sexta-feira, 2 de julho de 2010

A insatisfação dos jornalistas brasileiros com a cobertura da Copa do Mundo

Do Blog Jornalismo nas Américas:

A frustração dos jornalistas brasileiros com a cobertura desta Copa é tão grande que chamou a atenção da imprensa internacional. Em uma interessante matéria desta semana, o New York Times contrasta a proximidade e a informalidade na relação entre repórteres e atletas, nos jogos de futebol no Brasil, com a distância imposta pela Fifa – e, antes do Brasil ser desclassificado no jogo contra a Holanda, pelo técnico Dunga.

O jornal dá um exemplo marcante: “Quando Pelé marcou seu milésimo gol, em novembro de 1969, a bola não foi a única coisa a entrar na rede. Um vídeo daquele momento de celebração no Maracanã, no Rio de Janeiro, mostra Pelé entrando no gol atrás da bola e repórteres entrando na área atrás de Pelé.”

Nos estádios brasileiros, repórteres de rádio e TV assistem aos jogos dentro do campo, atrás da linha de fundo e das laterais. Volta e meia conseguem comentários de técnicos e jogadores em momentos importantes da partida. Até a década de 70, acompanhar os atletas até o vestiário era prática comum. “Nos campeonatos brasileiros, a separação entre jogadores e repórteres é às vezes inexistente durante um jogo”, exagera o New York Times.

Na Copa do Mundo, tudo é bem diferente. Só os fotógrafos podem pisar no campo. Repórteres têm que se contentar em acompanhar o jogo de uma sala de imprensa e entrevistar jogadores após as partidas. Mas não há espaço para todo mundo na sala de imprensa, e resta a alguns jornalistas a frieza de um telão. “Isso pode ser um choque para os repórteres brasileiros”, afirmou a Reuters.

Como se isso não bastasse, enquanto a seleção estava dentro do campeonato, a imprensa nacional enfrentou as rígidas regras impostas pelo técnico Dunga, que impediu os jogadores de falarem individualmente com os jornalistas. As entrevistas se limitaram às coletivas de imprensa após os jogos, em uma sala com cerca de 400 repórteres. Em outras Copas do Mundo, diz a Reuters, jornalistas brasileiros costumavam manter contato diário com os jogadores após o treinamento, na chamada zona mista, no caminho para o ônibus da seleção. “A nova política é especialmente difícil para repórteres de rádio, que têm horas para preencher no ar”, diz a agência. As matérias também apontam os privilégios perdidos pela TV Globo: Dunga cancelou entrevistas exclusivas com os jogadores e o acesso facilitado à seleção, causando atritos com a maior emissora do país, que paga mais caro que outros canais pela exclusividade.

Outras notícias relacionadas:

» Fator Dunga: técnicos e jornalistas se enfrentam na Copa do Mundo (Centro Knight)
» "Não leio mais nada", diz Dunga sobre o trabalho da imprensa (Uol)

Depois da derrota, de volta à realidade!


Gilmar


Para refrescar a memória dunguista

Após a eliminação do Brasil diante da Holanda, é bom refrescar a memória do torcedor sobre o trabalho do técnico Dunga:

Por Mauro Cezar Pereira

Dizem que o trabalho de Dunga é “incontestável”, com números “excelentes”, que conquistou “tudo”. Ele obteve expressivos resultados, inclusive sobre rivais como Argentina, Itália e Inglaterra. Nem sempre foi assim. Façamos como o próprio técnico, que costuma pedir aos jornalistas para “refrescar a memória”. Em 2006, empate com a Noruega e 3 a 0 sobre a Argentina de Alfio Basile com apenas dois titulares de hoje, Mascherano e Messi. Novo jogo relevante só na derrota (0 a 2) para Portugal de Felipão. Na escalação, a defesa da Copa: Maicon, Lúcio, Juan, Gilberto e Gilberto Silva. Contra a Turquia, Afonso titular e 0 a 0 no placar.

