Miguel Oliveira
Editor-chefe
O governo do estado vai tentar negar.
Os petistas de todas as tendência não vão querer admitir.
Mas o lançamento precipitado da candidatura de Mário Cardoso a prefeito de Belém guarda uma relação intrínseca com a saída de Charles Alcântara da Casa Civil.
Foi imputado a Charles a movimentação de bastidores em busca o apoio de parcela do PT e até do presidente Lula à candidatura de Priante. Por isso, o estado-maior de Ana Júlia aplicou uma dose profilática de 'desjaderização'.
Isto é, o ex-chefe da Casa Civil, que concentrava poderes de nomear a raia miúda, fermento indispensável à manutenção do fisíologismo político, estava também cuidando da articulação política com o PMDB 'ao seu modo', se guiando pela própria imagem do espelho.
- Que rei sou eu?, filosofava Charles.
- Eu sou a rainha!, respondeu Ana Júlia com a caneta de governadora, guiada pelo alterego Puty e pela dupla de hermanos Marcílio e Maurílio.
Aproveitando-se da mexida na Casa Civil, Mário Cardoso colocou seu bloco na rua.
O desfile pela avenida das eleições em Belém começou com a entrevista exclusiva que Mário concedeu ao jornalista Paulo Bemerguy( do site Espaço Aberto) desancando José Priante. Na área de dispersão, o bloco de Mário entrincheirou-se na plenária municipal do PT, sexta-feira. Mas quem pensava que seria ouvida ali a marcha "Quarta-feira de Cinzas", deparou-se com um bem entoado coro da música de Geraldo Vandré, "Pra não dizer que não falei de flores".
A plenária municipal do PT falou de flores, sim senhor.
Falou de rosas vermelhas, para perfurmar a candidatura de Mário Cardoso.
Falou de espada de São Jorge, para apunhalar José Priante pelas costas.
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