quarta-feira, 5 de março de 2008

Três perguntas x três respostas - Desembargadora Albanira Bemerguy

José Olivar
Articulista de O Estado do Tapajós

No Dia Internacional da Mulher, a coluna tem a satisfação de fazer uma homenagem especial, à Desembargadora Albanira Lobato Bemerguy, eminente Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que deu a seguinte entrevista:
1) A magistratura tem na senhora o expoente máximo da mulher paraense. Como a senhora analisa sua trajetória no Judiciário? R: Analiso como cumprimento de uma missão a que me propus desde cedo, em prestar serviços à sociedade nessa área tão nobre quanto difícil. Em mais de 40 anos de magistratura, atuando em várias Comarcas do interior, depois na Capital e, por fim, no desembargo, sempre tenho empregado o melhor de meu trabalho e dos meus conhecimentos com esse objetivo. Agora, na presidência do Poder Judiciário, minha longa experiência com as necessidades e dificuldades, inclusive as peculiaridades geográficas e limitações orçamentárias, para a prestação de Justiça no Estado tem valido como referência para as realizações e procedimentos estruturais, funcionais e operacionais, principalmente nos avanços tecnológicos, objetivando superar obstáculos.
2) Santarém foi uma das Comarcas onde a senhora exerceu a Magistratura, aqui deixando vários amigos e boas lembranças. O que isto significou na sua carreira? R: Significou muito. As condições de trabalho e as carências regionais, bem mais sérias e difíceis do que as atuais, me proporcionaram, contudo, um grande aprendizado para superar dificuldades e melhor desempenhar minha função de julgadora. Em Santarém, como em todas as Comarcas em que atuei, amigos e lembranças resultaram de uma postura adequada à função judicante, que sempre exerci com serenidade e responsabilidade. Guardo, naturalmente, boas lembranças, inclusive de natureza afetiva e familiar. Tive a satisfação de conseguir as novas e melhores instalações do Fórum à altura da importância estratégica de Santarém.
3)A Presidência do Tribunal é uma tarefa árdua que a senhora exerce com dignidade e competência. Tal fato ultima suas aspirações pessoais ou ainda há objetivos a alcançar? R: O magistrado sempre aspira chegar ao desembargo e, então, presidir o próprio Poder Judiciário. Menos por mera vaidade, mas pelo dever de também contribuir, como administrador, para responder cada vez mais positivamente aos anseios da sociedade, devolvendo-lhe em eficientes e céleres serviços de Justiça os impostos com que nos remunera. Como disse anteriormente, a magistratura deve ser vista como missão, a ser desempenhada a todo momento, independentemente da instância. Embora, naturalmente, a Presidência seja o máximo a atingir, em nada, todavia, faz cessar o interesse e a dedicação para prosseguir atuando, com a mesma dedicação e responsabilidade, o que prosseguirei fazendo enquanto Deus e Nossa Senhora de Nazaré me permitirem.

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