terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vexame do São Francisco foi antecipado

Miguel Oliveira
Editor-chefe

Não poderia ser diferente.

Na estréia para a seletiva do Parazão 2011, o time do São Francisco, um corte-e-cola de peças enjambradas de outras equipes, perdeu para o Izabelense por 2x1, hoje, no final da tarde, no Barbalhão.

O escore ainda foi pouco diante da apatia de um time que, até prova em contrário, é uma malsucedida jogada de marketing. Jogada pra valer no futebol ainda não aconteceu. Espera-se que aconteça no próximo jogo.

Este blog, com todo respeito à maioria dos diretores do São Francisco, já havia publicado que o time que hoje se apresentou era, na verdade, uma equipe virtual, uma vez que o leãozinho santareno não havia realizado um único jogo oficial até a sua estréia.

Mas essa aventura futebolística é, na verdade, a  vítima do exibicionismo de falsos cartolas, de oportunistas inveterados em busca de dez minutos de fama que estão na contramão dos esforços de uns poucos abnegados diretores.

Garotos-propaganda que se vê na internet nada mais são do que aproveitadores da pálida imagem do clube. Verdadeiros torcedores do leãozinho têm nojo desses pilantras que tentam surfar na onda de um time que ainda nem sabe produzir marolas.

Por causa dessa fouxidão da diretoria em permitir que esses párias se transvistam de torcedores azulinos é que os estoques de camisa oficial do clube estão encalhados.

De pé-frio, já basta.

Avante, leãozinho!



Políticos sobem e a floresta amazônica vem abaixo

        Padre Edilberto Sena: 

Passou o primeiro turno das eleições nacionais e estaduais, políticos foram eleitos, outros reeleitos, também outros caíram, uns ficha limpa, outros ficha suja, mas protegidos por filigranas de leis continuam respirando. Em alguns estados, como para presidência da república, ainda virá um segundo turno.
Que se saiba, nenhum candidato, eleito ou disputando o segundo turno, revelou compromisso político em defender a Amazônia para os amazônidas e para o Brasil. Nem mesmo a candidata do Partido Verde tomou posição clara em defender os povos da região, os rios, os minérios e a biodiversidade. Os discursos que tocaram por acaso no tema Amazônia, foram poucos e ambíguos, para não ferir interesses econômicos poderosos. Pelo contrário, alguns eleitos e outros ainda candidatos são claramente favoráveis aos projetos de construir 38 mega hidroelétricas, abrir espaços para grandes empresas mineradoras e garantir a expansão do agro negócio da soja na Amazônia.
Enquanto isso, a derrubada de florestas continua firme. Só no mês de agosto passado foram 210 quilômetros quadrados de desmatamento. No mês  anterior, foram 155 quilômetros quadrados de derrubada, indicando que a destruição volta a crescer. Quem informa tudo isso é a ONG IMAZON. O Estado do Pará foi o triste campeão de desmatamento, com 142  Kms quadrados de destruição. Mas nem o orgulhoso Estado do Amazonas escapou do saque, com 21 kms quadrados de desmatamento; também foram prejudicados, o Mato grosso com 11%, Acre com 9% e Rondônia com 5% dos 210 kms destruídos.
Mesmo o governo manifestando alegria pela diminuição do saque, não dá para se festejar. O calor está aumentando fortemente em toda a região, num sinal de que a floresta está indo abaixo e a natureza responde. De Janeiro a Agosto deste ano, foram 1.549 kms quadrados de floresta posta abaixo por fazendeiros, madeireiros, plantadores de grãos e assentamentos do INCRA. É espantoso o que continua a ocorrer, com graves conseqüências para as populações tradicionais e o próprio planeta terra.
Para se ter uma idéia, só o tamanho de desflorestamento no Estado do Pará é o equivalente a 32 mil campos de futebol. Como festejar? Como elogiar o controle feito por órgãos como CTMBIO, IBAMA, SEMA e demais órgãos, ditos de vigilância? Será que ainda há dúvida para as causas das secas profundas nos rios da Amazônia?