Copa América: na estreia, México 2 a 0. Depois, 3 a 0 no freguês Chile e fraca atuação no 1 a 0 sobre o Equador. Seria fantástico para Dunga se jogasse apenas contra os chilenos, que no duelo seguinte levaram de 6 a 1. Com o Uruguai, 2 a 2. Jogo sofrível. Nos pênaltis, Pablo García perdeu a chance de definir. Lugano errou e a vaga na final foi para o Brasil, que pouco mostrara. Na decisão contra a Argentina, aula de contra-ataque, 3 a 0 e título que ofuscou os muitos maus momentos. Mas eles voltariam nas Eliminatórias, em empates na Colômbia e no Peru. Houve os 5 a 0 sobre um Equador em crise, que três dias antes perde–ra em casa para a Venezuela. Eram más atuações até em vitórias, como nos 2 a 1 sobre o Uruguai, quando a torcida chegou ao Morumbi pedindo Rogério Ceni e foi embora aplaudindo Julio Cesar.

Em 2008, história: a primeira derrota para a Venezuela. Nova queda (0 a 2) diante do Paraguai e empate sem gols com a Argentina em noite de vaias dos mineiros ao técnico e aplausos a Messi. Reação veio nos 3 a 0 sobre o… Chile, claro. Os venezuelanos também imaginaram ser possível encurralar os brasileiros, ofereceram o contra-ataque e levaram 4 a 0. Já no Brasil, pífios jogos sem gols com Bolívia e Colômbia. No amistoso com Portugal, 6 a 2! Logo depois, Julio Cesar segurou o bombardeio do Equador, que finalizou mais de 30 vezes em Quito.


Banco da Amazônia: Abidias comemora e a categoria, pena!!!

Veja o que acontece no Banco da Amazônia, denunciado no bom sítio da Aeba. E veja o que mais se ouviu durante a visita às agências:“Se trabalha muito, mas não se vê o resultado esperado”. Leia a denúncia:

Em seu último comunicado aos empregados do Banco da Amazônia sob o título “Presidente Lula vibra com resultado histórico do Banco” o presidente Abidias Junior, mais uma vez, festeja sozinho e busca esconder por debaixo do tapete a real situação que o nosso Banco atravessa, de queda nos seus resultados, operando no vermelho, cujos prejuízos estariam na casa de 60-70 milhões (cinco primeiros meses de 2010) e o crescimento da insatisfação no seio da categoria em razão do processo de reestruturação e reivindicações, já históricas, não atendidas até o momento, entre as quais a solução da CAPAF, previdência complementar para os novos empregados, Plano de Saúde, PLR nos critérios da Fenaban, novo PCCS que contemple as peculiaridades de cada cargo/função, isonomia de direitos entre antigos e novos empregados, metas abusivas, assédio moral e isenção e ou redução de tarifas e juros bancários para a categoria.

No final de junho passado, para atestar essa realidade, diretores da AEBA e do Sindicato dialogaram com a categoria nas agências da Cidade Nova, Castanheira e Pedreira, onde foram levantados inúmeras irregularidades que penalizam ainda mais os trabalhadores, as quais destacamos:

Agência Cidade Nova
Sobrecarga de trabalho devido falta de pessoal. Uma situação agudizada no processo de reestruturação, deficiência de treinamento do pessoal, processos tecnológicos ineficientes (o sistema tem travado ao menos 4 vezes ao dia, problemas na conciliação do caixa eletrônico, etc.), deixando os caixas executivos à mercê da sorte, pois só faltam apanhar dos “furiosos” clientes. Além dessas considerações foram relatados problemas de infra-estrutura, como as questões vinculadas ao sistema de ar-condicionado, que deve ser imediatamente resolvido para que os trabalhadores e os usuários do Banco não sejam “assados” nesse forte verão 2010, cujas temperaturas estarão em média 2°C acima do de 2009.

