quinta-feira, 17 de abril de 2008

CANOÍSTAS SE AVENTURAM EM EXCURSÃO RUMO A BELÉM

Uma alucinante aventura á remo pelas águas da Amazônia. Este é o tema da I Expedição Santarém-Belém, que reúne quatro canoístas paraenses que em 20 dias devem percorrer 970 quilômetros para chegar até a capital do estado. A saída aconteceu na segunda-feira (14), do Terminal Fluvial Turístico de Santarém e conta com a participação de um atleta super especial, o canoísta José Coelho (Belém), deficiente físico e amante do esporte há muitos anos. Além dele, integram a expedição Evaldo Malato (Belém), Ivaldo Rostand (Santarém) e Jaime Godinho (Santarém). A expedição tem como objetivo inserir Santarém no calendário oficial e na rota da Confederação Brasileira de Canoagem.
A idéia de descer o rio Amazonas rumo a Belém foi do canoísta Evaldo Malato, professor de Educação Física que já viajou grande parte do país. "Iremos fazer dessa expedição uma das mais famosas do país e ao longo de anos, convidaremos mais atletas para participar. Vamos exaltar a nossa Amazônia", entusiasmado, Malato despediu-se de Santarém. Na bagagem leva apenas alguns litros de água, e uma alimentação balanceada com cereais e comidas leves e um microssystem para acompanhar as notícias do Pará.
Para Ivaldo Rostand, o único canoísta que já desceu o trecho, a experiência de apresentar as belezas naturais da nossa região aos novos desbravadores será maravilhosa. "Será a segunda vez que irei descer o Amazonas, mas tenho a responsabilidade de guiá-los e levá-los em paz até Belém. Contudo, tenho certeza que vai ser tranqüilo, sem problemas", falou o canoísta, nascido na comunidade de Uricurituba e que há mais de 17 anos se dedica ao remo. "É um prazer viajar e fazer o que gosto. Minha vida sempre esteve ligada ao rio, a pesca e aventura", destacou.
Por sua vez, o esportista José Coelho, que já participou de competições importantíssimas como o Para-Panamericano, no Rio de Janeiro, a descida do Amazonas é a realização de um sonho e mais uma prova de superação. "Não há fronteira a ser vencida pelo deficiente, a não ser o preconceito. Quem quiser desbravar o mundo pode vir", contou.
Enquanto os canoístas se despediam de Santarém, as esposas pediam apoio das empresas da região afim de que pudessem ajudar a sanar as despesas da viagem. "É complicado a gente ver os nossos maridos em busca de um sonho, que visa chamar atenção da população da necessidade de preservar a nossa Amazônia e divulgar suas belezas naturais para o mundo, sem que ter apoio. Eles só foram porque a Associação dos Canoístas de Belém arcará com as despesas, caso contrario, ficariam em Santarém", disse a professora de canoagem Vanderléia Castro esposa de um dos canoístas, acrescentando que os empresários infelizmente fecham as portas quando se trata de patrocínio. "Nós já cansamos de ir atrás. Eles não estão a fim de cumprir o papel social de ajudar o esporte", lamentou Vanderléia.
Contudo, o último dia em terra firme foi só alegria e muita expectativa. O caçula da viagem é o canoísta Jaime Godinho, oriundo da comunidade de Anã, região do rio Arapiuns. Vai ser a primeira vez que ele desce o Amazonas rumo a capital do estado. Segundo ele, dias de dedicação e muito treino foram essenciais para que os 970 quilômetros sejam vencidos a tempo. A previsão de chegada dos canoístas á Belém é para o dia 06 de maio.

4 comentários:

Anônimo disse...

Remar somente nao sensibilizara ninguem a nao ser as proprias companheiras. Antes de falar mal de empresarios, deveriam ter pelo menos a capacidade de fazer um plano de negocios e justificar qualquer tipo de retorno a quem fizesse a loucura de custear esse evento egocentrico e despropositado.Vao remar para refletir, aproveitem a "viajem".

Anônimo disse...

Amigo voce que nem sequer teve a coragem de identificar-se, deveria ficar calado e apenas aplaudir os que estão fazendo, os comentarios de nossa amiga Professoras são altamentes construitivos, infelismente não somente os empresarios como a propia sociedade ainda não valorizam o Esporte da forma que nossa equipe esta praticando, com responsabilidades sociais e ambientais é só interessam por esportes de rendimentos e voce deveria e se envergonhar por nada ajudar-nos a não ser ficar atrapalhando-nos.
Mais não se preocupe fazermos o que fazermos sustentados pela Lei numero um de Jesus, por amor e ponha amor nisso.
Receba nossas saudações canoisticas
Evaldo Malato - Diretor tecnico da AECAVBEL e da expedição em destaque.
Fique com DEUS.

Unknown disse...

O comentário negativo feito por esse anônimo covarde, emporcalhando as páginas do grande Estado do Tapajós on line, por certo deve ter sido promovido por algum mau empresário que não ajuda em nada eventos como esses, preocupado que deve ser em apenas surrupiar o consumidor. Com certeza viaja para a Europa, São Paulo e outras lugares, enquanto que atletas pobres de incentivos navegam a remo pelas águas do Rio Amazonas, como verdadeiros idealistas da existência. Na certa esse indivíduo não sobre nem escadas rolantes e lesa todos os dias o fisco. Parabéns a vocês, entusiastas da vida, do esporte e da coragem de vencer obstáculos. Deixem os invejosos para trás. Parabéns ao Estado do Tapajós pela divulgação dessa aventura.

ivaldorostand disse...

Amigo,
Aqueles que dizem que não dar para fazer devem sair da frente daqueles que estão fazendo ...
A verdadeira beleza esta em nossos corações e é muito feio ser invejoso.
fique com DEUS e procure se curar desta molestia
Ivaldo Rostand