Poema Enjoadinho - Vinícius de Morais

Filhos...Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como o queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filho? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

Curtíssimas do feriado


O time do São Francisco já está escalado por Lúcio Santarém para enfrentar o Izabelense , hoje as  17h00, no estádio Barbalhão, na primeira partida do seletivo para o Parazão 2011: Adriano,  Dinei, Filho, Diego Belterra, Gleidson; Beto, Buiú, Trindade, Ricardinho, Tinha e Deo Curuçá.
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 Começou ontem  o período de inscrição para a primeira fase do processo de eleição direta para diretores e vice-diretores da rede municipal de ensino. São  141 vagas para diretor, e 50 vagas para vice-diretor. Os candidatos devem se inscrever no site www.premierconcursos.com.br  até o dia 22 de outubro. A aplicação da prova será no dia 14 de novembro.
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O vereador José Maria Tapajós(PMDB), presidente da Câmara Municipal de Santarém, adiou para amanhã o anúncio de seu apoio à candidatura de Simão Jatene. O deputado Antônio Rocha, peemedebista que não se afina politicamente com Zé Maria, deve declarar apoio a Ana Júlia neste segundo turno.

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A vereadora Marcela Tolentino(PDT) pediu ontem uma auditoria no Hospital do Pronto Socorro Municipal. Ex-líder do governo Maria do Carmo, Marcela foi a candidata que menos votos obteve para deputado estadual dos quatro vereadores de Santarém que concorreram ao pleito.
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Agastada com a derrota, Marcela quer se vingar da administração municipal. No ano passado, quando o telhado do PMS desabou matando duas pessoas, a vereador atuou para abafar qualquer investigação do conselho municipal de saúde.
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Ingratidão, por sinal, é uma marca no caráter de Marcela. No governo Lira Maia, ela contou com os móveis e utensílios da Semsa em sua primeira eleição à Câmara , quando a pasta da saúde era chefiada por seu irmão Beto Tolentino. Antes mesmo de assumir o mandato, Marcela já havia traído politicamente o ex-prefeito.
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Há bairros de Santarém que estão há mais de uma quinzena sem água nas torneiras. Cosanpa abandonou as obras do PAC no município.
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Brega & Chique. O hall do mini-shopping Paraíso foi tomado por brinquedos vendidos em lojas de R$ 1,99.
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Asfalto ‘Jack,  o estripador’ continua sendo a marca da prefeita Maria do Carmo: um pedacinho aqui, outro pedacinho ali... Enquanto isso, o ramal do CR continua a passos de cágado.
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Empate técnico

Por Lauro Jardim

Radar OnLine

As pesquisas encomendadas pelo PSDB não batem com o Datafolha: dão empate técnico entre José Serra e Dilma Rousseff. Não há nada mais controverso nesta campanha que pesquisas, mas todos continuam tomando decisões estratégicas guindo-se por elas.
Ainda que pareça suspeito uma pesquisa cujo cliente é o próprio PSDB dar um resultado favorável a Serra, justiça se faça: no primeiro turno, já no finalzinho de setembro essas pesquisas garantiam que a eleição teria uma segunda etapa.