Agência Castanheira
Sobrecarga de trabalho, a tal ponto de muitos colegas não se disporem a assumir outras funções, quadro funcional deficitário e falta de treinamento para melhor desempenho das tarefas e problemas nas estruturas internas e externas, inclusive em relação à copa e ao estacionamento. Há também denúncia da prática de assédio moral por parte da gerência a alguns funcionários.

Agência Pedreira
Nesta unidade foram denunciadas as metas abusivas e as sobrecargas de trabalho, também frutos do processo de reestruturação; fragilidade do processo tecnológico, que dificulta a performance laboral e irrita os usuários, e deficiências na política de segurança bancária, com aumento significativo no número de assaltos na modalidade de “saidinha”, facilitados pela concentração de ambulantes no entorno da agência, gerando ainda mais insegurança aos cliente e bancários que lá atuam.

Enfim, a realidade detectada nessas agências também está presente na maioria de outras agências e unidades. Ou seja, são comuns denúncias de que os colegas são forçados a trabalhar de 10 a 12 horas diárias sem a devida contraprestação de pagamento de horas extras, e que muitas vezes, essas horas não são anotadas pela falta de ponto eletrônico. São exemplos que ocorrem cotidianamente, por exemplo, nas agências de Bragança e Abaetetuba, entre outras, assim como na gerência de tecnologia.

“Se trabalha muito, mas não se vê o resultado esperado”.

Essa frase foi a mais dita pela categoria em todas as agências visitadas. Os empregados demonstraram certo conhecimento e temor do momento pelo qual o Banco passa, de resultados pífios e acúmulo de prejuízos, que ameaçam não só as conquistas de melhores condições de vida e de trabalho dos trabalhadores (como por exemplo, a PLR nos moldes da Fenaban) como também o futuro do Banco da Amazônia que, aos poucos, com a implantação do novo modelo negocial, vai se distanciando de sua missão histórica de se constituir enquanto uma instituição financeira voltada, prioritariamente, para o desenvolvimento sustentável da região amazônica.

Como se vê, os empregados do Banco além de não terem seus direitos respeitados convivem com um ambiente de trabalho altamente desfavorável, inclusive para atender ao anseio do presidente de “buscar o recorde na contratação de FNO”.

Fortalecer nossa luta, inclusive em defesa da missão histórica do Banco
Para contrapor essa realidade a AEBA e o movimento sindical bancário (Seeb’s, Fetec_CN e Contraf-CUT) estão atuando para fortalecer a mobilização da categoria no Banco da Amazônia, seja pressionando o Banco para atender às reivindicações básicas, como por exemplo, o reajuste do Reembolso Saúde, como também ações jurídicas e de planejamento da Campanha Nacional dos bancários 2010.
Durante a realização da Conferência Regional da Fetec-CUT/CN, em Brasília, a AEBA, o Sindicato e a Contraf-CUT se reuniram com o DESTpara apresentar a situação da categoria e suas principais reivindicações, pois o Banco tem criado dificuldades para o seu atendimento. Reivindicações essas, que deverão ser aprimoradas e reafirmadas no II Congresso dos Empregados do Banco a ser realizado no próximo mês de julho em Belém/PA.

Caso Sefer: O complexo ato de fazer justiça

Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal

Julgar é o mais difícil dos atos humanos. Tanto no cotidiano das relações informais quanto – e, sobretudo – na atividade jurisdicional propriamente dita. Não por outro motivo, os juízes costumam ser bem pagos (mais do que qualquer outro servidor público) e respeitados, quase divinizados. A magistratura é um círculo virtuoso que quase se assemelha ao Olimpo grego. Os deuses eram apenas alguns patamares superiores aos humanos. Os magistrados estão muitos corpos além do comum dos mortais.

Julgar bem exige um adequado conhecimento das leis, de suas interpretações e dos julgados que consolidam sua aplicação, conquista de muitas e exaustivas leituras. Porém, só esse direito positivo satisfaz cada vez menos. A sociedade, armada de ferramentas mais numerosas para acompanhar e avaliar o funcionamento do serviço público, inclusive em tempo real, pressiona, cobra ou interfere sobre as decisões da justiça. Uma ponderação equilibrada da justiça codificada ao seu contexto social, do papel à realidade, constitui o mérito maior dos melhores magistrados. É este também o maior desafio que se impõe ao poder judiciário atualizado ao seu tempo.

