” – foto do livro “Memória da Televisão Paraense”.


Cosanpa não cumpre compromisso assumido na Câmara de Vereadores

Lembram daquela sessão da Câmara de Vereadores que discutiu o projeto PAC de saneamento a cargo da Cosanpa, em Santarém?

Foi em março ano passado.

Durante a sessão, Eduardo Ribeiro, presidente daquela companhia, ao lado de diretores e assessores, fez uma pormessa solene; em abril de 2010, as obras estarão concluídas e havera água encanada farta e cristalina.

Só quem acredita em papai noel foi na lorota desse pessoal, naquela ocasião.

Para entornar o descrédito, a promessa foi repetida à exaustão pela assessoria de imprensa da Cosanpa durante entrevistas a emissoras de rádio e televisão de Santarém.

Pois bem.

Um ano já se passou e nada da conclusão das obras.

Agora, o pessoal da Cosanpa sumiu dos holofotes, eles que sempre gostaram de aparecer na mídia.

Agora, também, a população já deixou de acreditar em história da caronchinha para não continuar a entrar pelo cano.

Tapa-buraco, tapa-atraso

Embora tardio, o serviço de tapa-buraco da prefeitura de Santarém foi acelerado, apesar da letargia em que se encontra a administração municipal no corrente ano.

Desde o início da semana a avenida Curuá-Una recebe atenção da Seminf.

Na terça-feira(11), serviços de tapa-buraco chegaram à rua Haroldo Veloso.

Ontem, uma das equipes de manutenção de asfalto deu continuidade aos trabalhos, partindo da Haroldo Veloso em direção à avenida Mendonça Furtado.

Uma segunda equipe concentrou quarta-feira, os trabalhos em trechos críticos da avenida Muiraquitã, sentido avenida Sérgio Henn. A terceira frente de serviço está tapando buracos na avenida Presidente Vargas, entre as travessas Silvino Pinto e Barjonas de Miranda.

Secretário meteoro

Do Blog Espaço Aberto, sob o título abaixo:

E Cavalcante vai fazer o quê, antes que venha o quinto?

Até agora, ainda não se sabe ao certo em que circunstâncias ocorreram a ascensão do professor Luís Cavalcante ao cargo de secretário de Educação, no lugar da professora Socorro Coelho, aquele foi exonerada porque, entre outras coisas, não quis pagar a empreiteiros a bufunfa referente a 88 obras que não foram licitadas.
A Unidade na Luta, tendência majoritária do PT, liderada pelo deputado federal Paulo Rocha, está calada.
Silente.
Quieta.
Muda.
Muda e queda.
Tudo indica que Cavalcante, ferrenho opositor de Socorro desde que ela o exonerou de um cargo de direção na Seduc, tem mas não tem o aval da Unidade na Luta.
Tem porque, no mínimo, a tendência assentiu com a nomeção, à falta de um companheiro, digamos, mais habilitado para o cargo.
E não tem porque a tendência teria chegado à conclusão de que, uma vez perdida a queda de braço para sustentar Socorro Coelho no cargo, não adiantaria apostar num quadro como Cavalcante, sem grande ascendência dentro do PT.
O certo é o seguinte.
E o seguinte pode ser o certo.
Todos – inclusive e sobretudo petistas – querem saber o que o novo secretário vai fazer diante das denúncias publicamente formuladas pela ex-secretária.
Vai investigá-las?
Vai pagar as contas que Socorro se recusou a pagar porque detectou deslizes que poderiam muito bem ser qualificados de ilícitos?
Vai resolver a situação das escolas?
Vai, enfim, botar tudo nos trinques?
Vai corrigir todos os erros que apontou em carta vazada em termos duríssimos, para não dizer ofensivos à então secretária Socorro Coelho?
O professor, ex-diretor e ex-vereador, agora é secretário.
O quarto que passa pela Seduc.
Sua Excelência vai fazer o quê, antes que venha o quinto?