Ferreira da Costa*
De acordo com relato do jornal "A Vanguarda" (21.07.1945) o atacante Assis que era do Remo resolveu ir para o Paysandu, naquela temporada. O jogador já no seu novo Clube informou que precisava ser operado. O Paysandu providenciou a cirurgia com o médico Prisco dos Santos, um dos mais renomados cirurgiões daquela época. O Papão pagou a operação e providenciou o Cartão do Atleta, a fim de que Assis estreasse com a camiseta alvi-azul já no primeiro Clássico Re x Pa, marcado para o dia 22 de julho, pelo 1° Turno do Campeonato Paraense, pré-escalado para a ponta-esquerda.
Naquela época o Paysandu concentrava seus atletas na própria sede, à Av. Nazaré, onde faziam também as refeições. No dia 20/07, dois dias antes do jogo contra o Remo, Assis almoçou na sede bicolor, concentrado que estava junto aos demais craques alvi-celestes. À tarde, pediu para dar uma volta pela Cidade e foi liberado. Na saída, encontrou-se com Jorge Age, um dos mais influentes dirigentes azulinos nesse tempo e em todos os demais. Jorge Age teria "conversado" com o jogador Assis a propósito de sua transferência.
A palestra teve como resultado o retorno do avançado Assis para seus "pagos', não mais dando as caras no Paysandu, que se já estava com seu time escalado para enfrenatr o Remo, com Simeão no gol e Assis, na ponta-esquerda, teve que substituir os dois, o primeiro por motivo de contusão horas antes da partida e Assis pela debandada.
O Paysandu possuia uma forte e temida equipe, era tri-campeão e nesse jogo contra o Remo acabou vencendo-o por 7 x 0, em Antonio Baena. Palmério substituiu Simeão e Soiá entrou na vaga de Assis, na ponta-esquerda. Soiá marcou três gols e nunca mais se falou em Assis nas hostes alvi-azuis...
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* Divulgação do Livro "A História do Campeonato Paraense" a ser lançado pelo jornalista Ferreira da Costa, em parceria com a Federação Paraense de Futebol, logo após a decisão do Campeonato Paraense de 2011.
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