Partido Verde, donzelas, cinismo e neutralidade

Paulo Cidmil:
O PARTIDO VERDE e Marina Silva não podem fugir às suas responsabilidades e se acovardarem por trás de uma neutralidade cômoda, esse é o papel do PSOL e sua posição sectária, do “eu sou melhor, tenho a solução e não me misturo”.
Nem tão pouco, deve liberar a boiada para que se acomodem de acordo com suas conveniências e interesses pessoais. Deixem isso para o PMDB que tem vocação a vampiro, e em situação como essa, já estaria dividido entre Serra e Dilma, na estratégia de participar do poder seja qual for o vencedor.
É bom lembrar, que ficar em cima do muro é tradicionalmente a posição predileta do PSDB. E desejar aparelhar as instituições do Estado com os quadros partidários, para que se tornem instrumentos do Partido, como se o Estado brasileiro fosse um Sindicato, ai vocês precisariam entrar na escolinha do PT.
O PARTIDO VERDE não pode se comportar como uma casta donzela que precisa preservar a sua pureza e muito menos esconder-se atrás da cínica neutralidade. Até porque não é uma coisa nem outra. Já esteve em governos de PSDB e PT e seus quadros não são tão puros assim, há bem pouco tempo, Zequinha Sarney era um de seus expoentes. Em muitos lugares, especialmente na Amazônia, alguns de seus dirigentes não são o que costumamos chamar de ambientalistas.
A grande maioria dos votos de MARINA SILVA, não foram votos Tiririca, longe de serem votos de protesto, ou alienados, foram votos de quem quer algo a mais da política. Votos de quem tem consciência dos grandes problemas ambientais existentes no Brasil.
Gente que projeta um futuro melhor e não acredita no falso dilema “Desenvolvimento versus Preservação ambiental”. Hoje a palavra SUSTENTABILIDADE permeia qualquer forma de desenvolvimento e também o manejo dos recursos naturais, deixou de ser uma discussão conceitual para impregnar em nossa realidade cotidiana. Foi a candidatura de Marina Silva que pautou a SUSTENTABILIDADE e a trouxe para o centro da campanha presidencial.
Ao PARTIDO VERDE e a Marina Silva, 20 milhões de brasileiros delegaram uma missão: defender políticas que priorizem as questões ambientais e o desenvolvimento sustentável,  que invista em novas tecnologias e novas fontes de energia renovável. Algo além da obvia e ambientalmente danosa, construção indiscriminada de hidroelétricas. O Brasil não é a China, aqui existe democracia!
Se ao PSDB foi possível criar o PROER para salvar banqueiro e ao PT o Bolsa Banqueiro graças às taxas de juros, ao futuro governo deve-se propor o “bolsa” energia renovável e o “bolsa” responsabilidade ambiental.
Que o futuro governo subsidie e desonere, por exemplo, os investimentos no desenvolvimento de tecnologias e produção de energia solar.
É preciso arrancar do próximo governo o compromisso de que todo projeto de desenvolvimento, sejam eles estradas, hidroelétricas, mineração, exploração florestal, hidrovias; só saiam do papel após cumprir de forma transparente, com ampla participação popular, todas as regras estabelecidas em nossa legislação ambiental. Como também é preciso maior rigor e participação da comunidade científica nas instancias que autorizam o licenciamento de agrotóxicos e produção de transgênicos.
E que ninguém ouse acabar com o Bolsa Família, dela depende parcela da população que há bem pouco tempo estava nas estatísticas da desnutrição e miséria absoluta. Dessa política compensatória, hoje também depende parte considerável de nosso mercado interno. O Programa Bolsa Família precisa estar articulado com iniciativas nas áreas da educação e qualificação profissional.
Do PARTIDO VERDE se espera uma mudança radical na forma de fazer política. É preciso dizer um IMENSO NÃO para os acertos de Gabinete em troca de cargos, feitos com o claro objetivo de usufruto dos recursos públicos.
Assumir o apoio a uma candidatura visando o interesse público e o futuro. Resgatar a moralidade na política e manter um compromisso ético com os eleitores que acreditaram nas suas propostas. Realizar acordo em torno de um Programa de Governo que contemple as propostas do PV tão essenciais para o futuro de nosso País.
 Marina e o Partido Verde sinalizaram à população que irão conversar em torno de Programa de Governo e não de barganha por cargos como é habitual em nossa política, e que essa conversa acontecerá dentro da ética e da maior transparência possível para com os eleitores. Essa é a esperança de quase 20 milhões de brasileiros.
Que o Partido ignore a pressão da imprensa para se pronunciar, a imprensa é naturalmente ansiosa, que aguarde a convenção do dia 17. Restarão duas semanas para as eleições, tempo mais que suficiente para que os eleitores de MARINA SILVA, os que se abstiveram e os que votaram em branco no dia 03 de outubro, entendam as razões, e os objetivos, que levaram o PARTIDO VERDE a fazer a sua opção.
É hora de um dever cívico para com o nosso país. Apresentar suas propostas à sociedade e aos candidatos Dilma e Serra. Aquele que comprometer-se, de forma inequívoca, a incorporar a seu programa de governo, as políticas de desenvolvimento sustentável propostas pelo PV, esse(a) deverá receber o apoio do PARTIDO VERDE. Com esse(a) MARINA SILVA deverá subir ao palanque e ir à televisão, pedir aos eleitores os votos que lhe confiaram no primeiro turno.
Nas mãos do PARTIDO VERDE repousa uma oportunidade rara de resgatar a dignidade do fazer política em nosso País,
Aos acomodados basta repetir o bordão: “O futuro a Deus pertence”

* Paulo Cidmil
Produtor Cultural
Sem filiação partidária