No Repórter Diário, hoje:
Sem alarde, a bancada estadual do PT e o Diretório Regional do partido fizeram ontem reunião secreta e de emergência para avaliar a postura do governo Ana Júlia frente à greve dos professores. Por unanimidade, os deputados petistas decidiram não chancelar a criminalização da greve, como deseja o governo, que ajuizou ação pedindo a decretação de ilegalidade. O presidente do partido, João Batista Silva, ficou encarregado de convencer a governadora a recuar. Além da convicção, pesou na condenação petista à mordaça a repressão ao movimento grevista na porta do Palácio dos Despachos com bombas de efeito moral e spray de pimenta.
Distância
O confronto da PM com os grevistas rompeu a tênue linha que mantinha governo ligado ao Sintepp, o maior sindicato de servidores públicos paraenses, controlado em 70% pelo PSol, onde se alinham ex-petistas, e com 30% nas mãos do próprio PT. A hostilidade mútua obrigou o governo a bater em retirada do campo da negociação com o sindicato e a entregar a missão ao presidente do PT. Enquanto a poeira levantada pelos coturnos da PM não sentar, João Batista será o interlocutor do governo com o comando de greve.
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