quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Licitação para linha de transmissão na Região Norte ocorrerá neste semestre

Raimundo Pinto
Pará Negócios

A licitação para as obras da linha de transmissão de energia Tucuruí–Macapá–Manaus, que integrará a Região Norte ao Sistema Interligado de Nacional (SIN), ocorrerá ainda neste semestre, informou nesta quinta-feira (14) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, como informa a Agência Brasil.
Ao divulgar os projetos incluídos na revisão do Programa de Expansão de Transmissão (PET), para o período 2008–2012, Tolmasquim disse que o trabalho deve estar concluído até 2011. Chamado de “linhão”, o empreendimento está orçado em R$ 3,7 bilhões e envolve um conjunto de sete linhas de transmissão, totalizando 1.811 quilômetros de extensão.
A licitação ocorrerá em três lotes.
O primeiro lote (A) inclui as linhas de transmissão (LTs) Tucuruí 2–Xingu, orçada em R$ 402,1 milhões e com 264 quilômetros de extensão e a Xingu–Jupari, ao custo de R$ 405,50 milhões, com 257 quilômetros.
O segundo lote (B) envolve as LTs Jupari–Laranjal (95 quilômetros) e custo estimado de R$ 76,93 milhões, Laranjal–Macapá (244 quilômetros) e custo de R$ 182,78 milhões, e Jupari–Oriximiná, de 370 quilômetros de extensão e custo de R$ 563,68 milhões.
O último lote (C) será composto pelas LTs de Oriximiná–Itacoatiara, de 370 quilômetros e custo de R$ 560,21 e a de Itacoatiara–Cariri, com extensão de 211 quilômetros e custo de R$ 343,11 milhões.
O documento com as revisões no Programa de Expansão de Transmissão foi encaminhado pela EPE ao Ministério de Minas e Energia que aprovou o plano e o encaminhou para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a quem competirá realizar as licitações e definir os preços que vão vigorar nos leilões.
Segundo a EPE, além de conectar a maior parte dos sistemas isolados da região Amazônica ao SIN, o “linhão” permitirá a substituição da energia gerada pela queima de combustíveis fósseis utilizados em 15 das 16 usinas que abastecem a região. Isso reduzirá a poluição e o custo da energia, que passará a ser de origem principalmente hidráulica. Tolmasquim ressaltou ainda que o empreendimento possibilitará a redução dos gastos com a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) dos sistemas isolados de cerca de R$ 2 bilhões por ano em valores de hoje. A CCC é um encargo setorial atualmente pago por todos os consumidores brasileiros, que subsidiam a geração termelétrica nos estados do Norte.

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