domingo, 13 de abril de 2008

"MST não respeita a democracia"

Por Ronaldo Brasiliense

As entidades empresariais paraenses lançam amanhã, segunda, em Belém, o movimento Alerta Pará em meio a um cenário de conflitos desenhado pelo 'Abril Vermelho', do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Será no Hilton, com palestra do filósofo Denis Lerrer Rosenfield.
Nesta entrevista, o presidente da Federação da Agricultura do Pará, Carlos Xavier, fala do movimento e acusa o governo de financiar o MST.
P – O presidente da Vale, Roger Agnelli, chamou os invasores do MST de 'bandidos' e perguntou quem é que financia os sem-terra. O senhor sabe?
CARLOS XAVIER – Em grande parte, o próprio governo. Veja no caso do Incra, que fornece milhares de cestas básicas para os acampamentos dos sem-terra. O triste é ver que a sociedade, que paga impostos, é que acaba financiando um movimento que não tem nenhum respeito pela democracia.
P – As entidades empresariais paraenses vão lançar nesta segunda-feira o movimento Alerta Pará. É uma reação a este estado de violências?
XAVIER – Temos que reagir porque muitos empresários estão deixando de investir no Pará. Os ditos 'movimentos sociais'estão cada vez mais atropelando o Estado de Direito, afastando empreendimentos novos que viriam para o nosso Estado, gerando emprego e renda.
P – Fazer o quê?
XAVIER – As entidades empresariais do Estado vão criar um fundo voltado para a ciência e a tecnologia e a capacitação profissional. Não podemos ficar omissos diante de tanta violência. Vamos à luta.

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