quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ponta da Maria José

Ponta da praia da Maria José, em Santarém, às margens do rio Tapajós.
Venha conhecer esta maravilha.
Foto: Miguel Oliveira

O círculo vicioso da política no Pará

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

Há décadas (ou será desde sempre?) o Pará pratica a "política do vácuo". Foi essa a expressão que Armando Mendes utilizou, com propriedade, num artigo que escreveu para a Folha do Norte em novembro de 1959. Com a força do seu estilo, raciocínio e biografia (era um jovem intelectual já lançado à política, como vereador e deputado estadual), o futuro presidente do Banco de Crédito da Amazônia pretendia demarcar épocas.

Uma parecia estar acabando naquele momento, com a morte, cinco meses antes, de Magalhães Barata, o caudilho que o tenentismo entronizou no Pará. Barata se estabeleceu no poder com imagem, mensagem e prática inovadoras. Buscou o apoio do povo, até então apenas uma figura de retórica, e a modernização. Começou promovendo reformas e desfazendo elos sob o controle das elites. Mas logo renovou a política plebiscitária da República Velha e dos políticos carcomidos, para os quais seria a alternativa: quem não era a seu favor, automaticamente era seu inimigo. A aceitação teria que ser incondicional. A divergência significava inimizade, heresia, crime. Nas três décadas de baratismo, a lei foi potoca. Mas se era preciso aplicá-la, todos os favores aos amigos do rei; aos inimigos, os rigores. Não havia meio termo.

Essa extrema e radical personalização do ato político criou um vácuo. Os adversários se defrontavam e se enfrentavam com todas as armas. Não havia meios tons ou relativismos. O inimigo representava tudo que não prestava. Não se devia perscrutar por suas qualidades, muito menos tentar utilizá-las. Não havia composições, combinações, alianças. A radicalização das lutas provocou o esvaziamento do plano das idéias, teses e projetos. O que importava era vencer. O Pará das batalhas e das guerras pessoais e partidárias era um vazio de conteúdo.

Mas o caudilho estava morto. A motivação para tanta violência desaparecera. Não se justificava mais que a luta política fosse travada entre dois campos antagônicos, do baratismo e do anti-baratismo. Era preciso levantar esses "acampamentos partidários" e refazer as legiões, ajustando-as a um novo tempo. Armando Mendes era otimista:
- Hoje em dia - escrevia ele - queiram ou não alguns chefes políticos reconhecê-lo, os votantes começam a libertar-se do dilema inexorável a que foram subjugados durante tanto tempo - e já agora substancialmente deteriorado - para nivelarem no mesmo padrão de julgamento todos os Partidos regionais, e assim escolherem de dentro deles o candidato que lhes pareça mais digno.
Mas Armando também estava consciente da permanência das práticas do passado e por isso previamente lamentava que ela pudesse persistir mesmo com o desaparecimento de Barata, praticadas pelos herdeiros dos dois grupos políticos, caso eles viessem a se lançar "pura e simplesmente à criação de caudilhos substitutos". Nesse caso, arriscavam-se a alimentar novos "ismos", que nada mais expressariam "senão a capacidade de sorrir, prometer ou intimidar".
Assim, o Pará continuaria a assistir "à discussão mais vazia e inútil que a coisa pública suporta, e também a mais torpe, de vez que ela é erigida freqüentemente em mero instrumento de vaidades e proveito próprio ou de partilha doméstica de benesses, e desaparece como meio para a consecução do Bem Comum".

Passado meio século dessa análise, o Pará mudou ou continua a ser vítima da mesma "política de vácuo" praticada em toda a sua vida republicana, com graus acentuados em alguns momentos? Os baratistas tentaram manter o baratismo sem o chefe. Iam conseguindo o objetivo até que o golpe militar os expurgou. Ao invés de a partir daí se realizarem as melhores expectativas de Armando Mendes (que assumiu o Basa por indicação do novo chefe), surgiram dois novos caudilhos, personagens bifrontes com a mesma origem: o coronel Jarbas Passarinho e o tenente-coronel Alacid Nunes.

Depois deles, Jader Barbalho. Mesmo sem a força aglutinadora de Barata, do qual não deixava de ser herdeiro, Jader passou a ser o vértice da política paraense. Todos os seus interlocutores ou antagonistas definem a posição que assumem não sobre uma plataforma de idéias e projetos própria, mas como extensão ou contrafação de Jader.