Um caso concreto da justiça do Pará exemplifica essa complexidade. A desembargadora Vânia Bitar Cunha provocou uma onda de críticas e denúncias contra sua deliberação, de conceder habeas corpus para manter em liberdade o ex-deputado estadual do DEM (hoje, do PP) Luiz Afonso Sefer. Ele fora condenado em 1º grau a 21 anos de prisão pela juíza Graça Alfaia, titular da vara dos crimes contra a infância e adolescência, por abuso sexual de uma menor durante quatro anos. A pedofilia é um dos crimes mais repulsivos e mais repudiados socialmente. Cresce a onda de indignação da sociedade contra os pedófilos.

A desembargadora foi acusada de ter favorecido o ex-parlamentar porque o advogado de Sefer também é o defensor de um filho da magistrada, num caso de atropelamento e fuga. Na época, a pergunta que vinha das ruas era se o atropelador fosse um cidadão comum teria conseguido esse benefício, escapando ao flagrante.

A desembargadora não ignorou as críticas. Ao contrário da maioria dos seus colegas de toga, as enfrentou. Disse que sua decisão foi tomada por convicção e não pelo nome da parte ou do seu advogado. Salientou que o advogado Osvaldo Serrão atua pago na defesa do seu filho – e bem pago, como costumam ser os criminalistas que conseguem façanhas semelhantes na lide judiciária. A situação pessoal em nada interferiu no desempenho de ofício, sustentou a desembargadora, apresentando a fundamentação da deliberação de conceder o alvará de liberdade para o ex-deputado.

Além da associação de idéias e das conjecturas lógicas, nenhum dos críticos do ato da magistrada apresentou provas da acusação ou robustas evidências em seu favor. Assim, prevalece o argumento da desembargadora. Mesmo deixando completamente de lado essa argüição de suspeição, sua convicção em favor do réu admite objeções. Em primeiro lugar, pela natureza do crime: hediondo. Depois, porque da outra vez em que contra ele foi expedido um mandado de prisão, Luiz Afonso Sefer tentava evadir-se. Mesmo preso, foi solto por outro habeas corpus concedido pelo desembargador José Maria do Rosário, que também provocou controvérsias (o beneficiado teria que se apresentar perante o magistrado, o que acabou fazendo, mas não na data determinada pela decisão inusual).

Também porque, embora manifestasse indignação e se declarasse inocente, Sefer preferiu renunciar ao mandato de deputado a enfrentar todas as provas opostas à sua presunção de inocência. Significava dar mais importância ao poder derivado da condição de deputado (mais um dos cidadãos mais iguais do que os outros na mais desigual das repúblicas do mundo, a brasileira) do que à honra pessoal. Ainda mais porque a mácula tinha a tonalidade negra decorrente do crime que lhe foi atribuído, de pedofilia. E, finalmente, porque parecia evidente a movimentação do ex-parlamentar e família sobre testemunhas do caso. No dia da apresentação da sentença pela juíza Graça Alfaia, os Sefer comandaram uma grande manifestação em frente ao fórum criminal de Belém para pressionar e criticar a magistrada pelo seu ato.

Uma estrita leitura dos comandos normativos do código penal talvez fosse o suficiente para a concessão do habeas corpus, como fez a desembargadora Vânia Bitar. Uma análise considerando as circunstâncias sociais do processo, o contexto que o situa no tempo histórico e na realidade concreta talvez recomendassem a rejeição do chamado (pelos advogados) “remédio heróico” e a confirmação da ordem de prisão contra Sefer. Ele foi condenado por duas vezes pelo atual titular e pelo anterior da vara especializada, que fizeram exaustiva análise dos autos do processo, com base no inquérito policial, nos laudos periciais, no parecer do Ministério Público e nas sessões das comissões parlamentares de inquérito (federal e estadual), unânimes em apontar o crime praticado pelo ex-parlamentar. Não só o de abuso sexual, mas também o de trabalho infantil doméstico.

