segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Urumari tem só um agente de combate à dengue

Gisele de Freitas
repórter


O vereador Valdir Matias Junior (PV) têm recebido reclamações feitas por associações de moradores de alguns bairros santarenos denunciando a falta de agentes endemias para fiscalizar os focos dos mosquitos da dengue. Na falta deles, os próprios Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) estão tratando de conscientizar as famílias e fiscalizar possíveis focos nas casas, entretanto, a saúde familiar fica prejudicada.
De acordo com Valdir, os ACSs deveriam tratar da saúde familiar nos bairros, um trabalho que inclui visitações, e atendimentos básicos como verificação de pressão e pesagem, sendo assim, o agente demora em cada domicílio que visita. Como os bairros não contam com agentes endemias, o próprio ACS realiza este trabalho, que é o de fiscalização e conscientização, dando aos moradores dicas de como prevenir o aedes aegypti, além de realizar o trabalho de saúde familiar.
O vice-presidente do bairro Urumari, Vilberto Sá, afirma que só há um agente comunitário no local e que não está sendo suficiente para atender as 600 famílias residentes. "O ideal era que o agente fosse uma vez por mês em cada domicílio, mas como só tem um profissional no bairro, a visita está acontecendo a cada dois meses ou mais e o local é área de risco porque fica perto do Igarapé do Alagado e tem várias áreas de água parada, inclusive terrenos, além da coleta do lixo estar precária", revela Sá. O vice-presidente garantiu que os guardas de endemias nunca passaram pelo bairro.
Avaliando a situação de prevenção à dengue em Santarém, o vereador Matias Junior acredita que a prefeitura tenha vacilado em 2007, apesar de ter realizado a prevenção nos anos anteriores. "As campanhas de prevenção não podem parar nunca, os mosquitos que já se criaram agora e estão contaminados vão picar as pessoas, a prevenção de agora só vai fazer efeito daqui a uns seis meses" destacou Junior. O vereador relata que muitos agentes trocaram de função na prefeitura não foram substituídos, e acabaram fazendo falta nas campanhas de conscientização.
Em relação à prevenção nos bairros ainda há mais um problema, o carro fumacê que passa pelas comunidades dedetizando as casas não vai ter condições de entrar em algumas ruas em função dos buracos existentes nas mesmas. O vereador destaca como principais problemas os bairros Diamantino e Floresta, além do Vitória Régia em que a prefeitura está realizando uma obra na Rua Everaldo Martins, impossibilitando a passagem do fumacê. "Nas ruas onde o fumacê não passa, vai ficar a cargo dos moradores tomarem as devidas providências para evitar a proliferação do mosquito da dengue" relata Vadir.

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