Almir Gabriel justificou os 12 anos de tucanos no governo alardeando que o PSDB não gravitava em torno de nomes, mas de programas. E que o programa social-democrata era fazer o Pará crescer, verticalizando sua produção, sobretudo a de base mineral. Essa propaganda começou a se corroer quando o governador, por um ato de império, de uma tacada liquidou o Idesp, apenas porque o instituto divulgara estatísticas indesejáveis sobre emprego, que tornavam vazia a promessa tucana de criar 400 mil postos de trabalho.

O arremate do descrédito veio com a cizânia infantil e vazia entre o criador e a criatura. Se nomes não eram importantes, por que Almir Gabriel transformou o seu pupilo (e até então um poste eleitoral), Simão Jatene, em razão da sua existência política, para destruí-lo de qualquer jeito?
Qual o pecado mortal do ex-governador e até então homem de confiança e amigo do seu padrinho? Não ter colocado a máquina pública a serviço da nova candidatura do doutor Almir, que queria ir para o Olimpo como o único político paraense eleito três vezes para o governo do Estado, superando aquele que era então o seu espantalho, o nefando Jader Barbalho. Assim como ficou para sempre como frase de Magalhães Barata de que no Pará lei é potoca, a fortuna crítica da política paraense preservará ao infinito o pensamento do doutor Almir, de que governador só perde eleição nesta terra se for negligente no emprego dos recursos públicos que administra.

Nessa premissa, Jatene fez corpo mole e traiu seu benfeitor, não aplicando em seu favor as burras do tesouro e a gente do aparelho estatal. Neste ponto o doutor Almir tem razão. Mas ele omite que lançou sua candidatura sem ouvir ninguém, valendo-se para tanto dos préstimos de O Liberal; que atropelou a pretensão legal (no quadro eleitoral em vigor) do governador de tentar a reeleição; e que um dos motivos para o rompimento dos tucanos foi exatamente Jader Barbalho. Jatene se mantinha mais próximo do Anhanga do que admitia o inquisidor Almir Gabriel. Por isso, mereceu o tratamento de traíra.

Como ficam esses juízos de valor agora que o doutor Almir está no mesmo palanque de Jader, apoiando o candidato do PMDB que disputa o cargo contra o candidato do PSDB? O que fez o doutor Almir mudar de rumo, depois de se ter despedido por duas vezes de correligionários e amigos (mas só dos que foram convidados para testemunhar o ato), confessando-se desiludido com a política (e o próprio Estado, já que foi morar em outro domicílio)? Nenhuma razão de fundo foi apresentada para o contorcionismo. O que o motivou foi pessoa, passional, ególatra.

Quando disputou pela terceira vez o governo, depois de três mandatos seguidos do PSDB, o doutor Almir ignorou a conjuntura e ficou cego para as evidências. A opinião dominante no eleitorado era favorável à gestão dos tucanos em si, mas contrária aos seus efeitos. Qualquer que fosse a sentença individual sobre esses 12 anos de uma administração elitista e auto-suficiente, refratária ao povo, era evidente que o Pará a considerava coisa do passado, da história. Queria agora algo novo.

Almir Gabriel estava muito longe de personificar essa busca pela novidade. Talvez, se Simão Jatene fosse o candidato, trazendo consigo a máquina oficial, o resultado da votação tivesse sido outro. Talvez Jader Barbalho não lançasse seu candidato. Certamente Ana Júlia Carepa não se apresentaria à disputa. E se fosse lançada, é pouco provável que ganhasse.

Quando Almir Gabriel se declarou à beira do gramado, de meião e chuteira, pronto para entrar no jogo, Jader percebeu na hora que ali estava a oportunidade da revanche. Foi a Lula, convenceu-o a arrastar Ana Júlia para o picadeiro, lançou Priante na arena, garantiu o 2º turno e preparou o buraco para o seu antigo aliado (em 1985, quando colocou na prefeitura de Belém o então secretário de saúde, pouco mais do que um poste eleitoral). Arrematou a vingança, que gosta de saborear gelada, fazendo o doutor Almir subir no palanque de Domingos Juvenil, ao seu lado.

E Ana? Sim, na perspectiva de Jader, Ana Júlia Carepa era um detalhe. Político ladino como poucos no Brasil dos nossos dias, o cacique peemedebista sabia que os compromissos não seriam honrados, que ciladas seriam armadas por trás das declarações de amor e que, no final, seria um desastre. Ana Júlia podia se tornar o pior governante da história do Pará, um dos mais rejeitados pela população. Mas aí o PMDB estaria do outro lado, sem sair de muito perto do popularíssimo Luís Inácio Lula da Silva. Para o que der e vier no 2º turno, com o aval da "contradição ambulante". Para circular no mesmo eixo, de volta ao futuro imperceptível. À política do vácuo, velha de um século.