Por isso, a deliberação de segundo grau precisa considerar na sua decisão, por enquanto apenas liminar, que o poder institucional dê ao conteúdo dos autos do processo instaurado contra Luiz Afonso Sefer a resposta que as informações neles contidas exige. Ou, mais uma vez, a formalidade obtusa será o biombo para a fuga dos que têm colarinhos suficientemente brancos. E os brancos, como se sabe há séculos, se entendem.

Memória de um povo

Lúcio Flávio Pinto, no JP que está nas bancas de Belém:

No dia 22, em que Santarém completou 349 anos, a editora O Estado do Tapajós lançou um livro que deverá se tornar referência para a história do município e de toda região. Memória de Santarém (420 páginas em formato grande e capa dura, R$ 60) não é uma história sistemática. À semelhança desta seção, trata do cotidiano de Santarém ao longo do século passado, com ênfase nas décadas de 40 a 70, mas também volta à cidade que encantou os viajantes estrangeiros do século XIX (como o francês Hercule Florence, que pintou-lhe a aquarela aqui reproduzida, em 1822, durante a expedição Langsdorff).

O livro representa o esforço de salvar a história recente de Santarém da dilapidação, diluição e esquecimento. À falta de iniciativas sistemáticas e aglutinadoras, reúne um conjunto de dados e análises que servem de trilhas para que o leitor se identifique e se situe no passado, e o utilize como ferramenta para se posicionar hoje e amanhã. São informações extraídas de jornais, livros e mesmo documentos inéditos.


Elas mostram que Santarém não é um acampamento montado às pressas para abrigar pessoas em trânsito, em busca de sucesso mocasional e individual. Seus personagens participaram ou continuam a participar da construção de uma comunidade, de uma cidade, de um município e de um Estado, transmitindo entre si suas experiências e anseios.


O livro resultou de um suplemento quinzenal que escrevo no jornal O Estado do Tapajós há quatro anos e só se tornou possível pelo apoio e entusiasmo do editor da publicação, Miguel Nogueira de Oliveira, e de uma equipe de edição. O produto é de qualidade suficiente para que Memória de Santarém possa circular em qualquer lugar do mundo. Em Belém, a partir da próxima semana.

Missionários especializados para a Amazônia



Rádio Vaticano:

Brasília, 02 jul (RV) -
O Centro Cultural Missionário (CCM), a Comissão para a Amazônia e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), formou, de 9 a 30 de junho, a 1ª Turma Missionária com enfoque exclusivo para a Amazônia.

O evento, que teve como tema “Pescadores de gente para a vida (Lc 5, 10)”, reuniu cerca de 29 pessoas, sendo dois leigos; um diácono permanente; oito padres e 18 religiosas, vindos das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Leste, Oeste e Sul do Brasil, e uma da Itália.

Segundo o diretor do CCM, Padre Estêvão Raschietti, a finalidade do curso foi oferecer uma preparação humana, espiritual, intelectual e prática a presbíteros, religiosos, leigos, enviados a regiões tipicamente missionárias como a Amazônia.

Padre Estevão explica que se procura ajudar a aprofundar as motivações pessoais, a própria compreensão da missão, a visão mundial dos desafios missionários, o processo de encontro com as outras culturas, os fundamentos bíblicos e teológicos da missão e a espiritualidade missionária.

Para a coordenadora do curso, irmã Maria Irene, a iniciativa foi importante para nortear os missionários antes de começarem a missão: “Antes de se hospedar em terras alheias, o missionário deve conhecer a realidade do lugar e seu contexto” - destacou.

