A Câmara dos Vereadores de Santarém não aprovou requerimento que solicitava sessão especial para discutir a saúde no município. A base aliada da prefeita Maria do Carmo alegou que as sessões anteriores não surtiram efeito e que esta seria apenas um palco para a promoção política. O vereador Valdir Matias, autor do requerimento, afirmou que a solicitação foi feita em virtude das inúmeras denúncias feitas através da imprensa e em seu próprio gabinete, de que o atendimento do Hospital Municipal era precário.
"Nós apresentamos, dia 15, solicitando uma sessão para o dia 29 de abril, para discutir o problema da saúde no município, já que a prefeita municipal disse que o HMS estava muito bem administrado e por isso o município tinha condições de administrar o HRPO”.
O vereador lembrou que “é notório através da imprensa, que a população diariamente reclama do atendimento no HMS, devido a falta de remédio, falta de profissionais na área de saúde. Nós queríamos uma sessão para discutir isso".
Matias ressalta que o objetivo era de verificar de que forma a câmara poderia contribuir, ou seja, cumprir o papel daquela casa, que é uma casa de debate, e de alguma forma da uma resposta para a sociedade que diariamente os procuram.
Seriam convidados para dar esclarecimentos a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), através do secretário Emmanuel Silva, a diretora do Hospital Municipal, Francimary Silva, o ex-secretário de saúde, Nélio Aguiar, representante dos Sindicado dos Médicos, do Conselho Regional de Medicina, da Federação de Associações Comunitárias de Santarém-FAMCOS e da União das Entidades Comunitárias de Santarém-UNECOS, além do Conselho da Grande Área do Maicá.
Durante votação o vereador Rui Correa leu o texto do requerimento e alegou que a real intenção era fazer da Câmara Municipal um palco a fim de promover debates políticos e não para a saúde. "Tem alguns pontos no requerimento que conotam a vontade do vereador em montar um palanque e não e por isso, não vejo motivo para que a sessão seja realizada", falou.
Por sua vez, a vereadora Marcela Tolentino, membro da Comissão de Saúde da Câmara, reforçou acrescentando que a sessão ficaria no bla-blá e não surtiria efeito algum. "Eu entendo que a saúde pública não vai bem. Temos problemas para serem resolvidos, todavia não é desta forma que podemos debate-la", destacou.
Indignado, o vereador Henderson Pinto, disse que o principal papel da Câmara é discutir matérias de interesse da sociedade. "A decisão contrária à sessão especial mostra de que forma está sendo tratada a saúde do município. Isso é fechar os olhos para o que está acontecendo", comentou.
Por fim, o vereador Valdir Matias retrucou dizendo que os argumentos da base aliada da prefeita são frágeis e não respondem os anseios da população.
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