sábado, 17 de maio de 2008

Hospital Regional - PRÓ-SAÚDE PROMETE FUNCIONAMENTO PLENO EM SEIS MESES

Gisele de Freitas
Repórter

O novo diretor do Hospital Regional do Baixo Amazonas, Marcelo Bittencourt, da Pró-Saúde afirmou em entrevista coletiva na última sexta-feira (16) que o hospital deverá estar em funcionamento pleno dentro de seis meses, exceto os setores de radioterapia e hemodinâmica sem o qual é impossível a realização de cirurgias cardíacas. Enquanto isso, pacientes que não podem ser atendidos pelo município deverão ser encaminhados a Belém.
De acordo com a coordenadora de políticas sociais da Secretaria de Governo do Pará, Silvia Colmaran a intenção é que cada vez menos pacientes sejam enviados para Belém ou para outros estados para receber tratamento. O Hospital Regional deverá internar todos os pacientes que puder. A
lém da polêmica que envolve o funcionamento do hospital, o novo diretor ainda terá de trabalhar com a falta de água, queda de energia e com a quantidade significante de aparelhos queimados, boa parte deles por queda de energia ou mau uso. De acordo com Marcelo a Pró-Saúde já realizou reuniões com todos os funcionários do hospital, incluindo médicos e enfermeiros para ouvir sugestões e colocar a atual situação do hospital. Os setores de hemodiálise e quimioterapia deverão estar em funcionamento dentro de 60 dias. Já no caso da hemodinâmica e radioterapia a previsão é de que os setores só sejam colocados em funcionamento até o final deste ano. Sem hemodinâmica também não haverá cirurgias cardíacas, de acordo com o médico, seria colocar em risco a vida dos pacientes.
"Algumas coisas não dependem só de nós, a radioterapia, por exemplo, precisa de um físico nuclear atuando para tomar conta dos equipamentos, no Pará não tem este profissional sobrando, vamos ter de trazer um de fora e isto leva tempo" explicou Bittencourt. O hospital também enfrenta atualmente problemas com falta de água e energia elétrica.
De acordo com Bittencourt o único poço que abastecia a unidade está com a passagem de água obstruída e uma empresa foi contratada para abrir outro poço, o que deve demorar 15 dias. O diretor ainda afirmou que a unidade enfrenta sérios problemas com o fornecimento de energia elétrica, segundo ele, a oscilação na energia acaba queimando vários aparelhos do hospital, pois os mesmos são muito sensíveis e os geradores disponíveis não conseguem evitar que os aparelhos queimem.
"Já ouvimos falar que a Celpa levou fiações diretamente das estações para algumas empresas, vamos tentar que isto aconteça aqui no hospital para diminuir os prejuízos" garantiu.
O médico afirmou que a maioria dos aparelhos danificados que a Pró-Saúde recebeu estragou em função das quedas de energia e que alguns foi mesmo por mau uso dos funcionários, que muitas vezes não sabem qual o procedimento correto para o manuseio dos mesmos. Bittencourt garantiu que haverá treinamentos para que os funcionários se adaptem aos aparelhos.
Em relação aos insumos o médico afirmou que o maior problema do Pará a questão logística e que muitas vezes as licitações demoram muito para ser realizadas, o que acaba deixando o hospital sem insumos básicos de funcionamento. Ele garante que a Pró-Saúde fará um controle rigoroso dos estoques para saber a hora certa de solicitar mais insumos.
O hospital conta atualmente com 560 colaboradores, que são contratados pelo estado, outros por empresas terceirizadas e funcionários da Oscip, última administradora do hospital. Ele entende que pode parecer demais 560 funcionários para o número pequenos de pacientes que são atendidos, mas a Pró-Saúde pretende manter todos os empregados para que hajam pessoas já com experiência e preparadas para atender aos pacientes assim que a capacidade de atendimento esteja normalizada no hospital. "Todos os funcionários terão uma experiência de 90 dias. Nós estamos priorizando a mão de obra local, quando o hospital estiver em pleno funcionamento devemos ter 900 funcionários" garantiu.
De acordo com informações do médico, nos últimos meses o hospital tem recebido cerca de 40 pacientes por mês e o atendimento deve continuar acima desta média até que o hospital funcione em sua totalidade, que é de 136 leitos. O médico pede que a população entenda que o hospital não possui pronto socorro e que só atende a casos encaminhados pelos centros municipais de saúde, de toda a região oeste do Pará.

Um comentário:

Anônimo disse...

Era só o que faltava,tanta incompetência num só Governo . A Dra Silvi Cumarú está a frente das negociações desde julho de 2007 e será que somente agora ,incrivel,vem se apresentar nesse Governo Medíocre de Miragem como competente ?
MPF e Estadual por onde andam vocês ???