Segundo o assessor da Dimensão Missionária da CNBB e Secretário Executivo do Conselho Missionário Nacional (COMINA), Padre José Altevir da Silva, a formação dos missionários para a Amazônia passa pela possibilidade da formação da sensibilização daquele povo. “Não é apenas chegar lá e achar que vai conseguir mudar tudo. Se alguém for com esse pensamento, não acontecerá nada. Precisa unir-se ao povo, ser um deles, assim você conquistará o sentimento amazônico, se tornará um deles de verdade” - destacou.

Durante o curso, os participantes estudaram três grandes temas: “A missão hoje: dimensão humana, histórica e teológica”; “Desafios para a missão hoje: o mundo e a Amazônia”; e, “O sujeito da missão hoje: memória, projeto e seguimento”. A segunda turma será formada entre os meses de setembro e outubro de 2011.
(CM)

Manchetes desta sexta-feira de O Estado do Tapajós

Helenilson é vice de Jatene. Ana tem apoio de 13 partidos
Campanha eleitoral paraense vira um strip-tease moral

Hospital Municipal não tem médico de plantão em dia de jogo do Brasil

Santarém incluída no PAC cidades históricas

Começam as filmagens de Tainá 3 em Alter do Chão

Maurício culpa Antônio Rocha por sua exclusão em chapa de deputado estadual do PMDB

Feirantes perdem vendas e produtos por causa de atraso de ônibus

Contran determina curso obrigatório para mototaxistas

Festa da integração reúne nordestinos em Mojuí dos Campos

Pistas da rodovia Fernando Guilhon recebem asfaltamento

Governo contrata Oscip para pesquisar biodiversidade em área indígena no Trombetas

Cerpa é eleita pelo voto popular como a melhor cervejaria de 2009

Serra e Dilma continuam empatados, diz o Datafolha

Blog do Josias

Fernando Donasci e Sérgio Lima/Folha

A 46 dias do início da propaganda eleitoral televisiva, José Serra e Dilma Rousseff permanecem tecnicamente empatados, informa pesquisa Datafolha.

Serra amealha 39% das intenções de voto. Dilma, 38%. Marina Silva parece com 10%. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Em pesquisa feira nos dias 20 e 21 de maio, o Datafolha apontara empate de Serra e Dilma em 37%. Marina tinha, então, 12%.

O quadro de empate técnico se mantém no cenário de um eventual segundo turno: Serra, 47%; Dilma, 45%. Em maio, ele tinha 45%. Ela, 46%.

Os pesquisadores do Datafolha foram ao meio-fio na quarta (30) e na quinta-feira (1º).

Ouviram-se 2.658 eleitores em todo país. Desse total, apenas 5% responderam que tencionam votar branco ou nulo. Outros 9% ainda não sabem em quem votar.

Incluindo-se os presidenciáveis nanicos no páreo, o empate permanece, informa o Datafolha. Serra tem 39%. Dilma, 37%. Marina, 9%.

A sondagem indica que Serra deve a manutenção de seus índices nos patamares de maio à superexposição televisiva.

Entre o final de maio e o junho, o tucano protagonizou três programas partidários: DEM, PSDB e PTB. Dez minutos cada um.

Segundo o Datafolha, 50% dos pesquisados declararam ter visto alguma das peças estreladas por Serra.

Os efeitos da TV são mais perceptíveis na pesquisa espontânea, em que os pesquisados se manifestam sem que lhes seja exibida a lista de candidatos.

Em maio, Serra beliscava 14% na sondagem espontânea. Agora, tem 19%. Dilma subiu de 19% para 22%. Marina manteve-se no mesmo patamar: 3%.

A exemplo da pesquisa de um mês atrás, a nova rodada do Datafolha aponta para a perspectiva de crescimento de Dilma.

Por quê? Nas respostas espontâneas, 5% declaram que vão votar em Lula, que não será candidato.

Outros 4% afirmam que votarão no nome que o presidente indicar. E 1% diz que votará no “candidato do PT”.

Caiu a taxa de rejeição de Serra. Em maio, 27% diziam que não votariam nele de jeito nenhum. Agora, 24% o rejeitam.

A taxa de rejeição de Dilma se manteve em 20%. O índice de Marina também não se alterou: 14%.