segunda-feira, 12 de maio de 2008

PT considera que componente eleitoral é que inspira a greve

Do Espaço Aberto

Os presidentes do Diretório Estadual do PT e do Diretório Municipal do partido em Belém, João Batista da Silva e Adalberto Aguiar, estão convictos de que PSOL, PSTU e PSDB estimulam a greve de professores estaduais como estratégia de desgaste neste período pré-eleitoral.“
A greve dos professores é legítima. Eles têm uma grande tradição de luta no Estado. Nós respeitamos o direito de greve. Mas não há dúvida alguma de que PSOL, PSTU e PSDB sempre estiveram juntos no Estado contra o PT. Aliás, o PSOL e o PSTU são pragmáticos. E porque são pragmáticos, às vezes acabam se aliando à direita. Veja-se, por exemplo, a ex-senadora Heloisa Helena [presidente nacional do PSOL], responsável por ressuscitar o Collor, alguém que a História condenou”, ataca o vereador Adalberto Aguiar.
“Não há dúvida alguma de que a greve dos professores tem não um forte, mas um fortíssimo componente, um fortíssimo caráter eleitoral. E o PSOL, o PSTU e o PSDB têm o maior interesses em desgastar o PT. O alvo é o PT, evidentemente, porque é governo”, vai no mesmo tom o presidente estadual petista, João Batista.
Aguiar deplora o que chama de “excessos” na repressão policial ocorrida na última sexta-feira (9), quando policiais militares atiraram bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para desbloquear a Rodovia Augusto Montenegro, interditada por grevistas nas imediações do Palácio dos Despachos.
O presidente municipal do PT considera, no entanto, que há por parte dos professores em greve uma forma equivocada nas reivindicações que têm formulado. “Acho que a proposta do governo Ana Júlia é boa. Acho a proposta coerente. Mas o governo não tem conseguido vender bem essa proposta. E tem havido falta de habilidade nas negociações”, diz Aguiar.
Adalberto Aguiar informou que nesta segunda e terça-feiras, durante seminário de formação promovido pelo PT, será debatida uma proposta de que seja aberto um canal de negociações entre o governo e os professores. Mas ele faz logo uma ressalva: o canal de negociação “deve partir do princípio de que não haja vencidos nem vencedores.”
João Batista, o presidente estadual, também informou ao blog que logo mais, no início da tarde desta segunda-feira, as bancadas estadual e federal do partido vão se reunir para fazer uma avaliação da greve e dos caminhos que podem ser buscados para evitar que o impasse continue.
Muito embora também considere a greve legítima, João Batista acha que o governo já ofereceu o possível e não pode agir à margem da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impõe limites para os gastos com pessoal. “O que tem faltado é estabelecer um tempo, um prazo para a recuperação das perdas de 75% dos professores. Mas todos haverão de convir que o governo não poderá reverter, de uma hora para outra, esse percentual acumulado em 12 anos de governos tucanos”, diz João Batista.

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