Denominada Curuá, a nova província mineral é um achado que surpreendeu até mesmo os diretores da Rio Tinto. O potencial é de pelo menos 4 bilhões de toneladas de bauxita de boa qualidade, o que garante a produção por mais de 400 anos.
A empresa teve que parar as atividades de pesquisa na região desde a criação Estação Ecológica Grão Pará, n final do governo Simão Jatene.
A estação ecológica bloqueia entre 85 a 90% da nova província mineral, impedindo qualquer avanço na pesquisa. O restante ficou dentro da Floresta Estadual (Flota) Paru, onde é permitida a exploração, mas o prosseguimento da pesquisa nesta pequena área ainda dependia de uma licença da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. Até mesmo o acampamento montado pela empresa no meio da selva ficou dentro da Esec, impedindo o seu uso pelos pesquisadores.
A área total onde a Rio Tinto estava realizando a pesquisa é de 120 por 9 quilômetros, totalizando cerca de oito mil quilômetros quadrados.
De acordo com Cláudio Coimbra, gerente de projetos da empresa, apenas 22% desta deste território seria a área de lavra, onde a maior quantidade de bauxita está concentrada. A área de pesquisa representa apenas 0,7% de todas as áreas de proteção ambiental do Pará e 2,8% de todas as áreas de proteção integral do Estado.
Pelas pesquisas realizadas até agora é possível prever a implantação de um mega projeto de mineração na região, que inclui a extração da bauxita em mais de 70 platôs (área mais alta onde o minério está localizado), processamento inicial da bauxita e a fabricação da alumina, com a instalação de uma refinaria. A expectativa da empresa era que dentro de quatro a oito anos o projeto já estivesse em fase de instalação,
Segundo Cláudio Coimbra, a empresa já investiu 9,5 milhões de dólares nas pesquisas e tinha mais 17 milhões de dólares previstos somente para o ano passado.
(Com informações de Paulo Leandro Leal)
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