segunda-feira, 2 de junho de 2008

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto


1959

ANÚNCIOS

* A Casa Régis avisava o distinto público que recebera "regular quantidade" do Almanaque do Pensamento e o estava vendendo "por preço de tabela" na sua loja, na rua João Pessoa. Era uma leitura muito apreciada então.

* Já A Curiboca acabara de receber "das principais praças do Sul um formidável sortimento em sedas, linhos, voiles, etc., a peeços excepcionalmente ao alcance de todos os bolso".

*"Um belo presente de natal e reis": era "Por Céus e Mares", livro no qual o santareno Rodrigues dos Santos relatava uma "viagem científica através do globo, em seus meses de férias", a primeira viagem do navio "Esmeralda". O livro foi lançado em Manaus, na semana da pátria, e, em Belém, na Livraria Dom Quixote, de Haroldo Maranhão.

Analfabetismo em Santarém

Esteve em Santarém, em setembro de 1959, o professor Oracy Nogueira, da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Segundo O Jornal de Santarém, a serviço do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais e do Setor de Estudos e Levantamentos da Campanha de Erudição do Analfabetismo.
O errinho, claro, foi involuntário, sem ser destituído, porém, de certa premonição irônica. Afinal, de lá para cá surgiu um novo conceito na pedagogia brasileira: o do analfabeto funcional. Aquele que sabe ler, mas não entende o que lê.
Talvez atualmente haja no Brasil mais desse tipo de analfabetos. De certa forma pondo a perder o trabalho hercúleo de gente da qualidade do sociólogo Oracy Nogueira, um dos pioneiros dos estudos demográficos.

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