A candidatura Lott
O marechal Henrique Teixeira Lott, candidato à presidência da república pela coligação PSD-PTB, passou os dias 29 e 30 de março de 1960 em Santarém. À noite fez comício na praça da Bandeira, seguindo para um banquete de 150 talheres no Centro Recreativo, à base de pratos regionais e um "saboroso pudim" como sobremesa, enquanto uma orquestra "alegrava o ambiente com músicas modernas". O candidato e sua comitiva dormiram na residência do coronel Mário Fernandes Imbiriba e seguiram para Porto Velho, capital de Rondônia.
O primeiro orador do comício foi o gerente da agência local do Banco de Crédito da Amazônia, Aldo Lisboa. Falaram depois Everaldo Martins, do diretório local do PSD; Elias Pinto e Ronaldo Campos, pelo PTB; os deputados federais Océlio de Medeiros, João Menezes, Bento Gonçalves, Sílvio Braga e Aurélio do Carmo, candidato ao governo.
Em seu pronunciamento, Lott anunciou a intenção de acabar com irregularidades que sabia existir nas atividades de certos órgãos do governo federal com sede em Santarém, como o BCA, "cuja finalidade é aplicar seus recursos na Amazônia e, entretanto, desvia esses recursos para São Paulo e outros Estados". Prometeu solucionar o problema da Tecejuta, "que se encontra parada por falta de providências". Também se referiu ao projeto da hidrelétrica de Curuá-Una e ao porto da cidade.
Na mesma época foi fundado o Comitê Nacionalista Pró-Candidatura do Marechal Lott, em reunião realizada na casa do comerciante José da Costa Pereira. O presidente de honra era o deputado federal Sílvio Braga e o presidente executivo, o médico Waldemar Pena. Integravam ainda a diretoria: Aloysio Melo, Vicente Malheiros, Emyr Bemerguy. Mário Imbiriba, Francisco Pereira, Daniel Cansanção, Ivan Toscano de Vasconcelos, Wilson Gonçalves, Wanderley Marques de Lima, Metri Nicolau Neto, Raimundo Arinos Pereira, José da Costa Pereira, Ricardo Branches, Guilherme Menezes, Ronaldo Campos, Pedro Vieira e Silvino de Souza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário