No Amazônia:
Alunos da rede estadual continuam sem aula, apesar da nota do governo do Estado veiculada nos meios de comunicação anunciando o retorno ontem, conforme decisão da Justiça, que, na última terça-feira (13), considerou a paralisação abusiva e determinou a volta imediata dos professores às salas de aula. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará (Sintepp) reforçou, ontem no pátio da Escola Deodoro de Mendonça, durante uma assembléia para avaliar o movimento, que a categoria continua em greve, até que o governo apresente uma contraproposta favorável aos professores.
Hoje o sindicato vai ingressar com mandado de segurança contra ato da desembargadora Dahil Paraense de Souza que manteve a decisão do juiz José Torquato de Alencar, titular da 1ª Vara de Fazenda Pública, sobre a abusividade da greve.
A greve dos professores deve continuar, pelo menos, até amanhã, data da próxima assembléia marcada para discutir a continuidade da paralisação. A programação do dia 21 começa com a assembléia, às 9 horas, na rodovia Augusto Montenegro, na altura do trevo de acesso ao conjunto Satélite, e, em seguida continua com uma marcha em defesa da educação até o Palácio dos Despachos, onde os manifestantes farão um ato repudiando a ação violenta da Polícia Militar em repressão aos professores e exigindo a retirada imediata da ação.
De acordo com o comando de greve, os professores da rede pública municipal de Belém farão um dia de paralisação para acompanhar a mobilização dos professores estaduais.Ontem à tarde, no Centro Integrado de Governo (CIG), representantes do Sintepp e da Intersindical participaram de uma reunião de trabalho com representantes do governo. O Estado apresentou os números da folha de pagamento para análise dos sindicatos. O diretor do Sintepp, Mateus Ferreira classificou a atitude do governo, de colocar notas nos meios de comunicação sobre o retorno das aulas, na segunda-feira, como 'falta de respeito'. 'Quem define se sai ou não da greve é a categoria e não o governo', disse. Ele ressaltou que existe uma tendência apontando para a manutenção da greve. 'Estamos firmes nessa decisão. Não vamos aceitar reajuste de 6% para o nível superior'.
O coordenador do Sintepp, Eloi Borges reforçou a posição do sindicato de manter a greve e também fez críticas à postura adotada pelo governo. 'Não é uma nota na tevê ou no jornal que vai fazer com que o sindicato desista', disse.
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