sábado, 19 de abril de 2008

UTI pediátrica do hospital regional prestes a parar

Alessandra Branches
Repórter

Falta de Luvas, diuréticos e materiais necessários para que Hospital Regional (HR) possa desenvolver suas atividades fez com que os médicos que trabalham na unidade que deveria ser de média e alta complexidade enviassem outro documento pedindo que a secretária Laura Rossetti se posicione até o próximo dia 25 deste mês, a fim de solucionar estes problemas, evitando com que o HR pare de funcionar.
Segundo o médico Rodrigo Rodrigues, do Sindicato dos Médicos do Pará, os setores que funcionam no HR serão paralisados aos poucos, atendendo somente os pacientes que já estiverem internados no Hospital Regional que tem capacidade para internar 120 pessoas e atualmente dispõe de apenas 22 pacientes sob os cuidados médicos daquela unidade.
A UTI pediátrica e a enfermaria clinica já tem poucos pacientes e estão prestes a parar. "De que forma vamos continuar trabalhando se não temos materiais para desenvolvermos as nossas atividades. Não podemos expor a nossa saúde e colocar em risco os pacientes, uma vez que não estão recebendo o tratamento adequado", argumentou o médico lembrando que a decisão foi tomada em reunião no dia 16, no próprio hospital.
"Nós reunimos e chegamos as seguintes reivindicações que já foram levadas até a secretária como a definição de quem realmente vai gerir os recursos para a compra de insumos a fim de abastecer o hospital, e com isso, evitar compras emergenciais que supre apenas a demanda momentânea do HR e não mensal como deveriam ser feitas", destacou o Rodrigo. Além disso, ficou decidido na reunião que os chefes de cada setor do HR, ficariam responsáveis de avaliar e identificar os principais problemas que dificultam o andamento das atividades. "Não podemos receber pacientes se não tivermos materiais para trabalhar. Se até o dia 25, a Secretaria não se posicionar e sinalizar providências quanto as nossas reivindicações será difícil recebermos mais pacientes", destacou.
Quanto às reivindicações passadas, feitas ainda no início do mês, o médico disse que a avaliação foi positiva e que a Secretária honrou os compromissos. "Na verdade, nós reunimos no dia 16, para fazer um balanço das nossas reivindicações e graças a deus tivemos um saldo positivo, já que a SESPA felizmente fez o repasse dos recursos a fim de que os nossos salários referentes ao mês de fevereiro e março fossem pagos. Quanto à definição do modelo de gestão do hospital, a secretária já tinha se posicionado, alegando que a Pro- Saúde teria autonomia para gerir o hospital, cabendo a SESPA apenas repassar os recursos. Contudo, o CIAP recorreu e conseguiu liminar para concluir o contrato. Portanto, temos que aguardar até que a justiça defina quem vai ficar. Mas, estamos cientes de que a Secretária procurou atender os nossos pedidos", observou Rodrigues.
Enquanto isso, os médicos trabalham utilizando os poucos insumos disponíveis e o hospital internando apenas 18% da sua capacidade.

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