A Câmara dos Vereadores de Santarém representada pela 5ª Comissão de Meio Ambiente visitou o igarapé do Urumari em atenção ao requerimento pelo Vereador Valdir Matias. Em parceria com os membros do Instituto Sócio Ambiental de Santarém (ISAM) os vereadores Reginaldo Campos, Rivelino Mota, Henderson Pinto e Valdir Matias Jr. averiguaram denúncias de que o leito do manancial estava sendo aterrado por serragem e barro. Durante a visita as serrarias instaladas às proximidades do igarapé foram notificadas pelo ISAM devendo seus proprietários comparecer ainda esta semana, sob pena de serem interditadas, assim como o dono de um residencial que está prestes a ser construído na avenida Moaçara.
As denúncias partiram de membros da Associação de Moradores do bairro do Urumari que estão vendo dia-a-dia o igarapé morrer. "Eu me lembro do tempo que utilizei as águas do Urumari para tomar banho, lavar roupa e outras atividades. Agora não posso levar meus netos para brincar. O Igarapé é só lixo", indignado explicou o líder comunitário do bairro do Urumari, Mario Gomes.
De acordo com Pedro Nogueira, do setor de fiscalização do ISAM, as serrarias já tinham sido notificadas, contudo, não fizeram nada para reduzir o impacto causado com a implantação da atividade. "No ano passado, nós viemos aqui e conversamos com eles. Pedimos que comparecessem no ISAM e não foram. Esta é a segunda vez que notificamos o proprietário, caso ele não compareça iremos interditar o local", falou o fiscal.
Os donos da serrarias alegam que a atividade desenvolvida por eles não prejudica o igarapé. "Apesar de não ter comparecido no ISAM, eu tentei reverter à situação. Nós não deixamos mais serragem perto do igarapé", falou o serralheiro que não possui alvará de funcionamento. Entretanto, o biólogo do ISAM que acompanhava a vistoria, provou que a serragem chega até a margem do Igarapé. "Quando chove, o ele transborda e a serragem é levada junta", falou Pedro Nogueira, estendendo o pedido para que a serragem que possui mais de três metros, acumulada próxima as margens do manancial seja retirada. "Isso não pode ficar aqui. De repente alguém taca fogo e toda esse espaço pode se perder", falou Pedro chamando atenção do serralheiro, que por sua vez, defendeu-se dizendo que o transporte do material está muito caro. "Nesse monte aí, deve dar umas 10 carradas que custarão cerca de R$100. Mas, vou fazer o possível para tirar daí", falou.
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