domingo, 4 de maio de 2008

As aventuras de um ministro alemão na Amazônia

No Repórter Diário, hoje:

Aperto
O aeroporto de Santarém precisa mesmo de urgente ampliação. Na quinta-feira, agentes federais tiveram que improvisar no sanitário masculino a inspeção ao arsenal que três seguranças do ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Sigmar Gabriel, trouxeram na bagagem. Aos que se aproximavam do sanitário para as ditas necessidades fisiológicas, um agente federal, implacável na “guarita”, barrava a passagem.
Aos passageiros, restou resmungar e olhar feio, com aquela clássica sacudidela de cabeça e riso amarelo.
No ar
Aliás, no avião da TAM que fez o vôo JJ-3893, de Santarém a Belém, na mesma quinta, o ministro alemão sentiu o que é aviação de terceiro mundo. Trajando fino terno, Gabriel se aproximou do assento marcado no cartão de embarque dele e deu de cara com o lugar ocupado por passageiro que, já encarapitado à janela, exibiu, para surpresa geral, o mesmo número de poltrona que o do atônito ministro.
Sem falar chucrutes, ele foi salvo do mico e da mímica com o passageiro pelo embaixador alemão no Brasil.
Corredor
Mas quem disse que o brazuca cedeu lugar? Sem a opção da janela, para contemplar a natureza amazônica, o ministro se contentou com a ajuda de integrante brasileiro da comitiva, que lhe ofereceu poltrona do corredor. Bem pertinho, duas comissárias de bordo faziam de conta que não viam nada. Mas o avião, enfim, decolou, e atrasado, para variar.
No pouso em Belém, derradeira surpresa: o piloto deu baita susto na galera com um violento toque de rodas na pista.
Desconfia-se que o ministro não volta tão cedo.

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