Os franceses têm uma frase perfeita para definir essa situação: plus ça change, plus c'est le même. Em tradução parauara, quanto mais muda, mais fica na mesma. Por isso o Pará continua sendo o Estado de maior potencial do Brasil. E sempre mais pobre. Para esta obra, não se pode negar, muito contribuem os políticos.

Pontuando - José Olivar

Ainda sobre a fiscalização da Controladoria Geral da União, em Santarém, nas duas auditorias feitas na gestão de Maria do Carmo foram apontadas 162 irregularidades, 75 apenas no setor de saúde em 2009, mais de R$ 26,8 milhões das verbas destinadas ao Município estão sob investigação da CGU. Não acredito que a Prefeita tenha permitido esses descalabros. Acho que parte das irregularidades poderá ser explicada. ///A Juíza, Dra. Betânia Pessoa Batista, titular da 8ª Vara, indeferiu de plano, ação aforada por Celivaldo Batista Maciel Carneiro, contra a Câmara Municipal de Santarém, onde pleiteava indenização por supostos danos materiais e morais, segundo ele, por uso indevido de fotografia de sua autoria. A sentença diz que a ação contém vício insanável, posto que a Câmara Municipal não tem personalidade jurídica para figurar em nenhum dos polos da ação - esta é a posição da doutrina e da jurisprudência, incontestável em todo Brasil. A sentença manda arquivar a ação e o autor pagar eventuais custas finais. ///Em reunião com os proprietários de boxes, no Iate Clube, foi tornado público que a atual Diretoria recebeu o Clube com um débito de R$ 157.000,00, correspondente a INSS e FGTS em atraso, e mais um acordo com a CELPA, na ordem de R$ 40.000,00 de energia em atraso, além de 03 meses do funcionalismo, também em atraso. Todos os que estavam lá ficaram estarrecidos com as informações, posto que, na assembleia da eleição da nova Diretoria, foi dito que o Clube deixava saldo em caixa e as finanças sanadas. Pelo visto, não falaram a verdade, embora se saiba que estes débitos vem se acumulando desde as diretorias anteriores. Mas que é um absurdo, não se discute. ///Falando em Iate, espera-se que a Diretoria, com os aumentos exorbitantes da mensalidade dos boxes, implemente grandes mudanças e, acima de tudo, imponha uma política de cobrança de mensalidades de sócios e dos boxes para acabar com a inadimplência, para que os justos (sócios quites), não paguem pelos pecadores (sócios em atraso). ///Num programa da Rádio Guarany, da semana passada, comandado pelo competente Jorge Carlos, onde se indagava: o que falta para administração de Santarém, a resposta unânime foi malhando a má gestão de Maria do Carmo, que, aliás, nem pode arcar sozinha com tanto descaso, pois alguns Secretários não a ajudam como devem, como é o caso da SEMINF e SEMAB. Contudo, a Prefeita é a responsável por manter seu secretariado, mesmo que inoperante. ///O aniversário da minha amiga e Juíza aposentada, Edite Pantoja, com motivos dos anos 60, foi um sucesso total. Daqui, meus parabéns a ela e ao Tadeu, seu esposo, extensivos aos filhos, Laubier e Laudreise, que são como se fossem meus filhos. ///A colônia nordestina tem muito respeito por Nélio Aguiar, o que significa um grande avanço nas pretensões do mesmo. ///Grande parte das ruas asfaltadas de Santarém já está se deteriorando com crateras abertas recentemente, e se não houver uma ação preventiva, o pouco que resta vai se acabar. ///Os integrantes do Movimento dos Sem Terra, socialistas e petistas, só estão aguardando a Dilma ser eleita para aumentar as invasões e destruições, segundo a imprensa. Aliás, há boatos de que as