Da redação de O Estado do Tapajós
A ex-delegada de Polícia Civil Anna Shirlene Modesto Falcão, exonerada do cargo no dia 14 de janeiro pela governadora Ana Júlia, até hoje à tarde não havia devolvido uma viatura e ainda estava com as chaves da Delegacia da Mulher da cidade de Itaituba, Sudoeste do Pará. O veículo(foto acima) continuava guardado na casa da ex-delegada, exonerada por causa de envolvimento com uma menor no município de Medicilância.
Segundo fontes da Polícia Civil, o delegado Tiago Rabelo abriu inquérito policial por causa da não devolução das chaves do veículo e da delegacia e vai pedir mandado de busca e apreensão. O veículo ainda estava estacionado sob uma caixa d água na casa de Ana Falcão, sem poder ser usado pela Polícia Civil de Itaituba, que já dispõe de poucos veículos.
Segundo informações da polícia, a delegada ficou mais de um mês com as chaves do carro e da delegacia e hoje informou que as teria mandado para Belém. O delegado corregedor Edinaldo Silva está na cidade investigando a situação e colhendo depoimentos, inclusive de jornalistas e pessoas que se dizem ameaçadas pela delegada.
Em entrevista a uma rádio da cidade, Ana Falcão disse que estava sendo perseguida e quem estava contra ela iria se arrepender.
Transgressão - A governadora Júlia Carepa assinou no dia 14 de janeiro a portaria demitindo a delegada Anna Falcão, por transgressão disciplinar. A delegada respondia a processo administrativo disciplinar acusada de aliciamento de menores. Anna Falcão atuou na Delegacia de Polícia de Medicilândia, de abril a dezembro de 2005, onde morou com a família de Maria Eunice Gomes Carneiro, ocupando uma cama de solteiro num cômodo da casa, no qual dormiam duas adolescentes, ambas com 15 anos.
Maria Eunice disse que 'as meninas dormiam em colchonetes'. Ela acrescentou que Anna Falcão, 'além de levar armas de fogo para dentro de casa', tentou interferir nos problemas da família. “Certo dia eu vi a minha filha dormindo na cama da doutora Anna Falcão enquanto ela tomava banho”. A mãe questionou a filha porque a mesma dormia na cama da delegada, ela respondeu que “a doutora” chamou-a para dormir com ela “e acabei dormindo e quando me acordei ela estava passando a língua na minha costa”.
Depois de conversar com a filha, a mãe descobriu mais detalhes do relacionamento entre a delegada e sua filha, o que culminou com uma denuncia ao Conselho Tutelar daquela cidade. Maria Eunice acrescentou que, depois de algum tempo, desconfiou do relacionamento porque 'era um chamego da doutora com a menina'. Ela acrescentou que 'a doutora, um dia, brigou para minha filha abrir a porta do banheiro enquanto a menina tomava banho'.
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