Lúcio Flávio Pinto
Editor do Jornal Pessoal e articulista de O Estado do Tapajós
Belém- A construtora Village se considera vítima "da desleal e medíocre concorrência que, sem capacidade financeira, tenta, sem sucesso, atingir o grande marco da engenharia paraense", denunciou o presidente da empresa, Rodolfo Ishak, em nota incluída numa página de anúncio na grande imprensa, no dia 25. Ele garantiu que esse é o objetivo dos "falsos boatos" espalhados pela cidade, segundo os quais as duas torres de 40 andares, que a Village constrói na Doca de Souza Franco, as mais altas de Belém e do norte do país, estariam com suas obras paralisadas por causa de problemas estruturais, possivelmente de fundação. Esses boatos - acrescenta Ishak - não atingirão a credibilidade de sua empresa: "O povo do Pará confia na Village", decreta, dando por encerrada a questão, "que não contribui em nada para o desenvolvimento de nosso Estado".
Ele proclama que a Village é "a primeira e única construtora do Norte a ter a ousadia e, principalmente, a tecnologia para construir duas torres com 40 pavimentos, cercadas pelos melhores profissionais da área e com recursos financeiros para início e conclusão do projeto". Ela seria a única monitorar todas as suas obras, através de convênio com a Universidade Federal do Pará, que lhe possibilita controlar a resistência do concreto, controle de recalque, controle de compressão e carga dos pilares.
O concreto que usa "é todo usinado e de altíssima resistência", como não há igual no mercado. "Até nossa argamassa é usinada, ao contrário das outras que usam, até hoje, betoneira e não passam por nenhum controle de qualidade", informa Ishak. O programa de cálculo para o concreto armado é o mais renomado do mundo, que prevê a influência desde rajadas de vento até acomodações de solo e pequenos abalos sísmicos. Por isso, os técnicos podem acompanhar o movimento do prédio desde o início da construção, com o controle do processo em todos os detalhes.
O cronograma das duas torres estaria em dia e apenas aguarda a chegada de 28 mil metros quadrados de pastilhas de vidro reciclável, que serão utilizadas pela primeira vez no Brasil no Village Sun e no Village Moon. Por causa da qualidade da obra, todas as unidades já foram vendidas e a Village informa que ampliou os benefícios aos compradores, ao comprar um imóvel frontal para aumentar a área condominial, sem ônus adicional.As insinuações não afetam a posição da Village, há 26 anos no mercado, agora como "líder absoluta". Por isso, a empresa considera encerrado o episódio. Mas como fez graves referências aos concorrentes em geral, conviria a quem de direito apurar essa concorrência desleal e ruinosa, que constitui crime e ameaça os interesses difusos da sociedade. A Village falou, como convinha, para dar uma resposta aos "falsos boatos". Mas a última palavra ainda está por ser dita: precisa vir das autoridades competentes para lidar com a questão.
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