terras rurais não podem ter mais de 500 hectares, pois o resto é para ser dividido entre eles. Pode? Pelo jeito vamos voltar ao regime que imperava na Rússia. ///A FIFA tem a mania de não querer respeitar a soberania dos paises, no que se refere aos assuntos ligados ao esporte. Já circula a notícia de que a entidade vai pedir a revogação do Estatuto do Torcedor em alguns aspectos que contrariam a normas da mesma, inclusive aquela que proíbe a propaganda e entrada de bebidas alcoólicas em estádios. Ou seja, não é daqui, mas aqui quer mandar! ///A jurisprudência brasileira é unânime em responsabilizar os planos de saúde pela cobertura de todas as despesas médicas e hospitalares para a cirurgia de obesidade mórbida, inclusive, a reparadora das sequelas estéticas deixadas pelo procedimento./// Santarém está entrando no rol das cidades alvo de assaltos de grandes proporções. O assalto ao Banco do Estado ocorrido no dia 03 deste com reféns, é um ato que deve colocar a polícia de orelha em pé. Aliás, no Pará e com este Governo, a Segurança Pública piora a cada dia, por mais que seus integrantes lutem no sentido contrário. ///O Min. Eros Grau, do STF, deu adeus à toga e volta a vestir o pijama, abrindo espaço para nomeação de Asfor Rocha, cearense e Presidente do STJ. A partir do dia 01 deste, o Conselho Nacional de Justiça só receberá peças e petições, por meio eletrônico e não mais em papel. Acho que o CNJ não conhece a realidade do Norte e Nordeste! ///Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que tramita na Câmara Federal autoriza o Conselho Federal da OAB a apresentar projetos de lei complementar e ordinária relativos à administração da Justiça. A PEC vem recebendo críticas e adesões. ///A partir do dia 21 de julho todas as empresas comerciais e de prestação de serviços devem disponibilizar para os consumidores, um exemplar do Código de Defesa do Consumidor e deve ficar em local visível e de fácil acesso, sob pena de multa que pode chegar a R$ 1.064,10. ///O legislador, com um projeto em tramitação na Câmara Federal, pretende desburocratizar as locações residenciais, permitindo que o aluguel seja descontado em folha de pagamento do empregado, sem necessidade de fiador. ///O Çairé deverá levar a Alter do Chão muitas pessoas. Tomara que este ano seja melhor que os dois últimos anos onde imperou somente interesses pessoais de uma minoria, considerando que é a Prefeitura quem vai, este ano, administrar o evento. ///O cerco se fecha em torno de quem pensava que tudo podia e nada acontecia. Agora, na iminência de ser julgado por um Colegiado em razão de irregularidades no exercício da função (de alta relevância), e até punido, deve ter se conscientizado de que o seu cargo não lhe torna intocável. ///Na Feira Agroindustrial de Santarém iremos encontrar desfilando e estendendo a mão a todos, numa cortesia sem par, muitos candidatos. Alguns merecem um aperto de mão. Outros, de tão falsos podem queimar a mão de quem o faz. O Brasil é o único país em que o Presidente da República usa os poderes que lhes são conferidos para fazer política de forma escancarada em favor da sua candidata, desrespeitando a Lei Eleitoral e usando, como noticia a imprensa, os meios de transportes destinados exclusivamente aos deslocamentos oficiais, não politiqueiros. ///Domingo, será o Dia dos Pais. Da coluna mando a todos os pais santarenos, o meu fraterno abraço. ///Um abraço, para a dinâmica Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social, Dra. Ana Elvira, leitora assídua desta coluna.

