O velho Figueira
No primeiro dia de 1964 morreu em Santarém, aos 80 anos, o empresário Raimundo de Andrade Figueira, "um imaginoso criador de empresas, um autêntico chefe de indústria, construtor e artífice idealista de frotas e armadas de pau-ferro para os sete mares da Amazônia", conforme o artigo que Genesino Braga fez a seu respeito no Jornal do Comércio, em Manaus.
Genesino lembra do velho Figueira, a cavalo, "em trote airoso e guapo sobre o areal da minha inesquecível Rua da Alegria, vinha do Estaleiro e ia para a Fábrica de Pólvora, pelas estradas banhadas do Irurá, ou tomava o rumo dos negócios na Casa Marques Pinto, ou buscava a missa das oito, aos domingos, para o sermão de D. Amando Bahlman, na velha Matriz da Conceição, diante do crucifixo que Von Martius a ela doara".
Uma Santarém que, como Figueira, já não existia mais.
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