
As denúncias partiram de membros da Associação de Moradores do bairro do Urumari que estão vendo dia-a-dia o igarapé morrer. "Eu me lembro do tempo que utilizei as águas do Urumari para tomar banho, lavar roupa e outras atividades. Agora não posso levar meus netos para brincar. O Igarapé é só lixo", indignado explicou o líder comunitário do bairro do Urumari, Mario Gomes.
De acordo com Pedro Nogueira, do setor de fiscalização do ISAM, as serrarias já tinham sido notificadas, contudo, não fizeram nada para reduzir o impacto causado com a implantação da atividade. "No ano passado, nós viemos aqui e conversamos com eles. Pedimos que comparecessem no ISAM e não foram. Esta é a segunda vez que notificamos o proprietário, caso ele não compareça iremos interditar o local", falou o fiscal.
Os donos da serrarias alegam que a atividade desenvolvida por eles não prejudica o igarapé. "Apesar de não ter comparecido no ISAM, eu tentei reverter à situação. Nós não deixamos mais serragem perto do igarapé", falou o serralheiro que não possui alvará de funcionamento. Entretanto, o biólogo do ISAM que acompanhava a vistoria, provou que a serragem chega até a margem do Igarapé. "Quando chove, o ele transborda e a serragem é levada junta", falou Pedro Nogueira, estendendo o pedido para que a serragem que possui mais de três metros, acumulada próxima as margens do manancial seja retirada. "Isso não pode ficar aqui. De repente alguém taca fogo e toda esse espaço pode se perder", falou Pedro chamando atenção do serralheiro, que por sua vez, defendeu-se dizendo que o transporte do material está muito caro. "Nesse monte aí, deve dar umas 10 carradas que custarão cerca de R$100. Mas, vou fazer o possível para tirar daí", falou.
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