Efeito Orllof

José Olivar:

Eu sou você amanhã! Parece que esta é a frase que espelha a situação atual da Prefeita Maria do Carmo. Quando assumiu a Prefeitura, acionou sua Procuradoria para processar Lira Maia por supostos atos de desvio e aplicação irregular de verbas públicas, etc. Agora, que a Controladoria Geral da União (CGU), detectou irregularidades na aplicação de verbas públicas, a própria Maria usa seu Procurador Jurídico para explicar as denúncias sofridas por tais irregularidades de gestão e publicadas no jornal O Liberal, alegando serem infundadas e fruto de denuncismo de partidos políticos. Em resumo: quando o feitiço se volta contra o feiticeiro, este sente a mesma dor de quem já o acusou. É o efeito Orloff!

Concurso de Oriximiná oferta 349 vagas


Vão até o dia 20 deste mês as inscrições para o concurso público da Prefeitura Municipal de Oriximiná. São ofertadas 349 vagas distribuídas em 24 cargos com lotação nas zonas urbana e local. Os salários base variam de R$ 510 (cargos de nível fundamental) a R$ 5.721 (nível superior). O valor da inscrição é R$ 50,00 para todos os cargos.

As inscrições são presenciais e exclusivamente na sede do município, das 08h às 17h, no Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Ciaca) – travessa Santa Luzia, s/n, bairro de São Pedro, Oriximiná (PA). No local, o candidato deverá preencher e devolver o formulário de inscrição e entregar uma cópia do documento de identidade. O cartão de inscrição será entregue no mesmo local, em setembro.

As provas objetivas serão aplicadas no dia 26 de setembro de 2010, no turno da manhã, das 08h às 12h, para os cargos de nível médio e fundamental incompleto. No turno da tarde, das 14h30 às 18h30, para os cargos de nível fundamental completo e nível superior.

O candidato poderá se inscrever separadamente e realizar as provas objetivas nos dois períodos, para cargos em horários de provas diferentes. O concurso oferece vagas para professores de língua portuguesa e inglesa, história, geografia, educação física e matemática (na sede e interior); psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, médicos, técnicos e agentes comunitários.

Maiores informações e download do edital no site da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa: www.fadesp.org.br.

Jornalista desconfia de intenções de entidades que promoverão ato público em Santarém

Recebi do jornalista Jota Ninos o seguinte questionamento sobre a postagem Jovens de Santarém promovem campanha para cobrar melhorias no município

Miguel,

"Sem vínculo partidário e relação com qualquer candidatura eleitoral"...

Difícil acreditar nisso, quando se vê que entidades estão na organização do evento.

A Famcos tem sido o braço do PT no movimento popular, e por muito anos foi ligado à tendência Corrente (desmembrada depois em PT pra Valer - leia-se Ganzer, Faleiro e Zé Geraldo, todos candidatos este ano - e Articulação Socialista - leia-se Roberto Faro, aquele mesmo, da Operação FAROeste...).

Mais recentemente, a Famcos ajudou a eleger o vereador do PT Carlos Jaime, pertencente a um sub-grupo do PT Pra Valer mais vinculado às pastorais sociais da igreja católica. Alguns de seus membros, flertam, inclusive, com o PSOL e já têm entrado em rota de colisão com o PT.

Do outro lado, a Unipop, uma respeitável ONG de Belém, mas que também sempre teve em seus quadros militantes do PT, de várias tendências. Não sei dizer hoje o quanto estão envolvidos com o partido.

De qualquer forma, apesar de ser uma iniciativa válida, questiono por que tal movimento não foi realizado em outro momento e não agora, em plena campanha eleitoral? Será que nenhum de seus integrantes, pela tradição histórica de atuar na estruturas partidárias, estão isentos de fazer campanha para alguns dos candidatos do PT ou até do PSOL?

Espero que eu esteja enganado...

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Nota da redação: E você, leitor, concorda ou discorda do ponto de vista do Jota Ninos?
Mande seu comentário para cá.

PSTU estréia horário eleitoral para o governo

O candidato do PSTU ao governo, Cleber Rabelo será o primeiro a dar as caras no horário eleitoral gratuito, dia 18, quarta-feira. Depois de Cleber entra Simão Jatene, seguido por Domingos Juvenil. Ana Júlia encerra a programação.

A propaganda dos candidatos ao governo irá ao ar às segundas, quartas e sextas, junto com os que disputam vagas ao Senado e à Assembléia Legislativa.

Mas a estréia dos políticos paraenses no horário eleitoral será no dia 17 de agosto, terça-feira, que terá ainda quintas e sábados reservados para deputado federal e presidente da República.

Ana Júlia terá maior tempo no rádio e TV

Confira quanto tempo cada candidato ao governo terá no horário eleitoral gratuito

Ana Júlia (PT) - 7,23 minutos
Simão Jatene (PSDB) - 4,50 minutos
Domingos Juvenil (PMDB) - 3,16 minutos
Fernando Carneiro (Psol) - 1,16 minuto
Cleber Rabelo (PSTU) 1,12 minuto
(C0m informações de Rita Soares)

Jovens de Santarém promovem campanha para cobrar melhorias no município

Por Max Costa

Jovens da periferia de Santarém promovem a partir de amanhã, 12, a campanha “Que cidade queremos para viver?”. Sem vínculo partidário e relação com qualquer candidatura eleitoral, a campanha acontece até o próximo dia 14 de agosto, em diversos espaços de Santarém, e vai cobrar do poder público, melhorias para o município e políticas públicas que garantam os direitos da juventude.

