quinta-feira, 29 de outubro de 2009

PESQUISADORA TENTA DESMISTIFICAR PERIGO DE COBRAS


Cilícia Ferreira
Repórter


O Instituto Butantan realiza do dia 20 a 30 deste mês, em Santarém, o IV Encontro Butantan Amazônia com o tema "Biodiversidade e Pesquisa de Animais Peçonhentos na Amazônia".
Diversas palestras serão ministradas que abordarão os aspectos da região em relação aos animais peçonhentos como serpentes, aranhas e escorpiões.
A professora-doutora Ana Prudente(foto), do Museu Emílio Goeldi, falou sobre serpentes da Amazônia. No imaginário de grande parte da população toda cobra é perigosa ou venenosa e precisa ser morta. Perguntada como desmistificar isso a professora respondeu as serpentes foram muito maltratadas ao longo da História.
Segundo a pesquisadora, mudar o conhecimento popular é muito difícil, a população ribeirinha, por exemplo, sempre entendeu que o bicho é perigoso ou venenoso e que se entrar em casa, é para matar. O que normalmente se pode fazer é replicar o conhecimento científico. E repassar a informação da forma correta, nos veículos de comunicação, numa linguagem que possa atingir uma massa maior da população. Ela acrescenta que nas escolas e nas universidades, o que normalmente se faz são as palestras, explicando que 75% das cobras do Brasil não são venenosas.
Ana ressalta que essa mentalidade não é encontrada somente na Amazônia, mas no mundo inteiro - exceto alguns países ou regiões que cultuam as serpentes, como a Índia, por exemplo.
Ana informou que existe um projeto de estudo das serpentes da Flona do Tapajós, que é realizado por um professor de Santarém em parceria com outro do Butantan. O inventário já começou a ser levantado. Na região oeste do Pará, diz, não tem nenhuma espécie sendo descrita nesse momento. A descrição mais recente que a professora fez foi a da serpente Atractus surucucu, encontradas na Serra do Surucucu, na divisa do Brasil com a Venezuela. A descrição feita da Atractus surucucu pela professora é de que ela é uma cobra pequena, é um colubrídeo e não é venenosa. É um animal que vive em galerias, debaixo da terra, se alimenta de pequenos invertebrados que vivem igualmente a ela. "É meio marrom, meio preta".
De acordo com Ana Prudente, no bioma da Amazônia existem cerca de 138 espécies de serpentes. Ressaltou que esse número não é fixo, pois a cada estudo os números são alterados.
Sobre a utilização do veneno das serpentes ela disse que além do soro antiofídico, o veneno é utilizado na fabricação de cosméticos, e de vários medicamentos, por exemplo, na cirurgia cardíaca é utilizada uma cola que é feita com o veneno, remédios para operação oftalmológica.

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