Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós
Dos 17 piores cursos de medicina do país, quatro são de universidades federais, duas das quais na Amazônia: as do Amazonas e do Pará. Os responsáveis por essas instituições podem apresentar toda contestação que quiserem aos critérios de avaliação do Ministério da Educação, com base no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, o Enade. Não conseguirão evitar o mal já causado à imagem desses cursos (e da Universidade) e o abalo na credibilidade dos profissionais que formam.
O que interessa agora, depois de um exame de consciência mais rigoroso, é mudar a situação. Sujeita a exageros e distorções, ainda assim ela reflete a realidade, como bem sabem alunos e professores que vão às aulas (e também os que já não vão, desenvolvendo suas atividades além-sala).
Se não houver mudança para valer, o dano será ainda maior. E se a mudança for cosmética, todos acharão que o resultado só existe porque houve intervenção branca do ministério nas duas instituições – e nas outras 15 em condição sofrível de ensino.
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