Os produtores de madeira do estado do Pará afirmam que o déficit dos planos de manejo florestal, a ausência de zoneamento sócio-econômico ambiental e o atraso nos processos de concessão de florestas públicas impedem a exploração legal dos recursos naturais e favorecem o desmatamento sem controle na Amazônia.
Segundo o presidente em exercício do sindicato das empresas madeireiras no município de Tailândia, João Batista Medeiros, "a demanda pela matéria-prima é muito grande e a oferta legal, muito pequena". Ele afirma que nesta situação "a maioria das empresas toma a iniciativa" e não consulta o sindicato quanto à autorização para extrair madeira.
Luiz Carlos Tremonte, presidente do Sindicato da Indústria Madeireira do Sudeste do Pará, contabiliza que os produtores têm uma demanda de exploração de mais de 12 milhões de metros cúbicos de madeira por ano, mas as autorizações da Secretaria de Meio Ambiente do estado somaram apenas 3 milhões de metros cúbicos no ano passado.
Segundo o produtor, há mais de três anos a lei autoriza a concessão de floresta pública, mas ainda não houve licitação no Pará. Ele defende a necessidade de um levantamento socioeconômico e ecológico, que determine os locais e percentuais autorizados para a retirada de árvores.
(Agência Brasil)
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