As atividades da campanha acontecerão na Praça da Matriz de Santarém e nas Escolas públicas Ubaldo Corrêa e Aderbal Tapajós, nos bairros Conquista e Uruará, respectivamente. Durante os três dias da campanha, os moradores de Santarém terão acesso, gratuitamente, a apresentações teatrais, danças, atrações musicais, jogos educativos, oficinas, além de palestras educativas.

A campanha é uma iniciativa de 22 jovens da periferia de Santarém, que integram o projeto Boca no Trombone. O projeto é desenvolvido desde outubro de 2009 no município e resulta da parceria entre o Instituto Universidade Popular (Unipop) e a Federação das Associações de Moradores e Centros Comunitários de Santarém (Famcos).

A ideia de realizar a campanha surgiu a partir de encontros formativos e momentos de reflexão promovidos pela Unipop, quando os jovens mostraram indignação quanto à qualidade dos serviços públicos prestados no município de Santarém.

Segundo a educadora da Unipop, Soraia Pinheiro, ao verem que a realidade de Santarém não estava agradando a população, os jovens resolveram tornar público os problemas sociais que afetam a cidade. “A partir da campanha, os jovens pretendem discutir e construir a cidade que queremos, com vida de qualidade e onde todos tenham seus direitos garantidos e respeitados”, afirmou Soraia.

Ela explica que, com a campanha, a Unipop e seus parceiros esperam atrair os olhares da população para as necessidades da cidade, gerando mobilização e propostas concretas, para resultar em ações públicas que solucionem os problemas e garantam a cidadania plena de todos.

Confira a programação:
12/08/2010 – Lançamento da Campanha
-Local: Praça da Matriz
-Horário: 19:30
-Programação:
I- Abertura com a exposição da campanha.
II-Mostra Cultural: Peça teatral do Boca no Trombone, grupo de Hip Hop e poesia
III-Encerramento: Marcelo Kaê e Banda
13/08/2010 – Bairro da Conquista
-Local: Escola Ubaldo Correa
-Horário: 8:30 a 13:30
-Programação: Oficinas, Palestra (Educação Ambiental), Lazer
14/08/2010 – Bairro do Uruará
-Local: Escola Aderbal Tapajós Caetano Corrêia
-Horário: 8:30 a 13:30
-Programação: Oficinas, Palestra(VFSPA), Lazer
-Encerramento: Com uma atração musical
Oficinas: Pintura em tecido, contação de histórias, fotografia, artesanato com garrafa pet e meta reciclagem.
Palestras: Educação Ambiental e V Fórum Social Pan-Amazônico (com tema voltado para a juventude)
Lazer: Jogos educativos.

Mirante do Tapajós

Foto: Dannie Oliveira

Encontro das 4 bacias hidrográficas

Itaituba será palco de um grande encontro das 4 bacias (Madeira, Teles Pires, Xingu e Tapajós), que será realizado de 25 a 27 deste mês.

A coordenação do evento esperar mais de 500 participantes que lutam contra a construção de hidrelétricas na Amazônia.

Brasil faz as pazes com o bom futebol


No

A Seleção Brasileira fez as pazes com a sua história. Depois de quatro anos entregue a um sistema de jogo defensivo e devotado ao futebol de resultados, um time renovado estreou nesta terça-feira à noite contra os Estados Unidos, em Nova Jérsei, e mostrou que é possível jogar bonito e vencer. Na primeira apresentação sob o comando de Mano Menezes, a equipe foi generosa nos dribles, nas tabelas e na capacidade de surpreender, marcas inalienáveis do futebol brasileiro em todos os tempos. À moda antiga, deu um show de bola e venceu por 2 a 0 (gols de Neymar e Pato). No gramado do New Meadowlands Stadium, desfilou um estilo de jogo que parecia esquecido pelos brasileiros. Ganso, Neymar, David Luiz, Robinho, Ramires, Lucas e Carlos Eduardo retomaram a longa tradição de habilidade do Brasil. Mano optou por uma escalação ousada, com Robinho, Neymar e Alexandre Pato no ataque. O meio-campo começou formado com Lucas e Ramires, além de Paulo Henrique Ganso, camisa 10 e maestro da equipe. Curiosamente, os três estreantes que começaram - Ganso, Neymar e David Luiz – foram os destaques da partida, mostrando maturidade técnica e portando-se como veteranos. Os gols surgiram ainda no primeiro tempo, mas na etapa final a Seleção continuou envolvente e criou diversas oportunidades para ampliar o placar. Sem dúvida, foi uma belíssima estréia.